CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

domingo, 24 de outubro de 2021

MISSA DA LITURGIA DO DOMINGO - PELA CONVERSÃO DOS PECADORES E PELAS ALMAS DO PURGATÓRIO

 



Exulte o coração dos que buscam a Deus. Sim, buscai o Senhor e sua força, procurai sem cessar a sua face (Sl 104,3s).

Somos chamados a exultar em Deus e dar-lhe graças pelas maravilhas realizadas por ele na pessoa de Jesus, que nos livra da ignorância e do erro e cura nossas cegueiras. Neste dia das missões, o papa Francisco nos alerta sobre a “necessidade de missionários da esperança, capazes de lembrar profeticamente que ninguém se salva sozinho”.

Primeira Leitura: Jeremias 31,7-9
Leitura do livro do profeta Jeremias – 7Isto diz o Senhor: “Exultai de alegria por Jacó, aclamai a primeira das nações; tocai, cantai e dizei: ‘Salva, Senhor, teu povo, o resto de Israel’. 8Eis que eu os trarei do país do Norte e os reunirei desde as extremidades da terra; entre eles há cegos e aleijados, mulheres grávidas e parturientes: são uma grande multidão os que retornam. 9Eles chegarão entre lágrimas e eu os receberei entre preces; eu os conduzirei por torrentes de água, por um caminho reto onde não tropeçarão, pois tornei-me um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 125(126)
Maravilhas fez conosco o Senhor, / exultemos de alegria!   

1. Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, / parecíamos sonhar; / encheu-se de sorriso nossa boca, / nossos lábios, de canções. – R.

2. Entre os gentios se dizia: “Maravilhas / fez com eles o Senhor!” / Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, / exultemos de alegria! – R.

3. Mudai a nossa sorte, ó Senhor, / como torrentes no deserto. / Os que lançam as sementes entre lágrimas / ceifarão com alegria. – R.

4. Chorando de tristeza, sairão, / espalhando suas sementes. / Cantando de alegria, voltarão, / carregando os seus feixes! – R.

Segunda Leitura: Hebreus 5,1-6
Leitura da carta aos Hebreus – 1Todo sumo sacerdote é tirado do meio dos homens e instituído em favor dos homens nas coisas que se referem a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. 2Sabe ter compaixão dos que estão na ignorância e no erro, porque ele mesmo está cercado de fraqueza. 3Por isso, deve oferecer sacrifícios tanto pelos pecados do povo quanto pelos seus próprios. 4Ninguém deve atribuir-se esta honra, senão o que foi chamado por Deus, como Aarão. 5Deste modo, também Cristo não se atribuiu a si mesmo a honra de ser sumo sacerdote, mas foi aquele que lhe disse: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei”. 6Como diz em outra passagem: “Tu és sacerdote para sempre, na ordem de Melquisedeque”. – Palavra do Senhor.
Evangelho: Marcos 10,46-52
Aleluia, aleluia, aleluia.

Jesus Cristo, salvador, destruiu o mal e a morte; / fez brilhar, pelo Evangelho, a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 46Jesus saiu de Jericó junto com seus discípulos e uma grande multidão. O filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do caminho. 47Quando ouviu dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” 48Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” 49Então Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Eles o chamaram e disseram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!” 50O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus. 51Então Jesus lhe perguntou: “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!” 52Jesus disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho. – Palavra da salvação.

Ref: https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/24-domingo-3/#.YXR3CN9v_IU

4 comentários:

