O transporte no Brasil
USP - A Folha de S. Paulo - Ambiente Brasil
Até
a década de 1950, a economia brasileira se fundava na exportação de
produtos primários, e com isso o sistema de transportes limitou-se aos
transportes fluvial e ferroviário. Com a aceleração do processo
industrial na segunda metade do século XX, a política para o setor
concentrou os recursos no setor rodoviário, com prejuízo para as
ferrovias, especialmente na área da indústria pesada e extração mineral.
Como resultado, o setor rodoviário, o mais caro depois do aéreo,
movimentava no final do século mais de sessenta por cento das cargas.
As primeiras medidas concretas para a formação de um sistema de transportes no Brasil só foram estabelecidas em 1934. Desde a criação da primeira estrada de ferro até 1946 os esquemas viários de âmbito nacional foram montados tendo por base as ferrovias, complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviária. Esses conceitos começaram a ser modificados a partir de então, especialmente pela profunda mudança que se operou na economia brasileira, e a ênfase passou para o setor rodoviário.
As primeiras medidas concretas para a formação de um sistema de transportes no Brasil só foram estabelecidas em 1934. Desde a criação da primeira estrada de ferro até 1946 os esquemas viários de âmbito nacional foram montados tendo por base as ferrovias, complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviária. Esses conceitos começaram a ser modificados a partir de então, especialmente pela profunda mudança que se operou na economia brasileira, e a ênfase passou para o setor rodoviário.
4.1 Alternativas de política agrícola
Historicamente,
o processo de desenvolvimento excludente ocorrido no País se deu
ancorado na possibilidade de expansão da fronteira agrícola (Furtado,
1963 e 1975),9 via
de regra apoiada na agricultura patronal. Hoje, na medida em que aqui
se propõe o estabelecimento de um processo de desenvolvimento rural
baseado na agricultura familiar, entende-se que o acesso a terra é o
pressuposto básico de qualquer política neste sentido. Assim, entende-se
a reforma agrária como uma política fundamental para o desenvolvimento
rural sustentável no Brasil, possibilitando a inclusão de pessoas que
viviam à margem da sociedade e reanimando economias locais. (Guanziroli et al., 2001; Romeiro, 1994; Veiga, 2000).
No
que se refere ao crédito agrícola, apesar de atualmente já existir, em
nível federal, desde 1999, uma linha de financiamento agrícola
específica para a agricultura orgânica, esta se destina somente ao
custeio de produtores orgânicos já certificados, estando, na prática,
restrita a agricultores orgânicos de maior nível de informação e
organização. Porém, para que este instrumento de política agrícola
cumpra efetivamente seu papel fundamental na difusão da agroecologia, é
necessário que este crédito de custeio esteja vinculado à utilização de
práticas agroecológicas, servindo de estímulo a que um número maior de
agricultores orgânicos certificados não se restrinja a uma prática de
produção orgânica em que o mote seja apenas a substituição de insumos
convencionais por orgânicos.
Considera-se
a substituição de insumos convencionais por orgânicos uma etapa
importante no processo de transição de uma produção convencional para
uma produção agroecológica, mas não pode ser considerada como etapa
final nessa transição, que deve visar à garantia da sustentabilidade do
sistema agrícola em suas dimensões econômicas, sociais, ecológicas e
agronômicas.10
De
forma complementar, além desse crédito de custeio requer-se ainda
recursos para investimentos que viabilizem a conversão para a
agricultura orgânica, com bases agroecológicas, de um número ampliado de
produtores, financiando os custos desse processo de mudança.
Além
disso, faz-se necessário o estabelecimento de mecanismos de crédito
(custeio e investimento), associados à assistência técnica habilitada em
agroecologia e à viabilização de canais de comercialização para uma
produção agrícola diversificada (principalmente via mercado local),
voltados a atender, num processo de desenvolvimento rural sustentável,
às demandas de agricultores familiares descapitalizados, com baixo nível
de informação, principalmente no caso de simples produtores de
mercadorias ou semi-assalariados com frágil inserção no mercado ou
produtores de subsistência.
Quanto
às questões relativas à pesquisa e extensão rural, não podem ser
esperados resultados a curto prazo, na medida em que as mudanças não
devem ocorrer somente em nível institucional, pois a atuação, neste
caso, deve ocorrer não só visando ao estabelecimento de linhas de
trabalho que priorizem a mudança do paradigma tecnológico atualmente em
voga na agricultura brasileira, de um enfoque agroquímico para um
enfoque agroecológico, mas acima de tudo deve-se trabalhar em busca de
uma mudança de atitudes dos técnicos envolvidos em pesquisa e extensão
rural nas instituições públicas.
Passo
importante para esta mudança deve ser o estabelecimento das diversas
experiências práticas de produção agroecológica de sucesso, aliado ao de
ONGs com atuação na área de fomento de práticas agroecológicas, como
referências que possibilitem a disseminação gradual, entre os técnicos
das instituições públicas de pesquisa e extensão rural, da idéia de
viabilidade da agroecologia como instrumento para viabilizar programa de
desenvolvimento rural sustentável, especialmente entre pequenos
agricultores familiares.
Além
da divisão regional brasileira composta por cinco macrorregiões (Sul,
Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste), existe outra divisão do
território nacional (ainda não oficial). Essa outra proposta de
regionalização tem como critérios os aspectos naturais e,
principalmente, socioeconômicos, são as chamadas regiões geoeconômicas
do Brasil.
Essa
divisão estabelece três regiões geoeconômicas – a Amazônia, o Nordeste e
o Centro-Sul. Os estados que integram essas regiões apresentam várias
características em comum, no entanto, é necessário ressaltar que não há
homogeneidade, sendo que cada unidade apresenta peculiaridades
socioeconômicas.
