CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

terça-feira, 25 de abril de 2017

HOMILIA DE HOJE

Terça-feira, 25 de abril de 2017
Mc 16,15-20
1. Jesus ressuscitado está presente na comunidade, percebido apenas pela fé, pois agora sua humanidade se encontra num estado novo, no estado de glória. Sua presença tornou-se espiritual, mediante ação do Espírito Santo, dado à Sua Igreja, que é cada um ou cada uma que, mediante a fé, recebeu o batismo e, por isso mesmo, foi inserido (a) no Corpo de Cristo.
2. O batismo é o sinal dos novos tempos na vida do homem; é o sinal da pertença a Deus. Ao ser batizado (a), o neófito recebe o Espírito Santo, mediante O QUAL, o pecado original é perdoado, torna-se participante da natureza divina e, portanto, filho de Deus, membro do Corpo de Cristo e missionário. Dentre todas essas características, destaca-se aqui o "Ide pelo mundo INTEIRO e anuncia o Evangelho a TODA criatura!. Ser missionário faz parte essencial do batismo, é uma ordem de Jesus Cristo, é uma necessidade para a salvação do mundo. Uma vez tendo vivido com Jesus, aprendido dele a verdade, recebido seu Espírito, cabe, depois da ressurreição, proclamá-LO com a mesma força do Espírito.
3. A missão é uma ordem para ser realizada em vista do mundo INTEIRO a TODA criatura. Em outras palavras, enquanto todo o mundo não conhecer profundamente Jesus Cristo, o Evangelho do Pai, a Igreja não pode nem sequer pensar em retroceder ou mesmo parar no tempo. Cada cristão, se de fato for consciente de sua identidade de filho de Deus, não pode cruzar os braços, pois evangelizar é obrigação recebida no batismo, que não é somente para ficar com Cristo, mas também proclamá-lo com a própria vida, como fizeram muitos pelo martírio e ainda muitos outros atualmente. A frieza na missão é sinal do esfacelamento e do enfraquecimento da fé. É urgente despertar em cada batizado o encanto pela Palavra de Deus, pelos seus ensinamentos e pela salvação da humanidade. Cada um só anuncia o que ama, e só é amado aquilo que é conhecido, pois então cabe aos discípulos tornar conhecido o próprio amor, a fim de que o mundo, na descoberta do amor, se transforme num encanto de Deus.
4. Para isso, cada discípulo recebeu de Jesus a formação, o testemunho, a direção e o seu poder. Isso não é fantasia, não é invenção da Igreja, é real, é verdade. O discípulo verdadeiro tem o poder de Deus para a realização de SUA obra. Quando Deus convida, prepara e envia, Ele o faz concedendo tudo o que é necessário para a missão. Se o discípulo, realmente deseja fazer a vontade de Deus, a obra será cumprida, mesmo que venha a cruz, mas chegará ao seu objetivo. O discípulo não só tem o poder de Cristo, mas a Ele se identifica. É por meio do discípulo que Jesus Cristo se manifesta ao mundo. Jesus quer que Seus discípulos continuem Sua obra, por isso, envia-os; e eles, depois de o Mestre ser levado ao céu, saíram pelo mundo, pregando o Evangelho, ajudados pelo mesmo Senhor, que não deixou de se fazer presente depois de Sua ascensão. A obra de Cristo foi continuada, sem rupturas. Tem-se aqui o tempo da comunidade cristã, que, impelida pelo Espírito de Deus, deve dar testemunho de Cristo, anunciando a Boa Notícia, isto é, não terão outro anúncio senão o do próprio Mestre, não somente a Israel, mas ao mundo inteiro. Tal anúcncio exigiu e exige no hoje da Igreja a proclamação decisiva da fé.
5. Mediante uma adesão total a Jesus e à Sua obra, a missão será realizada com a presença do Senhor e do Seu poder. Alguns sinais farão parte da vida dos discípulos: expulsarão demônios, falarão novas línguas (cf. Mc 16,17), ficarão livres das serpentes e do veneno mortal (cf. Mc 16,18a), e, por ultimo, imporão as mãos sobre os doentes, curando-os (cf. Mc 16,18b). Tais sinais não são para mostrar o poder do discípulo, mas a continuidade da ação libertadora de Jesus na história. Jesus não abandonará Sua Igreja, mas continuará, por meio do Seu Espírito, presente na Palavra, na vida e decisões do Magistério, na prática de oração de todos os fiéis, e nos Sacramentos. Sua obra permanece e se expande pelo mundo na força do Espírito Santo, que age na Igreja, Corpo de Cristo, legítimo instrumento da salvação.
Um forte e carinhoso abraço.
Pe. José Erinaldo

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