CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sábado, 14 de maio de 2022

CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO, A COLHEITA ESTÁ PRONTA. VINDE MORAR COM O PAI.

 SENHOR TENDE PIEDADE DE NÓS.











2 comentários:



  1. 5. "Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei". Hoje se banaliza muito a noção de amor. Muitos, inclusive, entendem tudo pelo prazer, pelo afeto, pelo carinho. É verdade que tudo isso pode ser encontrado em quem verdadeiramente ama, mas o amor não é isso. O amor não é um sentimento, não é a mesma coisa que paixão, não significa interesse pela outra pessoa. Essa forma de ser cria dependências sérias, além de fomentar ilusões, fantasias, sonhos sem sentido. Nessa forma de entender o amor existem muitos sem horizonte, sem sentido. Amar como Jesus exige muito mais do que isso.


    6. Sendo Deus, o Verbo se fez carne. A encarnação já é uma profunda lição de amor, pois trata-se do esvaziamento de Si, para assumir a nossa condição limitada, por isso mesmo imperfeita. Certamente, menos o pecado, mas em tudo tornou-se igual a nós, 100% homem. Ele veio ao nosso encontro, falar conosco de igual para igual, como um de nós, a partir de nós mesmos. Entrou na nossa história, para dialogar conosco dentro de nós mesmos, para nos ensinar a partir de nossa própria linguagem. Além disso, assumiu nossos pecados, nossos sofrimentos, nossas dores, sentiu conosco a dor da separação. Foi mais além, por amor, entregou-se por todos os que queriam sua destruição, por todos que O ferimos com nossos pecados. Enquanto estava sendo entregue pela traição religiosa (Sinédrio), pela traição no amor (Judas Iscariotes) e pela traição política (Pilatos), Jesus entregou-se exclusivamente para a salvação de todos, amando-os até o fim. Perdoou a todos e por todos deu Sua vida. Depois de ressuscitado, fez-Se alimento para todos os que se tornaram Seus verdadeiros discípulos, seus amigos, servos para a salvação do mundo.


    7. Amar não é ter paixão, sentir simplesmente algo por alguém ou por alguma coisa. Amar é ser capaz de fazer-se um dom para a salvação do outro, mesmo que ele seja descaradamente um inimigo. Aquele que ama como Jesus não é inimigo de ninguém, não se coloca contra ninguém, mesmo que tenha inimigos declarados, pessoas que pensam somente em si mesmas e "amam" pelo instinto. Aquele e aquela que realmente desejam viver como verdadeiros discípulos de Cristo têm como objetivo não buscar o amor do outro para si, mesmo que isso seja de uma importância imensurável para sua existência, mas ser amor para ele, mesmo que tenham de passar pela dor. O discípulo fica com a dor, para oferecer somente amor. Assim, o discípulo se torna amigo de Jesus. Também dessa forma dá os frutos esperados pelo Senhor. E, ainda, alcançará tudo o que pedir ao Pai em nome de Jesus Cristo.
    8. "Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça". A iniciativa da escolha é divina. Todos somos chamados, mas escolhidos somente aqueles que a Deus responderam com adesão total. Deus nos quer para Ele e, por causa DELE, para a missão salvífica. Os frutos vêm da ação da graça divina na vida daqueles que foram chamados e escolhidos pelo próprio Senhor. Ninguém pode se auto atribuir uma missão divina, pois indica, no mínimo, um falsário, um enganador, um falso profeta. O chamado de Deus passa pela confirmação de Sua Igreja na história. A Igreja, sobre a rocha, é o lugar seguro para se caminhar com passos firmes na direção de Deus e na realização de Sua vontade, mediante a vivência do amor. Somente amando uns aos outros como Jesus nos amou, construiremos um mundo onde o ser humano pode realmente ser imagem e semelhança de Deus, filho de Deus e verdadeiramente humano.
    Um forte e carinhoso abraço.

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  2. O acento desse texto se encontra no amor, mas não qualquer forma de amar. O amor referencial é o de Cristo, que ama cada um dos Seus discípulos da forma como é amado pelo Pai, que LHE comunica o Espírito (cf. Jo 1,32-33), que, por sua vez, é comunicado pelo Filho à Igreja (cf. Jo 7,39). Historicamente, Jesus manifesta o que Ele é com o Pai: relação de amor: o Pai, eterno Amante; o Filho, eterno Amado; e o Espírito, eterno Amor. O Pai, todo para o Filho, que é todo voltado para o Pai. O Espírito é Aquele no qual o Pai é todo para o Filho, e o Filho todo para o Pai. No mesmo Espírito, Jesus ama Sua Igreja, entregando-Se totalmente por ela. Toda Sua vida foi dom de Si mesmo desde a Encarnação até se fazer Eucaristia. Em tudo viveu a vontade do Pai, ensinou tudo o que o Pai queria, em tudo foi renúncia de Si mesmo para a manifestação da glória de Deus Pai na santificação de todos os escolhidos.


    2. "Permanecei no meu amor". Aqui tem-se uma ligação com o texto da videira verdadeira (cf. Jo 15,1-8). Em ambos os textos, existe uma exigência de “permanência”, mas não qualquer forma de permanência, mas de inserção em Jesus (primeiro texto) e no amor (segundo texto). De fato, o “ramo” só produzirá frutos se estiver preso à árvore, se receber a seiva, se está inserido no corpo. Tal permanência e resultados só serão possíveis no amor, e este como dom de si. Não existe outra mais perfeita manifestação de amor. É sabido que não existe uma definição de amor em nenhuma ciência, mas quando o discípulo contempla a vida do Verbo feito carne, ali encontra não somente uma definição intelectual do amor, mas também, e de modo mais perfeito, o próprio amor na história, o amor como pessoa absolutamente livre e, por isso mesmo, capaz de ser todo obediência ao mesmo Amor e ao ser humano, que necessita ser amado e descobrir o amor na forma de Deus para poder encontrar sua realização no mesmo Deus. Esse amor é oblatividade, isto é, entrega de si mesmo, tendo em vista o bem do outro; é assumir a dor, a fim de que o outro viva o amor; é não temer diminuir, para que o outro cresça; é alegrar-se quando o outro atinge o topo, sua realização. O discípulo é convidado a praticar esse amor na história da Igreja no mundo.


    3. "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor". O amor não é pra ser vivido no universo da abstração. Não é a noção de amor que salva. Não significa nada ter entendimento do amor e não praticá-lo. Jesus Cristo foi todo obediência ao Pai, colocou em primeiro lugar a instrução do Pai, Seus Mandamentos. O que Ele pede aos Seus discípulos é puramente a vivência dos mesmos Mandamentos. O ponto importante e novo aqui é o fato de se colocar em prática tais Mandamentos a partir de Jesus Cristo. A interpretação do pensamento do Pai foi dada pelo Filho, que revelou perfeitamente a vontade do Pai. Somente permanecendo em Cristo é possível chegar plenamente à verdade do Pai e à plenitude do Seu amor.


    4. "Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena". Sendo todo para o Pai e todo para a salvação de Seus escolhidos, Jesus manifesta a alegria da santidade divina e da vitória do amor. A essa mesma alegria, o discípulo é convidado, a fim de que todo para Deus e todo para o bem dos seus semelhantes, ele possa viver a santidade de Deus em Cristo, combater o bom combate no amor e fazer da dor de cada dia o trampolim para a eternidade, onde sua alegria será plena no abraço Trinitário.

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