CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

domingo, 22 de setembro de 2019

O SALVADOR

Jesus viu Levi, isto é, conheceu-o, percebeu sua vida e sua dignidade, enxergou-o no meio de uma sociedade que o desprezava por causa de sua profissão de cobrador de impostos. Jesus enxerga as pessoas e fixa seu olhar nelas, amando-as. O amor não é somente a realidade do Seu ser, mas também Seu instrumento de ação. Por isso não faz acepção de pessoas, não levanta muros, não cria barreiras comunicativas, não se fecha na Sua santidade, mas, pelo contrário, faz de Si condição única de salvação.
2. Jesus chamou Levi, quis consigo um cobrador de impostos, escolheu-o para si, para ser uma das colunas do edifício espiritual: a Igreja. Levi foi escolhido para uma missão savífica jamais pensada por ele. Sem titubear, ergueu-se imediamtente. Prestar bem atenção ao advérbio “imendiatemente”, que indica aqui entrega imediata de sua vida, abdicando de tudo para viver exclusivamente com Jesus. Não deixou para depois, não quis remoer o convite, não foi direto aos pais para contar a novidade, não procurou amigos para isso. Simplesmente, respondeu sim.
3. Jesus oficializa essa aliança com Mateus, estando com ele à mesa, numa refeição. Nesse momento, Jesus abre as portas de sua casa para outros publicamos e pecadores, dando-lhes a alegria de participarem do Reino de Deus. Nessa refeição, Jesus demonstra aos próprios pecadores o quanto eles são importantes. O fato é que Jesus vê a pessoa, põe em relevo o ser alguém, filho de Deus e que, mediante uma ação salvífica, plena de amor, lança as redes. Deveria ser essa a forma continuada de missão para toda a Igreja. Antes de tudo, tendo consciência de realidade de Corpo de Cristo, pertencente a Deus e, por isso mesmo, ser instrumento do amor, da verdade e da vida para o bem de todos.
4. Assim sendo, não pode ser outra a ação da Igreja senão fundamentada no amor. No ato do encontro com o pecador, o missionário não deve apontar os erros do outro nem fazê-lo sentir-se no infermo, mas deixá-lo livre na descoberta de Deus através de uma missão baseada no amor de Deus. Que o outro veja a forma amorosa de sua ação missionária, e não um acusador hipócrita. Foi justamente o que fez Levi, uma vez convertido, tendo encontrado a MISERICÓRDIA de Deus, chamou outros seus amigos, a fim de que pudessem provar do mesmo amor. Pois bem, Jesus ensina aos seus discípulos como devem proceder na sociedade. Sua missão deve ser a mesma do mestre, levando a mensagem de salvação para os verdadeiramente necessitados: os pecadores, os que se reconhecem como pecadores de fato, e não temem entrar no mundo deles para os ajudá. Nos desertos espiriturais da pessoas, os discípulos surgem como verdadeiros oásis de libertação.
Um forte e carinhoso abraço.
Padre José Erinaldo


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