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ANDRÉ MOURÃO
Estadão Conteúdo
A CBF admite que o Campeonato Brasileiro deste ano pode ter mais de
20 clubes ou até ser adiado se não houver uma definição do caso Héverton
até o dia 20 de fevereiro, data final para publicação da tabela do
torneio, de acordo com o que estabelece o Estatuto do Torcedor.
— Existe um risco no campeonato sim. Se nós não tivermos uma decisão
até 20 de fevereiro para por uma pá de cal, nós teremos um problema
muito sério. Ou não teremos campeonato ou teremos, com mais clubes. Cada
um defende seu direito, isso é bonito, é da democracia, nos resta
aguardar. A palavra final será do poder judiciário — disse o advogado da
CBF, Carlos Miguel Aidar.
O advogado atua em duas frentes: na disputa das liminares contra o
rebaixamento da Portuguesa — das três conquistadas pelos torcedores
recolocando a equipe paulista na Série A, uma já foi cassada por Aidar —
e no inquérito do Ministério Público que investiga o descumprimento do
Estatuto do Torcedor na punição da perda de quatro pontos que levou a
Portuguesa para a Série B.
Aidar participa nesta quarta de uma audiência para definir se a CBF
aceita um Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo MP, o que
significa, na prática, a devolução dos pontos à Portuguesa. O promotor
Roberto Senise Lisboa, responsável pelo inquérito, promete abrir uma
ação civil pública caso a entidade não aceite o termo.
— O promotor Senise exagera no enfoque. Não é necessário, ao meu ver, uma ação civil pública — disse Aidar.
A presença do presidente José Maria Marin não está confirmada na audiência do MP.
ZERO HORA
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