Conforme essa proposta de regionalização do território brasileiro, o norte de Minas Gerais faz parte do complexo regional nordestino, o extremo sul do Mato Grosso pertence à região Centro-Sul e o restante do seu território faz parte da região da Amazônia, a porção oeste do Maranhão integra-se à Amazônia, e o extremo sul do Tocantins pertence à região Centro-Sul.
1 – Amazônia
Compreende toda a extensão da floresta Amazônica localizada em território brasileiro. Integrada por todos os estados da região Norte, além do Mato Grosso (exceto sua porção sul) e oeste do Maranhão. É uma região que apresenta baixa densidade demográfica.
As atividades econômicas desenvolvidas são: a agropecuária, que constitui o setor econômico mais importante, extrativismo vegetal, mineração e o setor industrial, com destaque para a zona industrial de Manaus.
2 – Centro-Sul
O complexo regional do Centro-Sul corresponde a quase um terço do território nacional, compreende aos estados das regiões Sul e Sudeste (exceto o extremo norte de Minas Gerais), ao estado de Goiás, Mato Grosso do Sul, extremo sul do Mato Grosso e extremo sul do Tocantins.
É o complexo regional mais desenvolvido economicamente, abriga a maior parte do parque industrial, das áreas de atividades agrícolas mais modernas, dos bancos, mercados de capitais, empresas transnacionais, comércios e universidades do país. É extremamente urbanizado.
3 – Nordeste
O complexo regional do Nordeste vai desde a porção leste do Maranhão até o norte de Minas Gerais, incluindo todos os estados nordestinos. Abrange cerca de 30% do território nacional.
É a região onde ocorreu o processo de povoamento do país. Possui grandes contrastes naturais e socioeconômicos entre as áreas litorâneas, mais urbanizadas, industrializadas e desenvolvidas economicamente, e o interior com predomínio de clima semiárido e grandes problemas sociais.
As principais atividades econômicas desenvolvidas nesse complexo regional são:
Meio Norte – extrativismo vegetal, agricultura tradicional de algodão, cana de açúcar e arroz.
Sertão – pecuária extensiva e de corte, agricultura (milho, feijão e cana de açúcar) e o cultivo irrigado de frutas e flores. Nas áreas litorâneas ocorre a extração de sal. Também há a presença de indústrias (polo têxtil e de confecções).
Zona da Mata – predominam as grandes propriedades agrícolas que praticam a monocultura canavieira destinada para a exportação do açúcar. Além da cana, ocorre o cultivo do cacau e do fumo. Destaca-se também a produção de sal marinho, principalmente no Rio Grande do Norte.
Agreste – a principal atividade econômica nos trechos mais secos do agreste é a pecuária extensiva; nos trechos mais úmidos é a agricultura de subsistência e a pecuária leiteira.http://www.brasilescola.com/brasil/as-regioes-geoeconomicas-brasil.htm
Conforme essa proposta de regionalização do território brasileiro, o norte de Minas Gerais faz parte do complexo regional nordestino, o extremo sul do Mato Grosso pertence à região Centro-Sul e o restante do seu território faz parte da região da Amazônia, a porção oeste do Maranhão integra-se à Amazônia, e o extremo sul do Tocantins pertence à região Centro-Sul.
1 – Amazônia
Compreende toda a extensão da floresta Amazônica localizada em território brasileiro. Integrada por todos os estados da região Norte, além do Mato Grosso (exceto sua porção sul) e oeste do Maranhão. É uma região que apresenta baixa densidade demográfica.
As atividades econômicas desenvolvidas são: a agropecuária, que constitui o setor econômico mais importante, extrativismo vegetal, mineração e o setor industrial, com destaque para a zona industrial de Manaus.
2 – Centro-Sul
O complexo regional do Centro-Sul corresponde a quase um terço do território nacional, compreende aos estados das regiões Sul e Sudeste (exceto o extremo norte de Minas Gerais), ao estado de Goiás, Mato Grosso do Sul, extremo sul do Mato Grosso e extremo sul do Tocantins.
É o complexo regional mais desenvolvido economicamente, abriga a maior parte do parque industrial, das áreas de atividades agrícolas mais modernas, dos bancos, mercados de capitais, empresas transnacionais, comércios e universidades do país. É extremamente urbanizado.
3 – Nordeste
O complexo regional do Nordeste vai desde a porção leste do Maranhão até o norte de Minas Gerais, incluindo todos os estados nordestinos. Abrange cerca de 30% do território nacional.
É a região onde ocorreu o processo de povoamento do país. Possui grandes contrastes naturais e socioeconômicos entre as áreas litorâneas, mais urbanizadas, industrializadas e desenvolvidas economicamente, e o interior com predomínio de clima semiárido e grandes problemas sociais.
As principais atividades econômicas desenvolvidas nesse complexo regional são:
Meio Norte – extrativismo vegetal, agricultura tradicional de algodão, cana de açúcar e arroz.
Sertão – pecuária extensiva e de corte, agricultura (milho, feijão e cana de açúcar) e o cultivo irrigado de frutas e flores. Nas áreas litorâneas ocorre a extração de sal. Também há a presença de indústrias (polo têxtil e de confecções).
Zona da Mata – predominam as grandes propriedades agrícolas que praticam a monocultura canavieira destinada para a exportação do açúcar. Além da cana, ocorre o cultivo do cacau e do fumo. Destaca-se também a produção de sal marinho, principalmente no Rio Grande do Norte.
Agreste – a principal atividade econômica nos trechos mais secos do agreste é a pecuária extensiva; nos trechos mais úmidos é a agricultura de subsistência e a pecuária leiteira.http://www.brasilescola.com/brasil/as-regioes-geoeconomicas-brasil.htm
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