CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

terça-feira, 24 de março de 2020

ESTOU FALANDO DO AMOR

   O Verdadeiro Salvador é Jesus Cristo. Não existe outro salvador, muito menos salvadores. Se procuramos a salvação, devemos nos aproximar de Jesus Cristo, o Filho enviado pelo Pai para salvar. Como Salvador, é Ele quem toma a iniciativa de curar, de sarar a alma ferida pelo pecado, de conceder vida nova e luz a quem vive nas trevas do mundo e do pecado. O gesto de Jesus com o paralítico, que não havia pedido nada, simplesmente esperava sua vez de entrar na piscina, ele ainda na mesma lógica da devoção popular do banho naquela piscina, comungando da ação mágica entendida pela maioria ali presente e pelo estímulo das lideranças da época, revela muito bem como Deus não depende da lógica do mundo, mas exclusivamente de Sua vontade de salvação. O paralítico nem sabia quem era Jesus, nem acreditava Nele, mas recebeu a graça da cura física e espiritual.
Jesus não é contra o sábado, pelo contrário, dá-lhe seu verdadeiro significado de libertação da pessoa humana. Ele retira dos ombros dos fiéis o fardo pesado colocado pelas lideranças judaicas, a ideia de uma obediência de tipo servo-patrão. Além do mais, a razão absoluta do sábado é a Filiação de Jesus com relação ao Pai. O sábado só tem sentido em Jesus Cristo, que o plenifica no Domingo da Ressurreição. A Lei e os profetas estão voltados para o Filho de Deus, de tal modo que o sábado judaico se volta para o Salvador. Não se deve mais seguir o sábado na forma como faziam os judeus, pelo fato de ainda não acreditarem no Filho de Deus feito carne, mas o ensinamento de Jesus, pois é Ele quem liberta, quem supera o mal, quem vence a morte e ressuscita para dar vida em abundância. O sábado judaico, da primeira aliança, foi plenificado no domingo da ressurreição daquele para o qual se dirige toda realidade criada. A ressurreição é o determinante especial para que o domingo seja, de fato, o dia especial da Nova Aliança, pois diz são Paulo: “Se Cristo não ressuscitou vâ é a nossa fé” (1Cor 15,14). Os Evangelistas, sabendo da importância da Ressurreição, deram ênfase ao primeiro dia da semana, o Domingo (cf. Mt 28,1; Mc 16,2; Lc 24,1; Jo 20,1.19). Daí porque, desde cedo, os seguidores de Jesus, entendendo essa verdade, iniciaram sua vida de homens e mulheres novos, celebrando sua fé do domingo, não como aversão ao sábado, mas como dia da nova e eterna aliança, plenitude da primeira aliança. Nesse sentido, o sábado não foi destruído, mas levado a um patamar imensamente mais importante. Antes o sábado era o descanso da espera do Messias; agora é o domingo, o início do homem novo, por Cristo, para a construção do Reino de Deus na história até a consumação dos séculos. Jesus não desobedece ao Pai, não desfaz a vontade do Senhor, pelo contrário, torna Deus visível na Sua Bondade, na Sua Justiça e Verdade. O problema que está em jogo aqui é, na verdade, a filiação de Jesus, a proclamação do Seu Senhorio (Ele é o Senhor do sábado), bem como a purificação da fé através DELE, que é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14,6).
Um forte e carinhoso abraço.
Padre José Erinaldo

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