CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sábado, 25 de novembro de 2017

Cristo Rei do universo


Mt 25,31-46
1. Mt toma a imagem do Filho do Homem de Dn 7,13-14 e o mostra como Rei e Juíz de toda a humanidade no momento do Juízo. O julgamento será para todos os povos de todos os tempos, todos aqueles para os quais foram enviados os discípulos de Jesus (Mt 28,19; 24,14; Mc 16,15). O juízo, segundo esse texto, caracteriza-se pela sua universalidade e terá como critério a prática da justiça. Como Rei, ressuscitado, Jesus separará os homens dos outros homens, e, com total clareza, fará com que cada um tenha completa possibilidade de ver sua mais autêntica identidade. Ou seja, ao homem será dada a mais profunda clareza da identidade que possui e do sentido de todas as suas ações.
2. Além disso, a humanidade será colocada diante do mistério da caridade, num sentido bem humano mesmo, em que cada um deveria ter sido responsável pelo outro seu semelhante, levando em consideração sua necessidade e sua pobreza. Nesse caso, benditos são todos aqueles que, mediante uma vida voltada para o amor, souberam se colocar à disposição dos demais como um verdadeiro dom, utilizando os dons que possuíam em benefício dos demais. Benditos todos aqueles que fizeram o bem aos famintos, aos sedentos, aos que se encontravam nus, presos, hospitalizados e eram estrangeiros. Em suma: todos os sofredores, rejeitados, abandonados, todos aqueles que vivem no mundo sem voz e sem vez e que necessitam de cuidados, de ajuda, de proteção e de atenção. Benditos serão todos aqueles que fizeram de suas vidas experiências concretas de misericórdia e solidariedade, união e fraternidade.
3. Essa preocupação humana tem seu fundamento em Cristo. A ação é cristológica. É sempre por causa de Cristo, movidos pelo seu amor e identificação com os pobres, que o discípulo deve agir. É Cristo o juíz universal, mas também o critério do julgamento, uma vez que Ele é Aquele pelo qual o homem tem acesso a sua própria identidade e sentido de vida. Não mover-se por Cristo nem pela prática da caridade significa abraçar a morte, a maldição e, portanto, a derrota de si mesmo. Ser justo, na verdade, isto é, ser tratado como “ovelhas”, significa olhar para o juiz no trono da cruz e perceber que não é o encanto pela coroa de ouro, palácios e vestes suntuosas que indicam a condição do verdadeiro Rei, mas Seu eterno amor agindo em nosso favor. Na cruz, o chamado “bom ladrão” pôde reconhecer o Rei-Pastor, viu para além das aparências quem verdadeiramente se fez dom. O Rei Salvador tem uma coroa de espinhos, está nú, seu trono é uma cruz, seus aliados são dois bandidos, seus bajuladores são os escarnecedores, sua vitória estar na sua entrega total, sua dor, a traição, seu vigor, o cumprimento da vontade do Pai, sua alegria, ser todo para o Pai e todo para a salvação de uma humanidade traidora. Esse é o Rei conhecido pelo “ladrão”, Esse é o nosso Rei. Com Ele reinaremos se agirmos sem medo e do mesmo modo que Ele.
Um forte e carinhoso abraço.
Pe. José Erinaldo

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