Geriatras recomendam à terceira idade exames básicos todos os anos para prevenir doenças antes que elas se manifestem
Foto:
Cleber Gomes / Agencia RBS
Você sabia que o corpo começa a envelhecer quando uma pessoa completa
30 anos? Antes disso, o desenvolvimento é considerado o amadurecimento
do organismo. É nessa idade que o corpo começa a sofrer mudanças, como o
aumento da proporção de gordura, que os médicos classificam como
importantes.
O primeiro check up precisa ser feito nessa faixa. Os especialistas
chamam de primeiro porque toda pessoa saudável deve fazer verificações
básicas nessa fase para detectar aquilo que pode ainda não ter se
manifestado, mas pode aparecer em alguns anos.
– É muito importante que as pessoas saibam se têm propensão a ter
pressão alta, presença de glicose em excesso no sangue e outros indícios
de problemas que vão se refletir no futuro – explica o chefe do Serviço
de Geriatria do Hospital São Lucas, em Porto Alegre, Rodolfo Schneider.
Chegar à terceira idade com a certeza de ter boas condições de saúde é
garantir o envelhecimento bem sucedido. Literalmente, nessa fase se
vive aquele velho ditado: “aqui se colhe o que se plantou” ao longo da
vida. Fazer o check up aos 30 e seguir as recomendações médicas aumenta
as chances de ter uma vida com mais qualidade. Depois dos 50, os
geriatras recomendam repetir os exames básicos do check up anualmente.
Se algo estiver fora dos padrões considerados normais, o médico deve
solicitar novos exames.
– Problemas que as pessoas consideram menores, como pressão alta,
glicose e triglicerídios aumentados não geram dor ou desconforto, mas
evoluem, com o passar dos anos, para problemas cardíacos e diabetes –
comenta Schneider.
Ainda que se possa ir antes, os 60 marcam a idade de começar a
visitar um geriatra. É esse profissional que pode acompanhar a evolução
da saúde ao avaliar a funcionalidade física e psicológica dos pacientes.
Além de analisar os hábitos alimentares e os tipos de atividades que o
idoso que está sendo atendido faz, o geriatra pode pedir, durante o
check up, um exame completo de sangue, ecografias, exames de ergometria,
medição da pressão, avaliação cardiovascular e, ainda, aplicar testes
para compreender a saúde da memória e a independência do paciente.
– Em geral, as mulheres são mais cuidadosas do que os homens. Elas
chegam ao consultório preocupadas em prevenir qualquer coisas que possa
acontecer de ruim a saúde. Essa é a principal razão pela qual elas vivem
mais. Os homens só vão ao geriatra se forem encaminhados por algum
familiar, normalmente a esposa, ou por outro especialista – conta
Schneider.
Naquele primeiro check up, ainda aos 30, a pressão alta é o que mais
surpreende os pacientes. Os médicos consideram normal a pressão quando
ela mede 12/8. Quando a primeira (sistólica) está aumentada, ainda que a
segunda (diastólica) se mantenha em 8, o risco de infarto e AVC estão
presentes na vida do paciente, conforme o geriatra.
– A pressão baixa também é considerada um risco na terceira idade. O
dado indica que há alterações nos receptores do organismo que ajudam a
manter o equilíbrio por falta de líquidos. Os idosos, em geral, sentem
menos sede, ainda que necessitem beber pelo menos dois litros por dia.
Eles não percebem a necessidade de beber água.
A desidratação leva à hipotensão que aumenta as chances de
instabilidade postural. Como consequência, os idosos que sofrem de
pressão baixa caem mais e sofrem com problemas graves para a idade, como
o traumatismo craniano.
TODA A REPORTAGEM ESTÁ NO DIÁRIO GAÚCHO ON LINE
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