O motivo de tantas mortes deveu-se ao pecado deles. Por serem pecadores, mereceram o castigo da morte. Nesse caso, outro tipo de fanatismo se mostra: os ditos "santos", "puros", denominados impecáveis, "amigos" de si mesmos, homens que pensam de não sofrerem a mesma sorte dos galileus pelo fato de não merecerem tal castigo, como se fossem mais importantes, cheios de privilégios e arrogância. Nessa mentalidade, o crime serve como indicador da desgraça merecida pelo pecador; e, ainda mais, criam uma forma religiosa imperial. Para Jesus isso é terrível, é uma verdadeira deformação da inteligência e da religião. Enquanto pensam dessa forma, não conseguem perceber os danos causados pelas injustiças dos que governam, o jogo de poder, o massacre de inocentes e, de certo modo, o favorecimento à cultura de morte. Deve-se, pois, lutar a todo custo pela vida.
2. A salvação não é uma escolha pessoal em absoluto. Ninguém se salva pelo fato de cumprir as leis estabelecidas, todos os ritos e tudo o que se exige pra ser feito. Tudo isso é importante, mas muitos fazem tudo isso pensando em si mesmos: em ter honras, ser respeitado, aplaudido, mostrar-se com a face de santo, imaculado, perfeito, entre outras coisas. A salvação é, antes de tudo, iniciativa de Deus, escolha sua, decisão sua. Somente depois, é resposta do homem. A salvação depende, então, da ação primeira de Deus e da resposta do ser humano. Ela não acontece pelo simples cumprimento das normas, mas pela conversão total da pessoa a Deus. Converter-se é mudar de mentalidade, deixar a lógica do mundo e abraçar absolutamente a lógica de Deus, ser de Deus, voltado para Ele, amá-lo profundamente, reconhecendo-se pecador, imperfeito, mas capaz e tudo superar com Sua graça. O homem convertido não se apega às honras, mas a uma profunda vida de intimidade com Deus. Somente assim, tal homem dará frutos.
3. O discípulo deve estar preparado para o momento decisivo. Sua vida na terra não é eterna. Mudar de vida é a estrada certa, renunciar o mal e procurar cumprir a vontade do Senhor, amando-o de todo o coração. Na hora em que menos pensar, partirá desse mundo. Jesus espera que nos convertamos imediatamente. É agora o momento da mudança de mentalidade, desse largar a forma de pensar desumana do mundo e abraçar a realidade pensada por Jesus mesmo. A figueira, Israel, pelo fato de não produzir o fruto esperado foi cortada nos anos 70 d.C. E nós, estamos dando frutos?
4. O tempo da figueira corresponde aos anos de pregação de Jesus. O fato de ainda insistir na figueira, indica o desejo salvífico total de Deus, que chega ao absurdo de esperar por algo humanamente impossível, que é uma figueira estéril dar frutos. Mesmo que pareça absurdo, Jesus aposta na mudança de vida das pessoas. Ele se solidariza com todos e aceita a intervenção daquele agricultor (que pode ser qualquer um dos seus santos), marcando assim a grande novidade na obra da salvação, também como participação de todos. Deus “precisa” de humanos para salvar humanos. A grande questão que fica é esta: E a figueira passou a dar frutos? Quando teremos a resposta? Certamente no cotidiano de nossas vidas a resposta poderá ser encontrada.
Um forte e carinhoso abraço.
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