CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

LEITURAS DA PALAVRA DE DEUS


Liturgia da Quinta-Feira — 02.08.2012

— Santo Eusébio de Vercelli
Hoje nós lembramos o testemunho de santidade de Eusébio, que nasceu no começo do século IV, na Sardenha e não tinha este nome, até ir para Roma em procura de lucro com a Política e o Direito. Encontrado por Jesus, converteu-se e recebeu as águas do Batismo e o novo nome de Eusébio, pois foi batizado pelo Papa Eusébio.

De simples leitor da Igreja de Roma, Eusébio foi ordenado sacerdote e depois em 345, Bispo em Vercelli, onde exerceu seu ministério com zelo, muito amor às almas e à Verdade. Dentre tantas inspirações para a Diocese, Eusébio vivia comunitariamente com seus sacerdotes, e desta comunhão conseguiu forças para vencer os bons combates do dia-a-dia.

Santo Eusébio de Vercelli por opor-se ao Arianismo que buscava erroneamente negar a divindade de Cristo, foi exilado com outros santos Bispos pelo imperador Constâncio. Despachado com algemas para a Palestina, Eusébio sofreu torturas e sobreviveu por seis anos fechado numa prisão. Quando liberto aproveitou para visitar as Igrejas do Oriente. Ao voltar foi acolhido como vencedor pelos irmãos no Episcopado, Clero e todo o povo, e até entrar no Céu em 370, venceu o Arianismo com Santo Hilário e unificou as Igrejas.

Santo Eusébio de Vercelli, rogai por nós!

XVII SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Deus habita em seu templo santo, reúne seus filhos em sua casa; é ele que dá força e poder a seu povo (Sl 67,6s.36)
Oração do dia
Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Jeremias 18,1-6)
Leitura da profecia de Jeremias.
18 1 Foi dirigida a Jeremias a palavra do Senhor nestes termos:
2 "Vai e desce à casa do oleiro, e ali te farei ouvir minha palavra".
3 Desci, então, à casa do oleiro, e o encontrei ocupado a trabalhar no torno.
4 Quando o vaso que estava a modelar não lhe saía bem, como sói acontecer nos trabalhos de cerâmica, punha-se a trabalhar em outro à sua maneira.
5 Foi esta, então, a linguagem do Senhor: "casa de Israel, não poderei fazer de vós o que faz esse oleiro?" - oráculo do Senhor.
6 "O que é a argila em suas mãos, assim sois vós nas minhas, Casa de Israel".
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 146/145
Feliz quem se apóia no Deus de Jacó!
Bendize, minha alma, ao Senhor!
Bendize, minha alma, ao Senhor!
Bendirei ao Senhor toda a vida,
Cantarei ao meu Deus sem cessar!
Não ponhais vossa fé nos que mandam,
Não há homem que possa salvar.
Ao faltar-lhe o respiro, ele volta
Para a terra de onde saiu;
Nesses dia seus planos perecem.
É feliz todo homem que busca
Seu auxílio no Deus de Jacó
E que põe no Senhor a esperança.
O Senhor fez o céu e a terra,
fez o mar e o que neles existe.
Aclamação do Evangelho (Mateus 13,47-53)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Abre-nos, ó Senhor, o coração, para ouvirmos a palavra de Jesus! (At 16,14)

EVANGELHO (Mateus 13,16-17)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
13 47 "O Reino dos céus é semelhante ainda a uma rede que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie.
48 Quando está repleta, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e separam nos cestos o que é bom e jogam fora o que não presta.
49 Assim será no fim do mundo: os anjos virão separar os maus do meio dos justos
50 e os arrojarão na fornalha, onde haverá choro e ranger de dentes.
51 Compreendestes tudo isto? Sim, Senhor, responderam eles.
52 Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas".
53 Após ter exposto as parábolas, Jesus partiu.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Pai, os dons que recebemos da vossa bondade e trazemos a este altar. Fazei que estes sagrados mistérios, pela força da vossa graça, nos santifiquem na vida presente e nos conduzam à eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não esqueças nenhum de seus favores! (Sl 102,2)
Depois da comunhão
Recebemos, ó Deus, este sacramento, memorial permanente da paixão do vosso filho; fazei que o dom da vossa inefável caridade possa servir à nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.