  1. O homem interpreta aquilo que o interessa. O tempo presente só vai fazer parte de suas preocupações se nele houver algo que esteja inserido no seu âmbito de desejos. Em todos os tempos foi assim. Só haverá aprofundamento naquilo que se deseja de coração. O homem não interpreta o tempo atual à luz da fé porque seu coração está distante do bem que esta pode trazer-lhe. A ele não interessa muito ter ou não ter Jesus Cristo, seguir seus passos, submeter-se a uma religião, deixar o que tem para viver o que parece uma ilusão. O homem atual quer viver na luta constante da realização financeira e dos seus sonhos carnais (muitas vezes) e paixões outras. Tudo é interpretado à luz de si mesmo. Até mesmo num ambiente de fé, há sinais claros de prostituição religiosa quando se misturam seguimento de Cristo com ideologias contrárias à vontade de Deus. Muitos seguem ideias de filósofos ateus, preguiçosos e inimigos de qualquer expressão de fé, endossando uma espécie de mascara crista; seus corações são bondosos com aqueles que defendem suas “linhas”, suas formas de entendimento do evangelhos. Caso pense segundo a doutrina, então é um problema. Nada de querer amizade com quem é pedra no caminho. A concorrência é uma das palavras-chave do presente. Depois, do ponto de vista religioso, existem os exploradores da inocência dos outros, utilizando a S. Escritura para enganá-los. Eles fazem o jogo satânico contra o próprio Jesus Cristo, iludindo as ovelhas do rebanho do Senhor. Além disso, O capitalismo religioso hoje é um autêntico sinal da decadência do homem, envolvido com o demônio. Quando se fala sobre Cristo é somente para escravizar o inocente, impondo-lhe viseiras e correntes, arracando-lhe o resto que ainda possui. O fenômeno crescente das seitas é sinal da astúcia do Satanás contra Jesus Cristo, que pregou a renúncia de tudo em vista do Reino de Deus.

    2. O tempo presente de Lc é a presença do Messias, do Salvador. Deus veio para seu povo, veio salvar a humanidade, mas os seus não O enxergavam. Certamente, outras coisas faziam parte dos seus interesses. Com sua presença, Jesus traz o juízo definitivo. Escolher Cristo, signifca dar uma resposta livre ao Pai, deixando-se conduzir pela única estrada da plenitude, da dignificação humana, da elevação da pessoa à dignidade de filho de Deus, participantes da natureza divina. Somente por meio de Cristo, o homem encontrará o seu futuro legítimo, a finalidade para a qual foi criado, por causa da qual o Verbo se fez carne. É somente nesse mundo, enquanto se encontra na estrada, que o homem tem que fazer sua escolha, que não pode ser outra senão largar a condição de homem velho egoísta, egocêntrico, individualista, e tornar-se o homem novo da solidariedade, fraternidade, verdade e amor. Trata-se do homem que procura resolver seus problemas com os outros como irmão, perdoando e combatendo juntos as dificuldades que impedem a construção de uma verdadeira fraternidade.

    3. O tempo atual é o tempo da descoberta de si mesmo como um dom de Deus. Cristo nos possibilita não somente tal descoberta, como também nos conduzirá à sua realização. Quem encontra Cristo e a Ele se entrega absolutamente, não se perde, mas percebe o quanto estava cego antes, como era inimigo de si mesmo e dos outros. O encontro com Cristo possibilita ao homem desenvolver mais ainda suas habilidades, seus sonhos, suas faculdades, sua família, comunidade e sociedade. O mundo inteiro ganha quando o homem decide viver a verdadeira fé, quando decide arrepender-se dos seus pecados, quando decide alimentar-se do Corpo e Sangue de Cristo e fazer o bem.

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  2. Pôncio Pilatos manda matar muitos galileus simpatizantes do movimento zelota, que travava luta armada contra os romanos. Pilatos era sanguinário, amigo do poder, homem incapaz de dar um passo definitivo pela verdade. Os zelotas, filhos do judaísmo, mais precisamente uma das seitas judaicas, que pregava um messianismo político inimigo de Roma, e lutava para que os romanos fossem eliminados de israel. Pode-se dizer que eles eram fanáticos inimigos de Roma. Diante do crime aqui apresentado a Jesus, outros grupos dos judeus achavam que o motivo de tantas mortes deveu-se ao pecado deles. Por serem pecadores, mereceram o castigo da morte. Nesse caso, outro tipo de fanatismo se mostra: os ditos "santos", "puros", denominados impecáveis, "amigos" de si mesmos, homens que pensam de não sofrerem a mesma sorte dos galileus pelo fato de não merecerem tal castigo, como se fossem mais importantes, cheios de privilégios e arrogância. Nessa mentalidade, o crime serve como indicador da desgraça merecida pelo pecador; e, ainda mais, criam uma forma religiosa imperial. Para Jesus isso é terrível, é uma verdadeira deformação da inteligência e da religião. Enquanto pensam dessa forma, não conseguem perceber os danos causados pelas injustiças dos que governam, o jogo de poder, o massacre de inocentes e, de certo modo, o favorecimento à cultura de morte. Deve-se, pois, lutar a todo custo pela vida.

