CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

domingo, 12 de janeiro de 2020

ACREDITAR PARA SER SALVO PELO AMOR

    No momento do batismo, o céu se abre. Os evangelistas estão lembrando o texto de Is 63,19b, que trata da oração do profeta em busca de uma resposta de Deus diante do silêncio do Senhor quando o povo se perde, esmorece no amor, afasta-se do culto divino e se entrega ao mundo. O céu se encontra fechado. Importante reproduzir aqui essa oração: “Tu és o nosso Pai. Abraão não nos conhece, Jacó não faz caso de nós. És tu mesmo, Senhor, nosso pai, o nosso libertador, teu nome é eterno. Por que nos fazes desviar, Senhor, do teu caminho? Por que nos endureces o coração para perdermos teu temor? Volta atrás, por amor de teus servos, por amor das tribos que são tua herança! Por que os malvados penetraram teu Santuário, nossos inimigos profanaram teu lugar sagrado? Desde há muito parecemos um povo jamais governado por ti e sobre quem jamais teu nome fora invocado. Que bom, se ABRISSES O CÉU E DESCESSES! Diante de ti as montanhas iriam derreter” (Is 63,1619). O céu se abre para a “descida” do Espírito Santo, indicando que o batismo concede a graça da destruição de toda barreira que impede o homem de voltar para Deus, porque elemina o pecado, que fecha o céu para quem o comete. A entrada de Jesus rasgou os céus (encarnação); Deus se faz presente na história dos homens; o véu do templo foi rasgado (redenção), nada mais separa os homens da comunhão com Deus. A pomba como sinal do Espírito (já usado pelos rabinos na época de Jesus como sinal da realidade divina) indica o início de uma nova criação, pois traz consigo um sinal do espírito que pairava sobre as águas no início da criação; ainda como sinal da paz (a pomba solta por Noé) e da reconciliação entre Deus e a humanidade, segundo os Padres da Igreja.
6. Além disso, vem o reconhecimento do Pai. Segundo Mt, Mc e Lc, o Pai se reconhece no Seu Filho ao dizer: “Este é o meu Filho amado”. Quando acrescenta: “... em quem me comprazo”, quer dizer, o meu Filho Unigênito. Assim, Mt, Mc e Lc mostram que quem vê Jesus, o Filho do Altíssimo, vê o Pai. Jesus Cristo revela o Pai na Sua vida, missão e ação. Todo o Seu ser é revelação de Deus. Quem se encontra com o Filho de Deus tem a possibilidade de conhecer a Deus, a si mesmo e o mundo, segundo a visão do mesmo Criador. Abdicar dessa intimidade com Jesus, é o mesmo que desprezar toda possibilidade de descoberta da Verdade e da própria salvação.
7. No Batismo de Jesus, podemos perceber a Sua identidade de Filho de Deus (Ele não se tornou filho no batismo, pois já o é desde toda a eternidade. No batismo, Ele se manifesta como tal). Também, no Seu batismo, revela-se sua missão como Messias na condição de Servo; Sua solidariedade com Israel e com toda a humanidade pecadora, fazendo-se passar por um tipo de batismo de arrependimento quando Ele mesmo não tinha pecado algum; Sua realidade de Imagem do Pai e transparência Sua na história e realização das promessas de Israel, bem como realizador da nova criação, segundo o Seu Espírito Santo; e, ainda, Sua realidade de Palavra absoluta de Deus, a qual deve ser escutada necessariamente para a salvação de todos.
Um forte e carinhoso abraço.
Padre José Erinaldo
         Batismo do Senhor

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