CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

domingo, 15 de dezembro de 2019

SEM EGOISMO SE CHEGA A DEUS


Jesus percorria cidades e povoados". Na medida em que se misturava com o povo, constatava que um rebanho sem pastor fica à mercê de líderes corruptos, escravizadores e, portanto desumanos. Então, procurou fazer Sua mensagem chegar a todos, sem exceção. Onde pregava? O texto é claro: nas sinagogas ali existentes. As sinagogas são lugares de oração e reflexão do Antigo Testamento por parte dos Judeus. Depois da destruição do Templo de Jerusalém, o povo de Deus passou a se reunir em "templos" menores, a fim de continuarem firmes na vivência e no aprendizado da Lei de Deus. Nesses pequenos "templos", Jesus pregava. O mesmo fizeram seus discípulos no início do cristianismo até serem expulsos da convivência judaica. O que Jesus anunciava? A resposta também é clara: o Evangelho do Reino. Na verdade, Jesus mesmo é o Reino presente na história da humanidade. Um modo utilizado no anúncio do Reino é o da libertação física por meio de milagres, que serviam como sinais da ação misericordiosa de Deus para com os homens e mulheres, e, ao mesmo tempo, como indicação da presença do Deus Salvador.
2. Jesus se compadece das multidões. Sabe que elas estão no mundo sem verdadeiros líderes; que estão expostas a qualquer tipo de perseguição, assalto, roubo, assassinato, investida satânica, pessoal e de outros semelhantes. Além disso, padecem pela corrupção dos líderes políticos, econômicos e religiosos. Estão famintas do pão de cada dia e de libertação física e espiritual; estão sedentas de justiça, amor, esperança e fé. Vivem num mundo sem horizonte e referenciais autênticos. Quem deveria assumí-las, deu-lhes as costas: os pastores de Israel, certamente condenados em Ez 34. Diante de tão grande rebanho, Jesus reflete sobre o grande desafio de arrebanhar esse povo, dando-lhe o que realmente é essencial. Ali estão Jesus e seus Apóstolos, também alguns discípulos, o que fazer então? Jesus pede aos seus que orem ao Senhor da Messe, o Pai, que envie operários, líderes autênticos, pessoas totalmente envolvidas com a causa do Reino, completamente apaixonadas pela missão evangelizadora e conhecedoras da doutrina da salvação, a fim de que possam, mo meio de um mundo desumano, agir como transparência de Deus na história, testemunhando a verdade, o amor e a vida para a vida de todos no amor e na verdade. Esses devem ajudar na colheita, porque quem faz crescer e dar frutos é o próprio Senhor.
3. Jesus chama seus apóstolos. Não se trata de uma hierarquia faminta de poder e autoridade, mas de uma “família” missionária, prefigurada nas 12 tribos de Judá e destinada ao anúncio da salvação a todos os povos. Jesus não quis uma elite pensante, mas amigos trabalhadores na MESSE de Deus. Os apóstolos não têm outro objetivo senão a MISSÃO. Não foram feitos defensores de instituições, mas agentes concretos da libertação das “ovelhas perdidas da casa de Israel”, daqueles e daquelas dos quais foram roubadas liberdade e dignidade. Por isso, dá a eles o seu poder; forma-os na sua doutrina; envia-os para as mesmas pessoas; e eles devem exercer tal missão como servos à semelhança do Servo. Os discípulos de Jesus farão as mesmas coisas realizadas por Ele. Não temerão o mundo nem o poder de Deus neles. Devem aplicar o que são, por graça de Deus, em benefício de todos. Devem ser dons de Deus para o bem salvífico da humanidade. Certamente, no contexto de Jesus, antes de tudo aos judeus, mas sem negar que a missão libertadora é para todos os povos, pois todos pertencemos a Deus. Jesus não os chamou para que se tornassem homens da Lei, mas verdadeiros pastores, dando, como em muitos casos, a própria vida pela vida do rebanho.
4. Hoje nós somos chamados a responder esse apelo de Jesus. Mais do que nunca, nossa sociedade e nosso mundo necessitam de homens e mulheres empenhados na missão evangelizadora. A humanidade segue sem rumo, sem destino, sem horizonte, sem referenciais. É urgente que surjam homens e mulheres de oração e compromisso; pessoas conhecedoras da doutrina e da verdade do ser humano; homens e mulheres capazes de serem instrumentos da ação de Deus na história, tendo como único interesse fazer o bem, salvar e educar na fé aqueles e aquelas que serão os novos discípulos de Jesus. Não se pode mais perder tempo! É agora a hora de se tomar uma decisão radical por Cristo. O chamado de Deus não foi cessado. Deus não desistiu de chamar homens e mulheres para a missão. Se em você existe um pequena chama de um convite de Deus, então abra o seu coração e, sem medo, entregue-se a Ele. Não destrua dentro de você o dom de Deus para a salvação do outro.
Um forte e carinhoso abraço.
Padre José Erinaldo

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