CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

domingo, 29 de novembro de 2015

O AMOR DE DEUS




O que é amor?! Uma palavra tão desgastada em nossos tempos que já quase não se sabe mais o que é verdadeiro amor. Muitos afirmam, entretanto, que amor verdadeiro só existe em Deus. Não estão errados. Mas é certo que a maioria destes dizem ou porque ouviram falar, ou porque acham belas as palavras. Poucos dizem: “Deus nos ama” porque experimentaram esse amor e tomaram consciência dele. Filosoficamente e teologicamente se distingue o amor em três categorias: ágape, filios, eros. O ágape seria o amor incondicional, tradicionalmente atribuído ao amor que Deus tem pelo ser humano. O filios é o amor humano, carente da retribuição. O eros é o amor sensual, depende do toque físico. Muito resumidamente, eis o que se diz sobre o amor. Mas qual é o amor de Deus? Ele não pode ser encaixado em uma categoria, mas é a união e reunião destas três categorias! Deus nos ama sem condições e sem nada exigir. Ama por amar. Mas quer que nós o amemos também, pois sabe que nossa felicidade está nisso: em amá-lo. Deus quer nos tocar também, quer estar em nós, quer ser um conosco!


Fala-se muito de amar a Deus, de como devemos amá-Lo, mas pouco se fala do amor de Deus para conosco. Deus é amor! Se fosse-nos perguntado de que material Deus é feito, poderíamos dizer, de Amor. Assim atesta São João: “Deus é amor” (I Jo 4, 16). E é esse Deus-amor que nos diz: “Amo-te com eterno amor” (Jr 31, 3b) e “... Eu te aprecio e te amo...” (Is 43, 4).
Porém, como é o amor de Deus? Enumeremos pois algumas características comprovadas pelas escrituras sagradas:
Incomensurável, ou seja, não tem medidas nem limites (Jo 3, 16)
Caridoso, ou seja, faz de tudo pelo amado sem nada exigir (I Cor 13, 4-7)
Eterno, ou seja, nunca acabará (I Cor 13, 8; Jr 31, 3)
Cuidadoso, protetor, apaixonado (Is 43, 1-5)
Fiel, ou seja, aquilo que promete cumpre. Não trai nunca. (Is 49, 15s)
Incansável, misericordioso, compassivo, perfeito (Os 11, 1-9)
Zeloso e ciumento (Tg 4, 5; Dt 4, 24)
É muito valioso, para todo ser humano, conhecer e saber da existência desse amor de Deus. As experiências humanas de amor são muito traumáticas. Por exemplo: quantas crianças sofrem com a rejeição dos pais, quantas pessoas vivem as rejeições amorosas, as não correspondências, as faltas de zelo e cuidado. O amor humano é imperfeito. Saber que existe um amor perfeito e que todo ser humano, por mais pecador que seja, é digno dele e pode experimentá-lo. Que grande novidade é essa: “Deus nos ama perfeitamente”. Imaginemos quantas vidas podem ser salvas só pelo conhecimento desta verdade. Porém, mais do que simplesmente conhecer, existe a experiência! É possível experimentar esse amor de Deus!


Quem faz uma experiência com o amor de Deus é transformado. Sua vida não é mais a mesma. Moisés experimentou o amor de Deus na sarça ardente e foi transformado no grande profeta do Antigo Testamento. Pedro fez a experiência do amor de Deus depois que negou Jesus e se transformou no primeiro papa da Igreja. Paulo, perseguidor dos cristãos, experimentou dolorosamente o amor de Deus no caminho para Damasco e se transformou no Apóstolo dos gentios. A experiência do amor de Deus é sempre transformadora. Às vezes pode parecer dolorido, pode parecer difícil, é tudo por causa de nossa desobediência e miséria, mas sempre valerá a pena beber desse amor!

FONTE:MISSÃO KERIGMA
Aqueles que experimentam o amor de Deus se impregnam do seu bom perfume. Por onde passam deixam esta marca. Somos os amados de Deus. Precisamos apenas perceber e dar mais atenção à esse amor. Experimenta-se tal amor pela oração, pela escuta da Palavra, pela abertura ao Pai, a Cristo e ao Espírito. Eliminemos então todos os obstáculos ao amor de Deus: a nossa mania de querer tudo bem medido e explicado; nossas lembranças negativas; nosso espírito sempre duvidoso; nossa falta de fé e sobretudo o nosso pecado. Uma vez expulsos estes empecilhos, Deus agirá e nos transformará em vinho novo e muito, muito saboroso!
Texto extraído de "Veni Sancte Spiritus - Cenáculos 2011"

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