CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

domingo, 16 de dezembro de 2018

O SEU CORAÇÃO VAI ACEITAR O SENHOR

 “Arrependei-vos, porque está perto o reino dos Céus”. Arrepender-se significa mudar de mentalidade, mudar de opinião, seguir outra Estrada, outro horizonte. Não é atoa que a palavras usada vem do grego METANOUS. Ora, NOUS é a parte mais elevada da mente, referente à inteligência, mais precisamente. Então, o texto não quer dizer algo simples, mas uma total transformação, consciente, firme, tendo a inteligência como assentimento total à fé, como adesão plana ao Senhor. O homem deve abandonar tudo aquilo que ele mais ama neste mundo, lançar por terra tudo aquilo que empecilho à implantação do reino de Deus na história, tudo o que seja busca de si mesmo, para viver da vontade de Deus. O reino dos Céus é reino da Justiça, fudamentado na verdade. É necessário, portanto, largar as injustiças, mentiras, superficialidades, jogos de interesses, o poder mundano, a velha Jerusalém e seus maus costumes, para lançar-se no Novo que está às portas. Trata-se de Jesus Cristo, presença do Reino de Deus na história, justiça para toda a humanidade, a paz para todos.
6. “… e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados”. O povo, de modo geral, temia a Deus, queria verdadeiramente ter um encontro de salvação, de vida nova, de libertação de todas as injustiças e explorações pelas quais passavam. Arrependidos, confessavam seus pecados, a fim de entrarem nessa realidade nova. Certamente nem o batismo nem a confissão tinham a mesma realidade sacramental justificadora, portadora da graça santificante. Antes de João, os assim chamados “monges” de Qumran já realizavam um tido de purificação semelhante, um banho sagrado. Os pagãos eram “batizados”, para poderem entrar na realidade de fé no Deus de Israel. Quer dizer, não era um rito criado do nada por João. Se bem que, por outro lado, havia um dado original, escatológico, um prepara-se para o acontecimento último, o encontro com o juiz justo, sinalizando confissão e arrependimento dos pecados, como meios para se conquistar a vida eterna. Tanto o batismo quanto a confissão aqui eram gestos de aceitação e participação consciente na realidade proclamada pelo profeta João, o batizador. Com esses gestos, sentiam-se preparados para transitarem por esta Nova Estrada até atingirem a graça de um autêntico encontro com o Senhor.
7. Por outro lado, João fez uma dura crítica às lideranças de Israel: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está pra vir?”, Isto é, falsos guias, destronadores de Deus e ladrões do Seu poder, sepulcros caiados, amantes da mentira, filhos de satanás, o pai da mentira, nas palavras do próprio Jesus. Usam o fato de pertencerem à descendência de Abrão para explorar os mais fracos. Indo mais além e dando um golple terrível, João conclui: “Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão”. Ninguém vai salvar-se por pertencer a um povo, mas por suas escolhas e ações. Consequentemente, quem não fizer a vontade de Deus (árvore que não produzir frutos), terá o destino da destruição pelo fogo. A hora para esse acontecimento era aquele presente, o último momento, pois o juizo de Deus já estava prestes a acontecer: “O machado já está preparado para cortar as árvores pela raiz”. É necessário, portanto, arrepender-se, preparando para o mais perfeito encontro com Aquele que vem, Ele é o Senhor, e vem com a força do Espírito Santo, o Fogo destruidor de todos os males. Ele dará o batismo na potência do Seu Espírito.
8. “… mas Aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. Eu não sou digno nem de desatar-lhe as correias de Suas sandália”. Essa afirmação tem, além da expressiva manifestação da humildade do profeta, uma lição tremendamente importante sobre a importancia de Jesus Cristo para a Igreja, que por seu lado, procura, no seu início, mostrar para os “joanitas”, seguidores de João Batista, que o Messias não tinha sido o seu mestre, mas Aquele que por ele foi apresentado com a Potência de Deus, o Espírito Santo. João Batista foi legítimo instrumento, voz da Palavra eterna, amante da Verdade (Cristo), fogo abrasador do anúncio da alegria de Deus para a humanidade. Assim como João, seus discípulos e todos os convertidos devem voltar-se decididamente para o Salvador, que não propõe uma alegria de festejos humanos, mas alegria salvífica.
Quais são os seus dons? Se tem algum, coloca-o à disposição do bem? Tem preocupação com a salvação das pessoas? Tem medo de anunciar a Verdade? Por que ainda não se tornou instrumento da missão evangelizadora? Tem medo dos poderosos? Tem abertura ao Espírito Santo? Procura ajudar os necessitados e inocentes, indefesos e injustiçados? Como está seu grau de intimidade com o Messias Jesus Cristo?
Um forte e carinhoso abraço.
Padre José Erinaldo

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