    2. A salvação não é uma escolha pessoal em absoluto. Ninguém se salva pelo fato de cumprir as leis estabelecidas, todos os ritos e tudo o que se exige pra ser feito. Tudo isso é importante, mas muitos fazem tudo isso pensando em si mesmos: em ter honras, ser respeitado, aplaudido, mostrar-se com a face de santo, imaculado, perfeito, entre outras coisas. A salvação é, antes de tudo, iniciativa de Deus, escolha sua, decisão sua. Somente depois, é resposta do homem. A salvação depende, então, da ação primeira de Deus e da resposta do ser humano. Ela não acontece pelo simples cumprimento das normas, mas pela conversão total da pessoa a Deus. Converter-se é mudar de mentalidade, deixar a lógica do mundo e abraçar absolutamente a lógica de Deus, ser de Deus, voltado para Ele, amá-lo profundamente, reconhecendo-se pecador, imperfeito, mas capaz de tudo superar com Sua graça. O homem convertido não se apega às honras, mas a uma profunda vida de intimidade com Deus. Somente assim, tal homem dará frutos.

    3. O discípulo deve estar preparado para o momento decisivo. Sua vida na terra não é eterna. Mudar de vida é a estrada certa, renunciar o mal e procurar cumprir a vontade do Senhor, amando-o de todo o coração. Na hora em que menos pensar, partirá desse mundo. Jesus espera que nos convertamsos imediatamente. É agora o momento da mundança de mentalidade, desse largar a forma de pensar desumana do mundo e abraçar a realidade pensada por Jesus mesmo. A figueira, Israel, pelo fato de não produzir o fruto esperado foi cortada nos anos 70 d.C. E nós, estamos dando frutos?

    4. O tempo da figueira corresponde aos anos de pregação de Jesus. O fato de ainda insistir na figueira, indica o desejo salvífico total de Deus, que chega ao absurdo de esperar por algo humanamente impossível, que é uma figueira estéril dar frutos. Mesmo que pareça absurdo, Jesus aposta na mudança de vida das pessoas. Ele se solidariza com todos e aceita a intervenção daquele agricultor (que pode ser qualquer um dos seus santos), marcando assim a grande novidade na obra da salvação, também como participação de todos. Deus “precisa” de humanos para salvar humanos. A grande questão que fica é esta: E a figueira passou a dar frutos? Quando teremos a resposta? Certamente no cotidiado de nossas vidas a resposta poderá ser encontrada.

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  3. Jesus sai de Jericó, que significa “lua” ou “anátema”, a cidade mais antiga do mundo, chamada de “a cidade das palmeiras, fundada 9000 anos a.C e situada a 240m, aproximadamente, abaixo do nível do mar mediterrânio. Consigo vão seus discípulos e uma grande multidão. Interessante porque, apesar dessa multidão, que não tem nome, alguém aparece nominado. Mc cita um mendigo, cego, chamado Bartimeu, cujo pai é Timeu, e que se encontrava sentado à beira do caminho. Essa informação é importante para o evangelista, uma vez que ele dá nome não somente à pessoa, mas cita o nome do genitor, a condição de vida e seu posicionamento. Dar nome significa perceber sua dignidade, seu valor, sua importância. Depois, ao citar o nome do pai, indica sua importância genealógica, sua descendência. Além disso, segundo são Beda, ao falar de um único cego, o evangelista enfatiza a salvação dos gentios, tendo como exigência maior o dom da fé. Mateus cita dois recuperados, enfatizando, por sua vez, hebreus e gentios. Em seguida, afirmar que ele era cego, mendigo, estando sentado à beira do caminho indica uma condição de dependência total, de necessidade extrema tanto de luz quanto de alimento. Até pouco tempo, quem era cego só tinha, muitas vezes, um caminho: o de pedir esmola. Isso mudou muito, graças a Deus. Há pessoas deficientes visuais que não só superaram isso, como também desenvolveram uma ampla visão intererior. Estando à beira do caminho, quer dizer que esperava a possibilidade e uma manifestação de misericórdia da parte de outro alguém, além do desejo de poder transitar livremente como os demais e de não ser abandonado fora da estrada como se não valesse nada.

