CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

BONI X GLOBO

Boni nos tempo em que trabalhava na Globo 

(Divulgação/Memória Globo)


Em entrevista  concedida à jornalista Cristina Padiglione no caderno de cultura do jornal ‘O Estado de S. Paulo’ de hoje, o ex-todo-poderoso da Rede Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, detona ‘Jornal Nacional’ e ‘Fantástico’. Não é a primeira vez que ele faz pesadas críticas à emissora na qual foi diretor por cinco décadas. E certamente não será a última.
A entrevista ocorreu por conta do lançamento do livro ‘Unidos do Outro Mundo – Dialogando com os Mortos’. Apesar do título “zíbia-gasparettiano”, não é um texto espírita, mas a primeira incursão de Boni pelo universo da ficção. Quer dizer, nem tão ficção assim. Em seus fictícios diálogos com Roberto Marinho, Armando Nogueira e Janete Clair, por exemplo, há muito de memória do ex-diretor global. E não são poucos os trechos que reproduzem fatos verdadeiros.
Os diálogos que mantém com os fantasmas também são uma forma de fazer reflexões sobre o atual cenário da TV brasileira. Em particular o momento vivido pela rede Globo. Na entrevista ao ‘Estadão’, ele deixa claro sua insatisfação com os rumos que tomou o jornalismo da emissora. Incomoda ao ex-chefão, por exemplo, a informalidade do ‘Jornal Nacional’.
Segundo ele, “levantar, botar apelido, chamar de Maju, isso não tem sentido. O Brasil é um país informal, mas o ‘Jornal Nacional’ é um boletim de hard News, informação, e tem que passar a percepção de que se deu no ‘Jornal Nacional’, é verdade”. Em outro trecho, Boni critica o ‘Fantástico’: “A tônica do programa era a esperança – mostrar esperança de uma vida melhor, as relações entre pais e filhos, a cura da doença, eles jogaram isso no lixo. ”
Boni talvez tenha razão em parte de suas críticas. Por outro lado, há essa dose de saudosismo de um mundo que se foi. É uma incógnita se a forma de fazer jornalismo do ex-diretor daria certo nos dias de hoje. Será que o real problema do ‘Jornal Nacional’ é a informalidade? Não esqueçamos que essa mudança rumo à descontração surgiu porque o telejornal estava em crise.
O mesmo se pode dizer do ‘Fantástico’. Há alguns anos o dominical da Globo vem perdendo audiência. Como qualquer empresa, a primeira coisa que se faz nesses casos é tentar mudar o produto. Não quer dizer, obviamente, que isso sempre dá certo.
Boni é uma lenda da TV brasileira. Seu conhecimento dos bastidores e da manufatura televisiva é gigantesco. Mas é preciso sempre ver com certo ceticismo qualquer tipo de crítica (vale para esta coluna também). O mundo, mesmo o da televisão, é mais complexo do que queremos acreditar. 


YAHOO 

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