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Jesus não se deixou levar por um otimismo ingênuo, enquanto exercia seu ministério. Juntamente com a euforia e a empolgação populares, diante de seus gestos de poder, havia também a crítica contumaz de seus adversários. Não só! Seus conterrâneos de Nazaré viam com suspeita o que acontecia em torno dele, e se opunham a tudo aquilo.
A experiência dos antigos profetas de Israel ajudou Jesus a compreender que sua situação não era novidade para ele. O povo costumava rejeitar os profetas enviados por Deus, para chamá-lo à conversão. Assim aconteceu com os grandes profetas: Elias e Eliseu. Portanto, o desprezo sofrido por Jesus podia, de certa forma, ser esperado.
No caso dele, porém, a rejeição resultou de um preconceito, pelo fato de ser "filho de José". Logo uma pessoa assaz conhecida.
Contudo, a raiz do fechamento diante da pregação dos profetas está, principalmente, na recusa a acolher o seu apelo à conversão. O povo prefere continuar no caminho fácil do pecado e da infidelidade, a submeter-se à mudança de vida, como Deus quer. Ou então, calar a voz incômoda que o questiona, a deixar-se tocar por ela.
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