    2. “Ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a gritar e dizer: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!”. Aquele era o momento decisivo de sua vida. Gostaria de ser ouvido por Aquele que veio para restaurar a dinastia de Davi, o Messias davídico (cf. Is 35,5s; 61,1), o rei verdadeiro, misericordioso, libertador, capaz de dar vista aos cegos, tirar os cativos de suas prisões. Bartimeu tinha certeza que era Jesus esse Messias e, por isso mesmo, não se intimida, grita mais forte, pedindo compaixão, pois é um necessitado, um pecador, alguém querendo enxergar, isto é, mudar de vida, ser um homem novo, pertencer ao número dos salvos. Sua insistência se tornava mais intolerante, pois havia uma multidão a impedí-lo de ser ouvido e, além disso, “muitos o repreendiam para que se calasse; mas ele gritava ainda mais alto”. Era insistente, objetivo, atento ao Messias, totalmente abandonado à Sua vontade. Ele estava como que alguém em alto mar dependendo exclusivamente de um salva-vidas, não o podia perder naquele instante decisivo. Sua insistência superou todos os impedimentos contrários à salvação, tudo aquilo que o manteria cego para sempre.

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  4. 3. “Jesus, detendo-se, disse: Chamai-o. E chamaram o cego dizendo-lhe: Coragem, levanta-te, ele te chama”. Nada pode impedir a escuta de Jesus, nenhum obstáculo é capaz de O tornar indiferente ao grito dos necessitados, o barulho do mundo é insuficiente para desviar a atenção do Libertador daquele que por Ele clama com fé verdadeira. Jesus se detém, firma-se e dar ouvidos aos gritos de Bartimeu. Ao seu encontro, alguns são enviados com a missão de trazê-lo a Jesus. Todos aqueles que caminham com Jesus tem a missão de convidar a quem encontrar para um encontro com o Salvador. Ninguém pode passar despercebido ao olhar e ouvidos cristãos. Nada deve impedir o chamado aos necessitados não só de pão, mas principalmente da Luz. A primeira coisa que devem fazer: animar “coragem”; a segunda: “levanta-te”. Por qual motivo? Ele, aquele que tu esperas, te escuta e te chama. Ao chamado de Jesus, Bartimeu largou imediatamente o que tinha, como o manto, importante para ele, uma proteção dia e noite, servia, inclusive, para afastar insetos e animais, e também para receber as moedas; ergueu-se de modo firme, dando um pulo, sinal de quem encontrou o sentido de sua vida e se lançou sem medo e com disposição para o novo que se lhe apresentava; levantou-se da vida de si mesmo, do torpor dos vícios, das dependências destruidoras, para se colocar à disposição da vontade de Deus, para viver segundo as virtudes e livre como filho de Deus. Jesus sabia de sua necessidade, mas, voltando-se para ele, quis ouvir dele, deixando-o à vontade, permitiu-lhe um diálogo humilde, corajoso e evidente: “Que queres que eu te faça?”. “Mestre, que eu veja!”. Jesus exigiu dele a fé, uma adesão total, um colocar-se absolutamente nas mãos de Deus.

    4. “Vai, disse-lhe Jesus, a tua fé te salvou. E no mesmo instante ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho”. O cego de Jericó recebeu a iluminação da salvação, teve sua vida transformada pela ação de Deus e sua resposta decisiva à vontade do Senhor. Por meio da fé, Bartimeu alcançou sua salvação e tornou-se verdadeiramente discípulo, superando todos os demais. Aqui se encontram representados os que Jesus deseja ao Seu lado. Assim, deve ser Pedro, que negou Jesus, devem ser João e Tiago, que não entenderam a lógica de Cristo quando manifestaram seu desejo de sentar à direita ou à esquerda do Mestre, devem ser também os demais apóstolos que tinham a mesma mentalidade de João e Tiago quanto ao Messias político, e ainda pode ser qualquer um que não entendeu a condição de vida exigida por Jesus para viver como Seu discípulo. O cego de Jericó é um sinal da iluminação de Deus na vida de uma pessoa, é sinal de insistência, persistência, decisão, disponibilidade e de fé para todos, é um modo de conversão e de discípulo. Em suma, Jesus escuta cada um por mais difícil que seja a situação e, mediante uma firme adesão a Ele, transforma-o em verdadeiro discípulo.

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