CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

MISSA DA MISERICÓRDIA E DAS GRAÇAS


 Esse texto marca uma reviravolta. Até aqui, Jesus estava com a multidão, realizando milagres, expulsando os demônios, falando-lhes do Reino e sendo admirado por todos. Com seu testemunho, seus ensinamentos e a realização de milagres, causava no povo assombro e admiração. Tudo isso, vindo de sua consciência filial, de sua consciência da missão a ser realizada e do conhecimento da verdade que deveria ser anunciada. Ele realmente falava com autoridade, sabia tratar bem as pessoas, pois as conhecia em profundidade, tinha o conhecimento de tudo aquilo que era necessário para a salvação de todos e, ainda, estava com Ele o poder do Altíssimo. Cada pensamento e cada atitude Sua eram reflexos da bondade do Pai. No entanto, ao afrontar o jogo de interesse do povo, revelando a necessidade de uma profunda mudança de mentalidade, experimentou uma tremenda rejeição à sua pessoa e à sua obra, a começar pelos Seus familiares (alguns aqui chamados irmãos, que na verdade eram primos legítimos, filhos de uma irmã de Maria, também chamada Maria mulher de Cléofas: Jo 19,25; Mt 27,55-56; Mc 15,40; Lc 23,49).
2. Passado esse momento, surge a incredulidade. Muitos, principalmente de sua família, já não davam mais importância ao que ele dizia. No contexto familiar tem-se o sinal do final de sua missão: não somente a família consanguínea, mas também a sociedade e a religião oficial desprezaram-no. Ele foi abandonado pelos seus, pelos que governavam e pelos membros líderes de Israel, jogado na cruz como se fosse uma desgraça. Não foram capazes de ver NELE o Messias esperado, a presença de Deus na história, o Filho amado do Pai, Aquele que deveriam escutar e pelo Qual deveriam ir a Deus. Além disso, não entenderam o mistério da encarnação do Verbo e, por outro lado, não se desfizeram do apego à mentalidade do mundo. Eles não queriam fazer a vontade de Deus, mas satisfazerem seus interesses e suas ilusões humanas.
3. Jesus deixa a sinagoga, isto é, abandona sua participação na religião oficial, larga as multidões, e vai formar seus discípulos. Sua preocupação maior será com a preparação daqueles que deverão continuar sua missão na história, devendo ser homens e mulheres de fé, coragem, conhecedores da verdade, praticantes do amor, amantes da vida e cheios de esperança. O “Novo Israel” deve ser formado na lógica do Filho de Deus, não tendo outra condição de vida senão a de viver na obediência à vontade do Pai, colocando-se a serviço da salvação de todos. Os discípulos não devem ter apegos a milagres e a nada que os coloque na contramão da fé. Todo aquele que se decide por Jesus Cristo não deve ter outra condição senão aquela de fazer de sua vida um verdadeiro dom nas mãos de Deus para o bem da humanidade, mesmo que sofra o suplício da cruz. O mais importante interesse de um discípulo ou do novo povo de Deus deve ser o de não querer outra coisa a não ser a realização da obra de Deus por meio de Jesus Cristo e do jeito DELE.
Um forte e carinhoso abraço.
Pe. José Erinaldo

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