MEMÓRIA FACULTATIVA - SANTO EUSÉBIO DE VERCELLI
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)
Oração do dia: Fazei-nos, Senhor nosso Deus, proclamar a divindade de Cristo imitando a firmeza do bispo santo Eusébio, para que, perseverando na fé que ele ensinou, possamos participar da vida do vosso filho. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Olhai com bondade, ó Deus, o sacrifício que vamos oferecer em vosso altar na festa de santo Eusébio, para que, alcançando-nos o perdão, glorifique o vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Alimentados pela eucaristia, nós vos pedimos, ó Deus, que, seguindo o exemplo de santo Eusébio, procuremos proclamar a fé que abraçou e praticar a doutrina que ensinou. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTO EUSÉBIO DE VERCELLI e São Pedro Julião Eymard)
Santo Eusébio de Vercelli
Eusébio nasceu na ilha da Sardenha, no ano 283. Depois da morte do seu pai, em testemunho da fé em Cristo, durante a perseguição do imperador Diocleciano, sua mãe levou-o para completar os estudos eclesiásticos em Roma. Assim, muito jovem, Eusébio entrou para o clero, sendo ordenado sacerdote. Aos poucos, foi ganhando a admiração do povo cristão e do papa Júlio I, que o consagrou bispo da diocese de Vercelli em 345.
Nessa condição, participou do Concílio de Milão em 355, no qual os bispos adeptos da doutrina ariana tentaram forçá-lo a votar pela condenação do bispo de Alexandria, santo Atanásio. Eusébio, além de discordar do arianismo considerou a votação uma covardia, pois Atanásio, sempre um fiel guardião da verdadeira doutrina católica, estava ausente e não podia defender-se. Como ficou contra a condenação, ele e outros bispos foram condenados ao exílio na Palestina.
Porém isso não o livrou da perseguição dos hereges arianos, que infestavam a cidade. Ao contrário, sofreu muito nas mãos deles. Como não mudava de posição e enfrentava os desafetos com resignação e humildade, acabou preso, tendo sido cortada qualquer forma de comunicação sua com os demais católicos. Na prisão, sofreu ainda vários castigos físicos. Contam os escritos que passou, também, por um terrível suplício psicológico.
Quando o povo cristão tomou conhecimento do fato, ergueu-se a seu favor. Foram tantos e tão veementes os protestos que os hereges permitiram sua libertação. Contudo o exílio continuou e ele foi mandado para a Capadócia, na Turquia e, de lá, para o deserto de Tebaida, no Egito, onde foi obrigado a permanecer até a morte do então imperador Constantino, a quem sucedeu Juliano, o Apóstata, que deu a liberdade a todos os bispos presos e permitiu que retomassem as suas dioceses.
Depois do exílio de seis anos, Eusébio foi o primeiro a participar do Concílio de Alexandria, organizado pelo amigo, santo Atanásio. Só então passou a evangelizar, dirigindo-se, primeiro, a Antioquia e, depois, à Ilíria, onde os arianos, com sua doutrina, continuavam confundindo o povo católico. Batalhou muito combatendo todos eles.
Mais tarde, foi para a Itália, sendo recepcionado com verdadeira aclamação popular. Em seguida, na companhia de santo Hilário, bispo de Poitiers, iniciou um exaustivo trabalho pela unificação da Igreja católica na Gália, atual França. Somente quando os objetivos estavam em vias de serem alcançados é que ele voltou à sua diocese em Vercelli, onde faleceu no dia 1o. de agosto de 371.
Apesar de ser considerado mártir pela Igreja, na verdade santo Eusébio de Vercelli não morreu em testemunho da fé, como havia ocorrido com seu pai. Mas foram tantos os seus sofrimentos no trabalho de difusão e defesa do cristianismo, passando por exílios e torturas, que recebeu esse título da Igreja, cujo mérito jamais foi contestado. Com a reforma do calendário litúrgico de Roma, de 1969, sua festa foi marcada para o dia 2 de agosto. Nesta data, as suas relíquias são veneradas na catedral de Vercelli, onde foram sepultadas e permanecem até os nossos dias.
São Pedro Julião Eymard
Pedro Julião Eymard nasceu no norte da França, em Esère, no dia 4 de fevereiro de 1811, primeiro filho de um casal de simples comerciantes, profundamente religioso. Todos os dias, sua mãe levava-o à igreja, para receber a bênção eucarística. Assim, aos cinco anos de idade, despontou sua vocação religiosa e sacerdotal.
Mas encontrou a objeção do seu pai. Apesar de muito religioso, ele não concordou com a decisão do filho, porque precisava da sua ajuda no trabalho, para sustentar a casa. Além disto, não tinha condições de pagar as despesas dos estudos no seminário. Diante desses fatos, só lhe restava rezar muito enquanto trabalhava e, às escondidas, estudar o latim. Em 1834, conseguiu realizar o seu sonho, recebendo a ordenação sacerdotal na sua própria diocese de origem.
