CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

terça-feira, 25 de julho de 2017

HOMILIA HOJE


Terça-feira, 25 de julho de 2017
Mt 20,20-28
1. Sentar-se à direita e à esquerda de Jesus. O pedido da mãe dos filhos de Zebedeu revela não somente que eles não entenderam nada do modo como Jesus deveria viver sua missão messiânica nem a condição deles de discípulos, inseridos na realidade do Mestre. Apesar de serem discípulos do Servo, ainda agiam com as mesmas ambições do mundo, com a mesma lógica mundana, criando assim uma tremendo embaraço na comunidade. O interesse deles revela duas coisas: uma de amor pelo Mestre, querem permancer do lado DELE, outra de discordância quanto ao modo de viver de Jesus. O problema é que o amor pelo Mestre não exprime a forma de amar do Senhor. Eles estavam misturando a lógica do mundo com amor, de modo a falsificar o próprio relacionamento. É comum existirem muitos manifestando grandes afetos, “amor” uns pelos outros, mas completamente indiferentes à vontade de Deus, à forma de amar do jeito do próprio Jesus.
2. "Vós podeis beber o cálice de sofrimento que eu estou para beber?". De fato, eles poderiam beber desse cálice, e certamente o beberam, mas sentar-se ao lado de Jesus cabe somente ao Pai realizá-lo. O cálice diz respeito à rejeição, à indiferença do mundo, o desprezo à verdade, o ódio ao bem salvífico, às inclinações pecaminosas, à vida segundo os ditames da razão e do instinto, à vida segundo a lógica da dominação e à escravização dos humildes, daqueles que fazem de sua vida um verdadeiro dom. Jesus, o Servo, vai sofrer tudo isso até a morte de cruz. Os discípulos não são somente discípulos no conhecimento, mas também na participação nos mesmos sofrimentos do Mestre. Como um corpo, acompanharão a Cabeça no seu cálice. A glória aqui não diz respeito às honras mundanas, mas a um vida inteira na verdade, no amor e na fé; uma vida repleta da graça do desapego e da disponibilidade, simples e humilde.
3. A comunidade dos discípulos estava dividida pela ambição. Apesar da presença de Jesus, o mundo ainda estava dentro deles. Os esquemas governamentais das lideranças do mundo ainda preenchiam seus interesses. Eles não tinham conseguido entender, até o momento, o "esquema" de Cristo, o modo novo de se enxergar o ser humano e sua vocação para Deus e sua ação para o bem do homem. Cristo revela-lhes o verdadeiro significado do poder: poder de amar, poder servir, renunciando a si mesmo. Não será fácil para essa comunidade por em prática a lógica de Cristo, mas certamente, por causa dela, terão a mesma sorte do Mestre tanto na dor quanto na alegria da ressurreição. A comunidade inteira, não somente os filhos de Zebedeu, deve mergulhar mais profundamente no modo de entendimento salvífico de Cristo, para poder transformar a si mesmo e se tornar instrumento de libertação para o mundo. Toda a Igreja, até hoje, deve ser configurada a Cristo na ação particular de cada discípulo ou discípula, de cada batizado ou batizada, na vida de todos.
Um forte e carinhoso abraço
Pe. José Erinaldo

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