CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

terça-feira, 26 de maio de 2015

CANTANDO EM CIRCOS


Apesar disso, as relações da Jovem Guarda com o rock vigente naquele momento não era das melhores, com uma nítida separação entre os dois movimentos. Os roqueiros mais tradicionais, fiéis aos padrões externos em voga, recusavam-se a aceitar a linguagem da Jovem Guarda, classificada por eles como “brega”. Esta falsa separação foi rompida pelo tropicalismo que passou a incorporar em seu repertório canções de Roberto Carlos, especialmente, do que são exemplos os primeiros discos “psicodélicos” de Gal Costa. Nos anos setenta, o grupo A Bolha chegou a gravar um LP sob o título de ‘É Proibido Fumar’ e, nos anos oitenta e noventa, o gênero foi sendo gradativamente incorporado pelas novas gerações roqueiras.
Em 1972, em artigo especial para o jornal Rolling Stone, o escritor, poeta e músico Jorge Mautner, ainda cumprindo um papel de contribuir para o processo de aceitação da Jovem Guarda pelas elites nacionais, afirmou que “Roberto Carlos é puro instinto empírico e produto de uma sociedade de massas; o primeiro panamericano da “mídia” e do pop”. Segundo Mautner, “Celly introduziu o rock com batida de fox, mas não tornou isso um produto sincretizado. Era sempre uma importação artificial, “a versão”, na qual ficou famoso Fred Jorge. Roberto inicia-se aí nestas turvas águas de um rock importado e simplesmente traduzido, mas torna isso um produto complicado, sintetizando-o com uma alma e melodia brasileira, fabricando um inconfundível produto panamericano”. Para Mautner em seu artigo, Roberto Carlos promoveu no terreno do rock a mesma síntese das culturas musicais americana e brasileira que João Gilberto havia produzido com a bossa nova e o jazz.

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