CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sábado, 21 de fevereiro de 2015

CONCURSOS - GEOGRAFIA:AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE


A agricultura é uma arte milenar e continua, numa considerável escala crescente, cumprindo seus papéis na socieoconomia e na preservação dos recursos naturais que fundamentam a produção e a oferta de grãos, cereais, oleaginosas e energia limpa, como nos casos do etanol e do Biodiesel, bem como de matérias-primas de base florestal. Agricultura, meio ambiente e bem-estar social são fundamentos associados de qualidade de vida no campo e nas cidades, e refletem políticas públicas convincentes, adoção de inovações tecnológicas nas culturas e nas criações, retornos saudáveis para quem planta e cria, melhor distribuição da renda nacional, que também estimula o consumo de alimentos “in natura” e agroindustrializados, num vasto elenco de outras condicionantes que afetam os processos produtivos, incluindo-se o mercado e os caprichos climáticos.
Aquela visão, superada, cujo foco histórico era o produto agrícola ou pecuário dentro da porteira da fazenda, vai dando lugar ao entendimento sobre as cadeias produtivas do agronegócio brasileiro, que reúne não apenas grandes exportadores, mas também a agricultura familiar na sua macro-dimensão econômica, social, ambiental e política. Essa chamada agricultura familiar responde por 70% da produção dos alimentos da cesta-básica e já adquire 65% dos tratores nacionais. Na sua diversidade de climas, solos e vantagens relativas regionais, agregando-se as potencialidades dos mercados externos, o Brasil ainda tem muito espaço para ocupar na agropecuária. Isso sem falar no aumento médio mais agressivo das produtividades por unidade animal e por unidade de área cultivada.
Por consequência mínima, depreende-se também vigorosos investimentos na pesquisa agrícola, na difusão dos conhecimentos científicos e tecnológicos junto aos produtores rurais/empreendedores, na logística agropecuária, do campo à mesa do consumidor, nos estímulos às agroindústrias. É preciso considerar também os reconhecidos avanços da agroecologia em muitas regiões de Minas Gerais e do Brasil. Além disso, sabe-se que as exportações do agronegócio nacional são superavitárias e atingiram US$ 105,2 bilhões no acumulado de 2007/2008. Porém, isso não quer dizer que os produtores estão ganhando dinheiro. Um paradoxo à primeira vista, mas verdadeiro. Basta lembrar que se importam 65% dos nutrientes contidos nas formulações de fertilizantes, e os preços praticados são mercuriais no comportamento mercadológico. Quem está lá fora dita as regras aqui dentro. Apenas para efeito didático, 1 hectare de tomate custa US$ 16 mil ou R$ 28 mil. Minas cultiva em torno de 6 mil hectares com tomates, e essa atividade demanda em torno de R$ 168 milhões anuais no Estado. Um outro capítulo importante no contexto geral dessa abordagem é a qualidade da assistência técnica e da extensão rural, cujos programas socioeconômicos e ambientais são estratégicos com seus reflexos nas comunidades urbanas e rurais. Essa ação público/ privada, quando for o caso, é fator de ganhos de conhecimento, que é a mola das mudanças, sejam elas quais forem. Minas é pioneira na extensão rural brasileira ao fundar a Acar/Emater-MG, em 6 de dezembro de 1948.
Quais têm sido os fatores aceleradores da modernização progressiva da agricultura brasileira num horizonte de tempo? Certamente que são muitos, que se associam e entre os quais as contribuições dos veículos de comunicação de massa tais como: televisão com seus programas agropecuários, suplementos agrícolas, jornais agrícolas, revistas especializadas, programas de rádio voltados para a socioeconomia do campo, assim como dias de campo, concursos de produtividade e qualidade, ações de órgãos de governo. Entretanto, tudo isso, e muito mais, deve sempre levar em consideração as experiências vividas pelos produtores rurais e suas famílias. Fazer agricultura não é como elaborar uma receita de bolo. A coisa não é bem assim.
Uma outra questão de fundo, nem sempre lembrada, é a influência que tem o trânsito de mercadorias agropecuárias e florestais pelo Brasil e em Minas Gerais. Madeiras da Amazônia, produtos lácteos de outros estados e vice-versa, eucalipto do Espírito Santo que chega ao polo moveleiro de Ubá. Frutas de São Paulo para a Ceasa-MG. Feijão de Minas para o Rio de Janeiro e São Paulo. Trigo da Argentina para os moinhos do Estado. Carne mineira para a Europa. Exemplos não faltam e desafios sobram para estimular a oferta de alimentos, fibras, biomassa e energia limpa renovável, nas 550 mil propriedades rurais de Minas. A adoção de tecnologias se enquadra num horizonte muito mais amplo, pois não basta gerar a inovação, é indispensável disseminá-la nas comunidades rurais, sendo indispensável que ela seja adotada e dê lucros nas atividades agropecuárias e florestais. Ressalte-se que o seguro agrícola ainda é tímido. A agricultura é um negócio como outro qualquer num país que tira até o IPI para vender mais automóveis e se esquece de desonerar os produtos agropecuários que ainda vivem sob pesados impostos e tributos em cascata. Uma heresia histórica.



Balança comercial agrícola

Dentre os produtos do agronegócio a soja é o líder. No período compreendido entre agosto de 2007 e julho de 2008 as exportações agrícolas renderam ao país sessenta e oito bilhões e cem milhões de dólares, que fizeram o setor apresentar um superávit (diferença entre o valor importado e o exportado) de cinqüenta e sete bilhões e trezentos milhões de dólares, no período.[66]Mercados externos

http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura_no_Brasil

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