CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O QUEJESUS VEIO NOS MOSTRAR


Deus proíbe a idolatria e não o uso de imagens

Deus proíbe a idolatria e não o uso de imagens 

O mesmo Deus, no mesmo livro do Êxodo em que proíbe que sejam feitas imagens, manda Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança (Ex 25, 18-20). Manda-lhe, também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima duma haste, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas (Num 21, 8-9). Manda, ainda, a Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imanges de querubins, palmas, flores, bois e leões (I Reis 6, 23-35 e 7, 29). Ora, se Deus manda fazer imagens em várias passagens das Sagradas Escrituras (Ex 25, 17-22; 1Rs 6, 23-28; 1 Rs 6, 29s; Nm 21, 4-9; 1Rs 7, 23-26; 1 Rs 7, 28s; etc) e proíbe que se façam imagens em outra, de duas uma, ou Deus é contraditório ou fazer imagens não é idolatria! 

As imagens condenadas são aquelas que não indicam Deus, nada que lhe pertença, mas tão somente invenções humanas, coisas da imaginação e do interesse de quem deseja, de certo modo, dominar. As imagens permitidas são todas aqueles que indicam o próprio Deus e o que a Ele pertence como sinal de sua presença. Os Querumbins, por exemplo, são anjos de Deus, pertencem ao Senhor, não são ídolos, mas sinais da presença de Deus ali na Arca. 
Portanto, fica claro que o erro não está nas imagens, mas no tipo de culto que se presta à elas. 

Os Judeus, saindo da dominação egípcia, um povo idólatra, tinham muita tendência à idolatria. Basta ver o que aconteceu quando Moisés desceu do Monte Sinai com as Tábuas da Lei e encontrou o povo adorando o "Bezerro de Ouro" como se ele fosse uma divindade, um amuleto. É claro, como permitir que um povo tendente à idolatria fosse fazer imagens. 

Nas imagens católicas se representam os santos, que são pessoas que possuem virtudes que os tornam "semelhantes" a Deus, como afirmou S. Paulo: "já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim". 

Nas catacumbas dos primeiros cristãos encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria; prova de que tal culto (não de adoração, mas de respeito, veneração) existia no tempo dos apóstolos e foi por eles praticado, ensinado e transmitido à posteridade. Uma das imagens de Nossa Senhora, segundo a tradição, foi pintada pelo próprio S. Lucas e está na catedral de Loreto, exposto à veneração dos fiéis. 

As imagens da Virgem Maria, Mãe de Deus por vontade de Deus mesmo, indica alguém que pertence a Deus. Maria não é um ídolo, uma deusa inventada pelos homens, mas uma criatura pensada, criada, chamada a uma vocação altíssima, a de ser a Mãe de Deus na terra. A imagem de Maria indica que aquele lugar onde ela se encontra é um ambiente que pertence a Deus. 

O crucifixo indica não um ídolo, mas o próprio Jesus Cristo Nosso Salvador vitorioso, não derrotado, apesar de rejeitado pela humanidade, mas, por outro lado, totalmente voltado para o Pai e para o bem salvífico da humanidade. Então, quando fixamos nosso olhar no crucifixo não adoramos uma imagem, mas reconhecemos o ódio do mundo e o amor de Deus por nós. Na sexta-feira da paixão beijamos a cruz não como gesto de adoração, mas de reconhecimento do mistério salvífico de Jesus Cristo mediante a cruz. Jesus abraçou a cruz como condição de libertação do ser humano. Ao dizer adoração da cruz, não se diz adoração da madeira, mas de Jesus Cristo no mistério da Redenção humana. 

As imagens dos santos são também sinais daqueles que viveram totalmente para Deus, renunciando a vida do mundo para viverem exclusivamente a vontade de Deus. Os santos pertencem a Deus, não são ídolos, invenções humanas, mas homens e mulheres que viveram só para o Senhor. Ter sua imagem é como ter a fotografia de quem amamos conosco como uma forma de não esquecermos de viver aquelas mesmas virtudes. Virtudes essas que provêem da graça de Deus. Os santos não se davam à idolatria, pois os povos idólatras representavam as virtudes e os vícios em seus ídolos. 



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