HAMILTON VENCE O GP DO JAPÃO

Hora da verdade: Hamilton colocou por dentro e foi embora para a vitória. Fotos AFP

Lewis Hamilton teve uma corrida para se consagrar e encaminhar o tricampeonato neste domingo. O britânico largou em segundo, mas superou o companheiro Nico Rosberg na primeira curva e mostrou quem manda na Mercedes. Depois disso, dominou completamente a corrida e abriu um caminhão para a concorrência, botando volta até no décimo colocado. Vitória acachapante e digna de ser a 42ª, superando a tão sonhada estatística de Ayrton Senna. Rosberg caiu para quarto e precisou remar até cruzar em segundo, enquanto Sebastian Vettel foi totalmente coadjuvante na corrida até chegar em terceiro.

Tudo se decidiu na largada… Rosberg arrancou pior e ainda tentou se manter por fora. Hamilton forçou passagem e escorregou um pouco na saída. Sem espaço, o alemão foi para a grama e acabou superado por Vettel e Valtteri Bottas. Mais atrás, Felipe Massa arrancou mal e ainda guinou para a linha interna, atingindo Daniel Ricciardo. Ambos tiveram pneus furados e a corrida destruída para o resto do dia. Sérgio Perez se encrencou para desviar e também precisou passar nos boxes.

Lotus capitalizaram na largada e confirmaram pontos com ambos os carros

Rosberg lutou muito a partir daí, antecipou pitstops e inclusive fez ultrapassagem arrojada em Bottas para não perder tempo. Na bandeirada, o segundo lugar ficou de bom tamanho, mas ficou o balançar de cabeça pela oportunidade perdida de tirar pontos na briga pelo título e, ainda o desagrado de levar um chega para lá do colega de equipe.

Quem capitalizou na largada foram as duas Lotus, Nico Hulkenberg de Force India e Marcus Ericsson de Sauber, além de Fernando Alonso com sua McLaren. O espanhol, por sinal, foi o mais brigador, mas completamente sem potência na reta para barrar os ataques adversários. Acabou superado por Ericsson e, posteriormente fez uma luta titânica com Max Verstappen pelo derradeiro pontinho.

O espanhol conseguiu segurar o holandês por diversas voltas, dando um jeito de tracionar melhor na chicane antes do retão. Mas não iria funcionar para sempre. Pouco depois da metade da corrida, Verstappen embutiu na reta, abriu asa e foi embora ainda antes da freada. Ao bicampeão restou a frustração despejada no rádio. “Motor de GP2, motor de GP2! AAAARGH”, bradou frustrado.

Enquanto no pelotão intermediário a luta era brava, lá na frente Kimi Raikkonen foi o mais combativo. Passou as Lotus e Toro Rosso, foi à caça de Bottas e finalmente conquistou o quarto lugar. Ao compatriota de Williams, faltou pneu mais cedo, e acabou de contentando mesmo com o quinto posto. O sexto foi para Hulkenberg, que teve uma corrida solitária, sempre administrando o ritmo e fugindo das Lotus.

Romain Grosjean e Pastor Maldonado tiveram um momento de gelar o sangue na equipe já no final. Com o francês errando a chicane, passando reto e, na volta seguinte dividindo a curva lado a lado com o venezuelano. Mas cruzaram a linha de chegada inteiros, em sétimo e oitavo lugares. Em nono, o inesgotável arrojado Verstappen, que ainda arranjou gás para descontar 15 segundos do colega de Toro Rosso Carlos Sainz e passar a três voltas do fim. O espanhol, mais um espanhol frustrado por sinal, foi o décimo, levando o último pontinho.

As últimas voltas foram de bons sustos para levantar a adrenalina. O maior deles quando Will Stevens colocou roda na grama na curva 130R e perdeu a traseira. Atravessou completamente na pista e contou com muita sorte, além da habilidade do colega de equipe. Alex Rossi vinha logo atrás e conseguiu desviar por centímetros do que poderia ser um gravíssimo acidente. Pouco depois, Marcus Ericsson errou no curvão antes da reta oposta, balançou sem rodar, mas deu a chance de Sérgio Perez roubar o 12º lugar.

C do Povo