CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

terça-feira, 22 de outubro de 2013

É PRECISO TER FÉ NO IRMÃO




Depois de assumir o prejuízo que o filho tinha deixado ao roubar um posto de combustível em Jles(SP), o servente de pedreiro Dorivaldo Porfírio de Lima não precisou desembolsar um real para pagar. Isso porque uma doadora anônima, da cidade de Blumenau (SC), ligou para o dono do posto e pagou os R$ 900 que o filho do pedreiro tinha roubado há 15 dias.
O dono do estabelecimento, Pedro Paulo Santana, que já se dizia surpreso com a decisão do servente de pedreiro de pagar pelo roubo do filho, se disse ainda mais comovido com a atitude da mulher, que não quis se identificar. “Ela me ligou um dia perguntando se a história que tinha visto na televisão era verdadeira e eu disse que sim, que tinha até as duplicatas da dívida. Dois dias depois ela me ligou dizendo que depositou o dinheiro na minha conta. Ela se sensibilizou com a história e, para mim, foi uma atitude muito generosa”, afirma.
Santana diz que já devolveu as promissórias que Dorivaldo tinha assinado e que o servente de pedreiro se tornou cliente fiel no posto de combustível dele. Santana explica que pagaram também o assalto que o filho de Dorivaldo tinha feito em uma farmácia. “No começo achei que era trote. Eu ia passar o telefone do Dorivaldo, porque não queria ficar como intermediário na história, mas ela recusou. A mesma mulher disse que também queria ter quitado a dívida da farmácia, mas quando ligou no estabelecimento já tinham pagado o valor”, diz.
Dorivaldo afirma que também recebeu diversas ligações depois que a história ganhou repercussão nacional. Ele disse que não quis pedir ajuda para ninguém, que era uma dívida com o filho dele e a sociedade. “Me ligaram da Bahia, do Rio de Janeiro e do Sul  dizendo que queriam me ajudar a pagar a dívida, que se comoveram com a história. Fiquei até surpreso. Depois que conversei com o dono do posto e com o da farmácia, descobri que já tinham quitado a dívida. O importante é que todos que ligaram falaram bem do meu filho, que ele tinha cometido um erro e que ele iria se recuperar”, afirma.
O servente de pedreiro afirma que o filho trabalhava também em construções e que deve ter entrado no mundo das drogas por influência de amigos. Dorivaldo disse que a intenção é internar o filho em uma clínica de reabilitação assim que sair da cadeia. “Ele não é ladrão, fez isso por causa do problema com as drogas. Ele é trabalhador. Ainda não conversei com ele, apenas o advogado, que disse que ele está arrependido”, afirma  pai.
Dorivaldo e a mulher pediram autorização para ver o filho, que está na cadeia de Jales. Segundo o servente de pedreiro, até sexta-feira ele deve conseguir visitar o filho pela primeira vez depois do ocorrido. “Ele não é um bandido, apenas cometeu um erro. Ele sempre foi trabalhador, mas as drogas devem ter mexido com ele. Não apoio a atitude que ele teve, mas não vou abandonar meu filho. Também não é justo os outros ficarem no prejuízo”, afirma.
Relembre o caso

Depois que o filho dele, de 18 anos, foi  acusado de roubar um posto de combustíveis e uma farmácia no início do mês de outubro em Jales, o pai decidiu pagar o prejuízo que as vítimas tiveram por causa do filho.
Dorivaldo Porfírio de Lima não tem carteira assinada e ganha pouco mais de um salário mínimo. Mesmo assim ele se comprometeu a pagar os R$ 1,5 mil roubados na farmácia e no posto em 10 vezes. Ele ofereceu até garantia, assinando promissórias. No caso do posto de combustível, a dívida era de R$ 900 e ele dividiu o valor para pagar em 10 vezes de R$ 90.

G 1

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