JESUS NOS AJUDA NESTA HORAS DIFÍCEIS

 “Conduziram o que fora cego aos fariseus. Ora, era sábado o dia em que Jesus fizera lama e lhe abrira os olhos”. Os vizinhos não festejaram a libertação do homem que era cego, pelo contrário, conduziram-no àqueles que deveriam julgá-lo. Os fariseus, segundo grupo dessa sequência, eram os “donos” do saber religioso, conheciam as Sagradas Escrituras, acreditavam na libertação humana como obra do messias que deveria vir. Eles poderiam julgar melhor aquele caso. Semelhantemente aos vizinhos, também esses não vislumbraram a beleza de um homem livre, novamente na vida social, podendo fazer o que lhe era impossível antes. Não foram capazes de enxergar uma vida nova alí diante deles. Querem saber do ocorrido. E o homem, agora livre, responde sem arrodeios: “Ele aplicou-me lama nos olhos, lavei-me e vejo”. A reação de alguns fariseus foi dura: “Esse homem homem não vem de Deus, porque não guarda o sábado”. Aqui já não se nega o milagre, mas a dignidade do homem que o realizou, por se tratar do sábado. Diante dessa observação, nem o que foi curado está sendo levado a sério nem quem o curou, porque para eles o sábado está acima da vida, mesmo que não professassem isso diretamente, mas o faziam na prática. Outros já sinalizavam teologicamente para o fato de que um pecador não tem poder de fazer milagre algum. Há um debate importante aqui: uns com a mente altamente fechada, e outros vendo a possibilidade de ir mais a fundo na busca de uma compreensão maior. Voltam-se para o homem o ex-cego e perguntam sobre o que ele pensa de quem o curou, e ele responde: “É profeta”. A resposta do recém-curado é dada depois de uma profunda reflexão teológica. O homem que o curou não pode ser simplesmente um homem, não pode ser um pecador, pois tem o poder de realizar milagre, então trata-se de um profeta.