Em linhas gerais, considera-se que as pessoas que entraram no Brasil até 1822, ano da independência, foram colonizadores. A partir de então, as que entraram na nação independente foram imigrantes.
Antes de 1870, dificilmente o número de imigrantes excedia a duas ou três mil pessoas por ano. A imigração cresceu primeiro pressionada pelo fim do tráfico internacional de escravos para o Brasil, depois pela expansão da economia, principalmente no período das grandes plantações de café no estado de São Paulo.
Contando de 1872 (ano do primeiro censo) até o ano 2000, chegaram cerca de 6 milhões de imigrantes ao Brasil.
Desse modo, os movimentos imigratórios no Brasil podem ser divididos em seis etapas:
- Ocupação inicial feita por povos nômades de origem asiática que povoaram o Continente Americano entre 10 e 12 mil anos, conhecidos como índios;1
- Colonização, entre 1500 e 1822, feita praticamente só por portugueses e escravos provenientes da África subsaariana;
- Imigração de povoamento no Sul do Brasil, iniciada, em 1824, por imigrantes alemães e que continuou, depois de 1875, com imigrantes italianos;
- Imigração como fonte de mão de obra para as fazendas de café na região de São Paulo, entre o final do século XIX e início do século XX, com um largo predomínio de italianos, portugueses, espanhóis e japoneses;
- Imigração para os centros urbanos em crescimento com italianos, portugueses, espanhóis e sírio-libaneses, além de várias outras nacionalidades;
- Imigração mais recente, reduzida e de pouco impacto demográfico, iniciada na década de 1970.
O desenvolvimento da cultura de cana-de-açúcar faz crescer o número de escravos africanos desembarcados na colônia, vindos sobretudo de Angola e da Costa da Mina para o litoral do Nordeste. A imigração portuguesa continuou reduzida. Portugal não tinha população suficiente para mandar grandes números de colonos para o Brasil. A população se concentra nos litorais nordestino e sudestino. O resto do País segue ocupado apenas pelos índios.
No século XVII desembarcaram 550 mil africanos e 50 mil portugueses.
Entre 1500 e 1700, 100 mil portugueses se deslocaram para o Brasil, a maioria dos quais fazia parte da iniciativa privada que colonizou o País: grandes fazendeiros ou empresários falidos em Portugal que, através da distribuição de sesmarias, tentavam se enriquecer facilmente e retornar para Portugal. Dedicaram-se principalmente à agricultura, baseada no trabalho escravo, inicialmente efetuado por indígenas, mas sobretudo por escravos africanos.
No século XVIII aportaram no Brasil 600 mil portugueses, atraídos pela exploração de ouro que estava ocorrendo em Minas Gerais. Já não eram exclusivamente fazendeiros e agricultores, ganharam caráter urbano e se dedicaram principalmente à exploração do ouro e ao comércio.
No século XIX o Brasil tornou-se independente, dando fim a colonização portuguesa no País, embora a imigração de portugueses continuasse a crescer gradativamente. No final desse século, o fluxo de imigrantes portugueses cresceu rapidamente, sendo superado apenas pelos italianos. Entre 1870 e 1950, cerca de 1,4 milhão de portugueses desembarcaram no Brasil, em sua maioria camponeses que passaram a se dedicar ao comércio.
O tráfico internacional de escravos da África subsaariana para o Brasil foi um movimento migratório, embora forçado. Seu início ocorreu na segunda metade do século XVI, e desenvolveu-se no século XVIII, atingiu seu ápice por volta de 1845 até ser bruscamente extinto em 1850.
O tráfico negreiro foi uma atividade altamente lucrativa e legal. Iniciou oficialmente em 1559, quando a metrópole portuguesa decidiu permitir o ingresso de escravos vindos da África no Brasil. Antes disso, porém, transações envolvendo escravos africanos já ocorriam no Brasil, sendo a escassez de mão-de-obra um dos principais argumentos dos colonos.FONTE:WIKIPÉDIA
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