Escrito por: Italo Coriolano ( Jornal O Povo)
Como
todo bom jogador, entretanto, Cid Gomes tem uma carta na manga. Um
plano B que já vem preocupando apoiadores, atuais e futuros rivais
políticos. Ciente de que a superaliança que sustentou seu governo por
sete anos está prestes a se esfarelar, ele trabalha para ao menos manter
o PT sob seu guarda-chuva. Com uma candidatura do Pros isso ficaria
bastante complicado, diante da ameaça do PMDB de abandonar a base da
presidente Dilma, dificultando o projeto de reeleição. A saída seria,
então, apoiar um nome do próprio Partido dos Trabalhadores. Mas não
qualquer um. Alguém umbilicalmente ligado ao clã Ferreira Gomes.
Conforme O POVO apurou, o perfil mais discutido é o do ex-secretário das
Cidades Camilo Santana (foto). Vinculado ao deputado federal José
Guimarães, que tem hoje ampla hegemonia dentro do PT do Ceará, Santana
ajudaria Cid a matar vários coelhos numa cajadada só: isolaria Eunício
Oliveira - que não teria mais como fazer ameaças e precisaria pensar
duas vezes antes de se lançar na disputa-, manteria um palanque forte e,
de quebra, barraria uma candidatura da arquirrival Luizianne Lins, que
já se colocou à disposição do partido.
XEQUE-MATE CONTRA TASSO
Para
resolver problemas internos, o governador teria de tomar uma atitude
mais ousada: renunciar ao Governo em abril, convencer o vice Domingos
Filho a seguir seus passos - prometendo-lhe o mesmo espaço na chapa de
Santana -, e dar alguns meses de poder para o membro do Pros mais
empenhado atualmente em ocupar seu lugar, o presidente da Assembleia
José Albuquerque.
Mas ainda faltaria o xeque-mate. Em um dos cenários, Cid estaria disposto a adiar os planos de se mudar para os Estados Unidos e trabalhar no Banco Mundial, topando uma candidatura para o Senado. Seria essa uma das únicas formas de evitar possível eleição do ex-aliado Tasso Jereissati (PSDB), que lidera todas as pesquisas já realizadas para a vaga que fica em aberto com o fim do mandato do senador Inácio Arruda (PCdoB).
Mas ainda faltaria o xeque-mate. Em um dos cenários, Cid estaria disposto a adiar os planos de se mudar para os Estados Unidos e trabalhar no Banco Mundial, topando uma candidatura para o Senado. Seria essa uma das únicas formas de evitar possível eleição do ex-aliado Tasso Jereissati (PSDB), que lidera todas as pesquisas já realizadas para a vaga que fica em aberto com o fim do mandato do senador Inácio Arruda (PCdoB).
Como
se vê, uma total embaralhada no cenário sucessório cearense. Mas se
apresenta como uma das saídas para a sobrevivência do atual projeto não
ficar em risco. Em nome dessa continuidade, podem ter certeza, Cid Gomes
não medirá esforços. Racionalidade e perspicácia não lhe faltam.Fonte:Blog de Marcelo Marques
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