CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

CRISTO EM NOSSA HISTÓRIA

Lc 19,45-48
1. O Templo é lugar de oração. Jesus Cristo não suporta a situação em que se encontra o templo de Jerusalém. Aquele que deve ser o lugar da comunhão com Deus, transformou-se num ambiente de ladrões, exploradores, comerciantes. No templo se travavam lutas pelo lucro e pela presença de quem tinha dinheiro. A corrupção tinha tomado conta do lugar mais sagrado de Israel. Aquilo que deveria ser o âmbito de Deus, tornou-se o lugar de satanás. Reinava no templo a injustiça e a impunidade.
2. Jesus avança, sem meias medidas, no combate a essa realidade inimiga de Deus, do jogo de interesse e exploração do outro. Ele não teme ser perseguido, não procura respeito social e acordos políticos em detrimento da salvação do ser humano; seu ser é todo para o Pai e toda sua vida é tornar de Deus o que é de Deus. O templo pertence à honra e glória do Senhor. Ele é zeloso com aquilo que pertence ao Pai. Jesus não teme enfrentar os poderosos do templo, aqueles que, com a falsa religiosidade, manipulavam todas as coisas para si. A ação de Jesus provocou a vaidade dos dominantes do templo, os quais não tiveram dúvidas de decretar sua morte.
3. A ação de Jesus tem como objetivo dar ao templo sua finalidade primeira, fazê-lo voltar ao seu objetivo: é casa de oração; é o lugar da comunhão com Deus e com os irmãos; é o ambiente da possibilidade de transformação interior; é o lugar da vida nova, de refrigério, alento vindo de Deus nas mais difíceis dificuldades sofridas; é o lugar da esperança.
4. Segundo Lc, Jesus ensinava "todo dia no templo" (19,47). Jesus exercia seu ministério de pregação da Palavra de Deus onde antes se pregava o lucro desordenado; Jesus ensinava investir no outro, a fim de que ele pudesse ser sempre melhor e pudesse encontrar sua salvação; mas no templo, antes, ensinava-se que o outro é importante enquanto tem algo a oferecer, enquanto possui aquilo de que se necessita financeiramente. Jesus ensinava o desapego, mas os poderosos do templo faziam de tudo para terem tudo. Jesus ensinava o amor pelos mais simples, os mais pobres, mas no templo, os poderosos davam lugares de honra aos poderosos e o último lugar aos filhos de Deus necessitados. Jesus ensinou aquilo que ele sempre foi: um servo, simples, amante da vida, da verdade, do amor e da paz. No templo se ensinava o poder, o ter, a destruição da vida pelo lucro, a mentira, a divisão, a guerra (certamente como consequência da busca de si mesmo). Realmente, esse templo deveria ser destruído. Jesus quer construir o novo templo do seu Corpo, portanto, um novo povo, uma nova Aliança.
5. O líderes do Templo queriam matar Jesus. A grande dificuldade que encontram para isso foi o amor do povo pelo profeta, que anunciava a verdade, amando aquele povo, e denunciava os abusos do poder e manipulação da realidade querida por Deus para libertação de todos. O povo viu em Jesus seu libertador, uma nova esperança. Encontrou nele a VERDADE, O AMOR E A VIDA. Ainda hoje, apesar de tudo o que a Igreja já viveu e pregou, muitos continuam da mesma forma querendo matar Jesus.
Um forte e carinhoso abraço.
Pe. José Erinaldo

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