CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sábado, 16 de maio de 2020

O MANDAMENTO DE AMOR AO OUTRO

"Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama". A prova de amor exigida pelo texto acima é a da acolhida e da observância dos mandamentos. A razão é clara: os mandamentos são a vontade de Deus para o exercício da vida humana em relação a Ele e ao próximo de cada um. Em cada mandamento se encontra uma exigência de totalidade humana na sua relação com Deus. A justificativa da prática da vontade de Deus, expressa em cada mandamento, não se encontra no medo de Deus, mas na manifestação do seu amor. Ora, só se coloca livremente em prática um ensinamento vindo de quem é amado. Então, nesse caso, estabelece-se uma autêntica relação entre aquele que, de fato, cumpre os mandamentos por serem de Deus e Deus mesmo, como sua razão absoluta de vida. Na verdade, ao se colocar em primeiro lugar os ensinamentos do Senhor, manifesta-se uma profunda intimidade a vida de amor entre o discípulo e Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo.
2. Assim como fizeram Tomé e Felipe, Judas também apresenta uma forte incompreensão: "Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?". Como vimos no parágrafo 1, o amor é o fundamento de todas as coisas, é o seu sentido último, é a razão de ser da vida de comunhão com Deus e com todos. O AMOR é Deus mesmo e fonte de toda a existência. Todos são chamados a viver a Palavra de Deus, mas não de qualquer modo, mas, de modo perfeito, por causa do amor, no amor e pelo amor. Isso significa que, apesar do interesse por visões, fantasias, ilusões, presentes no homem, Deus não se servirá dessas coisas para se mostrar ao mundo. Seu modo de presença histórica está fundamentado no amor. Deus se torna visível no amor. Aqui se encontra o maior de todos os desafios. Os discípulos devem, necessariamente, ser aqueles e aquelas que, em Nome de Jesus Cristo, uma vez já envolvidos no amor, manifestarão Deus ao mundo.
3. Há uma clara oposição entre discípulo e mundo. Os discípulos são aqueles que foram chamados e escolhidos, preparados e enviados. Eles tiveram uma experiência com Jesus na dor da cruz e na alegria da ressurreição. Foram eles covardes, medrosos, mas confirmados na paz, na alegria e e no amor por causa do Ressuscitado. Encorajados pelo Espírito de Deus e totalmente envolvidos com a Palavra da Salvação, saíram pelo mundo, tendo como única razão o próprio Jesus Cristo, o Filho Amado do Pai; como força e iluminação, o Espírito Santo; e como meta, a comunhão com o Pai. O mundo, por sua vez, é a realidade da carne, da busca de si mesmo, dos próprios interesses, uma realidade que experimenta tudo, menos o amor de Deus, pelo contrário, odeia Jesus Cristo.
4. À Igreja, que deve ir pelo mundo inteiro como instrumento da Salvação, o Pai enviará, em Nome de Jesus, o Outro Defensor, o Paráclito, o Espírito Santo. Certamente, o primeiro Advogado é Cristo. O Espírito agirá no âmbito do ensinamento e na memória de tudo o que por Jesus foi ensinado e vivido. O Espírito é enviado aos discípulos, que estão abertos à ação de Deus. Os discípulos precisam enfrentar um mundo hostil a Deus, fechado ao Espírito do Senhor, cego à realidade do Criador. A esse mundo não foi enviado o Espírito. Pelo contrário, esse mundo necessita da missão evangelizadora da Igreja, que totalmente voltada para Deus, é lançada no meio do mundo, como instrumento de santidade, verdade, amor e vida; ela é enviada como testemunha da morte e ressurreição de Jesus Cristo e portadora da salvação.
Um forte e carinhoso abraço.
Padre José Erinaldo

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