CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

JESUS DO NOSSO LADO

Lc 9,1-6
1. O discípulo é uma escolha livre de Jesus Cristo. Não é a pessoa que se auto determina, como muitos estão fazendo por aí, dizendo-se “ministros do Senhor”. O chamado faz parte da iniciativa de Deus, que tem o conhecimento da realidade salvífica para a qual fez existir cada ser humano. Dele todos partimos como criaturas, para Ele retornaremos como filhos, divinizados. Então, o chamado do Senhor mira não somente o bem do outro, mas também a transformação de quem a Ele responde.
2. Jesus chama, antes de tudo para ficar com Ele. O discípulo deve ser amigo do Senhor, colocando-se livremente a seu serviço, isto é, a serviço do Reino de Deus. A intimidade com o Filho dá novo horizonte ao homem. O Logos do Pai possibilita à mente humana uma visão tremendamente superior da verdade, da vida e do ser de modo geral. Mediante o Filho-Logos, o homem conquista sentido num contexto pessoal de tensão e imperfeição, desejo de plenitude e limitação existencial. A amizade com Jesus-Filho-Logos, torna o homem verdadeiro discípulo, filho e também palavra testemunhal. Dessa forma, agirá como autêntico instrumento de salvação sendo, ele próprio, salvo por força do chamado divino e de sua resposta humana.
3. O discípulo recebe do Mestre Jesus o poder de expulsar demônios, curar os enfermos e de proclamar sua Palavra com autoridade. O Mestre concede ao discípulo a honra da participação em sua missão e o envia às mesmas pessoas e, ainda, com a mesma finalidade salvífica. Uma vez íntimo da Palavra salvífica, o discípulo recebe a graça de agir, sem prescindir da compreensão de sua finitude escravizadora, no mundo com a força da renovação da pessoa humana, sendo ele portador da verdade e testemunho do amor, modo único da ação de Deus, que é o Amor por natureza. A força de Deus se manifesta no amor,e a potência da ação de um discípulo se dá mediante a fé no Deus-Amor e no testemunho desse mesmo Amor.
4. O discípulo desempenha sua missão recebida do Mestre não para viver de qualquer modo ou segundo um modo próprio, mas segundo o modo de Jesus Cristo na forma de Servo, totalmente desapegado de tudo. A única riqueza do discípulo é Jesus Cristo mesmo e sua missão salvífica. O discípulo deve ser todo para Deus, exclusivamente voltado para Ele. Não existem duas formas de ser no âmbito da salvação. Quem encontrou a verdade e o amor não tem outro horizonte de perfeição. O olhar de que ama se volta para o amor, a visão de quem anseia pela vida se volta para a verdade, e não existe outro caminho para o amor e à verdade senão o próprio Filho de Deus, o Logos do Pai, a Palavra Salvadora. O discípulo e a discípula são aqueles que, na intimidade com Jesus Cristo, descobriram a plenitude de seus anseios, visão e realização.
Um forte e carinhoso abraço.
Pe. José Erinaldo



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