Após alguns anos no ministério pastoral, em 1839, padre Eymard entrou na recém-fundada Congregação dos Padres Maristas, em Lyon. Nesta Ordem permaneceu durante dezessete anos, chegando a ocupar altos cargos. Foi quando recebeu de Maria Santíssima a missão de fundar uma obra dedicada à adoração perpétua da eucaristia.
Aliás, padre Eymard já notava que havia um certo distanciamento do povo da Igreja. Algo precisava ser feito. Rezou muito, pediu conselhos aos superiores e para o próprio papa Pio IX. Entretanto, percebeu que por meio do Instituto dos Maristas não poderia executar o que era preciso. Deixou o Instituto e foi para Paris.
Lá, em 1856, com a ajuda do arcebispo de Paris, fundou a Congregação dos Padres do Santíssimo Sacramento. E, depois de três anos, a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento. Mais tarde, também fundou uma Ordem Terceira, em que leigos comprometem-se na adoração do Santíssimo Sacramento.
Padre Pedro Julião Eymard foi incansável, viajando por toda a França, para levar sua mensagem eucarística. Como seu legado, além da nova Ordem, deixou inúmeros escritos sobre a espiritualidade eucarística.
Muito doente, ele faleceu na sua cidade natal no dia 1o. de agosto de 1868, com apenas cinqüenta e sete anos de idade. Beatificado pelo papa Pio XI em 1925, foi canonizado pelo papa João XXIII em 1962. Na ocasião, foi designado que a memória litúrgica de são Pedro Julião Eymard deve ser celebrada em 2 de agosto, um dia após o de sua morte.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. “Somente o Reino é definitivo”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Esta parábola fecha um conjunto que se inicia no versículo 1 com a Parábola do Semeador, o panorama muda mas o ensinamento é o mesmo: o Reino é uma iniciativa Divina. Ás vezes, na visão rigorosa de Mateus, tem-se a impressão de que o homem em nada participa, mas esta é uma visão enganosa. O evangelista precisava usar esta linguagem radical, pois os seus conterrâneos não abriam mão da tradição onde despontavam nomes sagrados como o Rei Davi, o libertador Moisés e mais na origem o Patriarca Abraão. Para eles, Jesus de Nazaré não poderia ser maior que esses, não aceitavam que ele era o próprio Filho de Deus, inaugurador do Reino definitivo, e muito menos que Deus se ocupasse de outros povos e nações que não Israel, raça eleita, Nação Santa.
Na rede jogada ao mar caem peixes de todas as espécies, grandes, pequenos, peixes de ótima qualidade mas também peixes que não serviam para ser aproveitados. Haverá no final uma seleção dos convocados, e Israel não tem lugar garantido só porque tem suas raízes na tradição, sendo povo da antiga aliança. Possivelmente, o que pensava um judeu tradicionalista era que Israel não passaria por nenhum julgamento, pois já estavam assegurados.
Por isso Mateus dá ênfase ao julgamento e ainda as consequências trágicas que virão para quem não for selecionado. Quando refletimos este evangelho corremos o risco de pensar mal de Deus, uma vez que os coitados dos peixes que caem na rede, nem imaginam o destino que espera para os que não passarem no controle de qualidade dos anjos. Entretanto o versículo final, alinhado á primeira leitura do Profeta Jeremias desfaz esse equívoco.
O Doutor da Lei que se torna discípulo de Jesus tem à sua frente o Baú do Antigo Testamento de onde, ele poderá agora tirar coisas novas e velhas, como um pai de família que ao fazer uma bela faxina em casa, vai separar algumas coisas que são úteis e outras que já não servem mais. O Doutor da Lei que se tornou discípulo do Senhor, agora olha para o Antigo Testamento a partir de Jesus e consegue separar coisas novas e velhas, pois com Cristo as escrituras antigas revelam seu verdadeiro e real sentido.
Jesus Cristo, o Messias Salvador e Redentor, é a plena realização da profecia de Jeremias, pois Nele todo homem será remodelado, refeito, como um barro nas mãos do oleiro. Conclusão da parábola: basta que o homem se torne flexível e disponível para deixar-se modelar pela Graça Operante e Santificante da Graça de Deus, e ele será totalmente transformado, e daí, os peixes de menor qualidade que caíram na rede do Reino, poderão sim, serem transformados em bons. Somente os egoístas, egocentristas, fechados a graça de Deus, e que recusam deliberadamente a Salvação, é que serão jogados fora do Reino, e quando se derem conta da grande bobagem que fizeram, ao recusar a Vida Nova que em Jesus Deus lhes ofereceu, irão se remoer por toda eternidade, em um choro e ranger de dentes, expressão que Mateus muito usava, como uma luz amarela de atenção, aos seus conterrâneos, e que hoje serve de alerta ao homem da pós-modernidade, que parece não crer no poder da Graça transformadora de Deus, manifestada em Jesus.
fonte:Npdbrasil.

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