CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

HISTÓRIA: A BOLA DA VEZ É A SÍRIA

O relatório de inspetores da ONU mostra que o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, é responsável pelo ataque com gás neurológico sarin lançado nos arredores de Damasco em 21 de agosto, afirmaram os EUA e o Reino Unido após a divulgação do documento em Nova York nesta segunda-feira. Em Paris, o chanceler francês, Laurent Fabius, também afirmou que o documento comprovava a culpa do regime de Assad.
Apesar de a missão de inspetores não ter sido encarregada de verificar quem seria responsável pelo ataque, os embaixadores dos EUA e do Reino Unido na ONU afirmaram que os aspectos técnicos do relatório - tipo de foguetes usados no ataque, suas trajetórias e a qualidade do sarin empregado - provam que só o governo teria a capacidade de lançar esse tipo de ataque em larga escala.
Reuters
Ativistas sírios inspecionam corpos de supostas vítimas de ataque químico na região de Ghouta região no bairro de Duma, em Damasco (21/8)
“Só temos informação de que o governo, e não a oposição, tem o tipo de foguete usado para lançar o ataque”, afirmou a embaixadora americana Samantha Power, relembrando que um relatório de inteligência dos EUA previamente divulgado indicava que os foguetes foram disparados de uma área sob controle do governo.
“Desafiaria a lógica pensar que a oposição infiltraria uma área do regime para lançar um ataque contra si mesma”, afirmou em coletiva após reunião do Conselho de Segurança. "O regime sírio tem sarin, enquanto não há evidências de que a oposição tenha", acrescentou.
Segundo o governo americano, o ataque de 21 de agosto deixou mais de 1,4 mil mortos, incluindo centenas de crianças. Mas as agências de inteligência da França e do Reino Unido, bem como a organização Médicos Sem Fronteiras, apontam um número bem menor de mortos.
"Falando previamente a Samantha Power, o embaixador do Reino Unido na ONU, Lyall Grant, fez declarações similares. "Não foi um uso artesanal de armas químicas", afirmou. Segundo o diplomata britânico, o relatório dos inspetores mostra que a quantidade de sarin empregada no ataque do dia 21 foi 35 vezes maior do que a usada em um ataque contra o metrô de Tóquio, no Japão, em 1995.
Pior ataque em 25 anos
Em suas declarações, a embaixadora americana corroborou essa informação, enfatizando que a qualidade do sarin usado no ataque sírio era superior ao do programa do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein (1979-2003) durante a guerra Irã-Iraque (1980-1988).
Em coletiva logo após informar o Conselho de Segurança sobre as informações do relatório, o secretário-geral da ONU, Ban ki-moon, afirmou que o ataque do dia 21 representa o uso confirmado mais significativo de armas químicas contra civis desde o ataque de Saddam contra iraquianos de etnia curda em Halabja, em 1988.
Ao principal órgão da ONU, o chefe da organização afirmou que testes feitos com amostras de sangue retiradas de 34 de 36 pacientes com sinais de envenenamento comprovaram a exposição ao sarin. De acordo com Ban ki-moon, “85% das amostras de sangue deram positivo para o gás sarin”, com as vítimas tendo apresentados sintomas claros associados a esse agente, incluindo perda de consciência, falta de ar, visão embaçada, inflamação ocular, vômitos e convulsões.
O relatório foi divulgado depois de os EUA e a Rússia terem alcançado no sábado, após dias de negociações em Genebra, um plano de acordo para pôr as armas químicas sírias sob controle internacional. O documento determina que Assad forneça um inventário de seu arsenal químico até o fim desta semana e entregue todos os componentes de seu programa até meados do próximo ano. O objetivo final é destruir as armas químicas da Síria.
O plano de acordo suspendeu indefinidamente o que, até o mês passado, parecia ser a possibilidade de um ataque iminente dos EUA contra a Síria em retaliação ao ataque químico. A Síria, que nega a acusação e responsabiliza os rebeldes antigoverno pelo ataque, contou com sua aliada Rússia para evitar ser alvo de uma operação militar externa.
Os EUA, porém, mantêm a advertência de que a opção militar continua sobre a mesa se a diplomacia fracassar com o descumprimento do plano pela Síria. “A ameaça de força é real”, alertou o secretário de Estado americano, John Kerry, no domingo em Jerusalém. FONTE:ULTIMOS SEGUNDOS.IG.

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