CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sábado, 25 de abril de 2015

JUROS CADA VEZ MAIS ALTOS

Em 12 meses, o rotativo teve a taxa elevada em 27,1 pontos percentuais

Diante do atual ciclo de alta dos juros implementado pelo Banco Central, o crédito aos consumidores e empresas tem ficado cada vez mais caro. Em março, a taxa média do cheque especial atingiu 220,4% ao ano, o maior nível em quase 20 anos - em dezembro de 1995, o nível chegou a 242,23% ao ano. Essa tendência de alta, segundo dados do BC, está em praticamente todas as modalidades de crédito e, com isso, a taxa média das operações com recursos livres bateu recorde, atingiu 40,6% ao ano no mês passado.

As linhas mais caras foram as que mais subiram. O cheque especial, que perde apenas para o rotativo do cartão de crédito nesse ranking das maiores taxas, apresentou elevação de 6,2 pontos porcentuais apenas no mês; no trimestre, a alta foi de 19,4 pontos porcentuais. No acumulado de 12 meses, os juros do cheque especial subiram 61 pontos.

O rotativo do cartão de crédito ficou com taxa de 342,2% ao ano em março e mais uma vez ficou como a modalidade com encargos mais pesados. Um mês antes, em fevereiro, os juros dessa opção eram 7,6 pontos porcentuais menores, estavam em 334,6% ao ano. Em 12 meses, o rotativo teve a taxa elevada em 27,1 pontos porcentuais. Para Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC, esse movimento de alta das taxas ocorre em um cenário de inadimplência em baixa. Para as famílias, o nível de calote entre fevereiro e março apresentou uma ligeira elevação ao passar de 5,3% para 5,4% - essa taxa corresponde apenas às operações com crédito livre. As empresas ficaram com o nível de inadimplência estável em 3,5% entre um mês e outro.

Maciel observou que os consumidores, diante da alta das taxas, têm migrado de linhas mais caras para outras mais baratas. "Para pessoa física, houve aumento importante das operações de crédito consignado, principalmente para aposentados", relatou. "O crédito consignado representa um terço do crédito para os consumidores, com uma elevação acima da média para pessoa física." Crescimento Os dados divulgados nesta sexta-feira, 24, pelo BC mostram também que o estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 1,2% em março ante fevereiro e chegou a R$ 3,060 trilhões. Embora a economia esteja praticamente estagnada, a tomada de financiamentos no País continua em expansão moderada, a um ritmo de 11,2% em 12 meses até o mês passado.

Segundo Maciel, as operações de crédito em março mostraram um aumento maior do que o registrado em fevereiro e janeiro em função de uma sazonalidade do ciclo econômico. "O dinamismo da economia brasileira tem esse padrão crescente nos primeiros meses do ano e o crédito acompanha essa evolução", afirmou. "A nossa previsão para a expansão do crédito noano segue em 11%." Maciel chamou atenção para o crescimento em 12 meses no crédito livre para pessoa jurídica, que chegou a 5,1% em março.

Em dezembro do ano passado, essa expansão era de 3,8%. "O primeiro trimestre de 2015 foi melhor no crédito para as empresas do que os três primeiros meses do ano passado. Em parte, isso decorre da evolução do câmbio", avaliou. Segundo ele, houve crescimento expressivo no financiamento às exportações e nos repasses externos, com altas de 2,8% e 13,8% em março, respectivamente.Ele destacou que a carteira do BNDES para empresas, que representa quase três quartos do total do crédito direcionado para pessoas jurídicas, teve crescimento de 2,2% em março e de 16,3% em 12 meses. Esse movimento, explicou, foi influenciado pela variação do dólar.

O ESTADÃO / C DO POVO

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