Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da
semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se
achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles.
Disse-lhes ele: "A paz esteja convosco"!
20 Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor.
21 Disse-lhes outra vez: "A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós".
22 Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: "Recebei o Espírito Santo.
23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos".
24 Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
25 Os outros discípulos disseram-lhe: "Vimos o
Senhor". Mas ele replicou-lhes: "Se não vir nas suas mãos o sinal dos
pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a
minha mão no seu lado, não acreditarei"!
26 Oito dias depois, estavam os seus discípulos
outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas,
veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco"!
27 Depois disse a Tomé: "Introduz aqui o teu dedo,
e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo,
mas homem de fé".
28 Respondeu-lhe Tomé: "Meu Senhor e meu Deus!"
29 Disse-lhe Jesus: "Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!"
30 Fez Jesus, na presença dos seus discípulos, ainda muitos outros milagres que não estão escritos neste livro.
31 Mas estes foram escritos, para que creiais que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em
seu nome.
Palavra da Salvação.
NOSSA VIDA EM JESUS CRISTO
A Ressurreição de Jesus exige fé total. Os apóstolos tiveram muita dificuldade para crê verdadeiramente. Ainda pensavam na condição humana de servo do Mestre. De luto e chorosos, pensavam na realidade da morte. Certamente decepcionados pela não realização de seus ideais messiânicos grandiosos, uma vez que esperavam um Messias político forte, guerreiro, vitorioso, que expulsasse os romanos e libertasse Israel de uma vez por todas, trazendo paz e liberdade para todo o povo e para o mundo. O que eles têm, então, é um morto, alguém que eles aprenderam a admirar, mas que não foi capaz de realizar tal obra messiânica, a promessa do Pai segundo eles. Encontravam-se tristes, com medo, pois seguiram Aquele que foi colocado na cruz (pena de morte de bandidos periculosos) como maldito do Senhor, e assim como as lideranças de Israel fizeram isso com o cabeça, também poderiam fazer com eles. Chorosos e também covardes, pois não foram capazes de ficar do lado de quem os amava até o final de sua vida na cruz. Nessas condições, mesmo alguém dizendo que viu Jesus ressuscitado, eles não acreditariam, principalmente se fosse anunciado por uma mulher (que alias aparece aqui como uma acréscimo, mas não vem ao caso aqui entrar em questões exegéticas minuciosas), que, infelizmente, não era considerada confiável naquele contexto. Mesmo que os discípulos de Emaús, os peregrinos, também afirmassem, não deram crédito.
3. Jesus aparece aos apóstolos, mas os repreende pela falta de fé e pela dureza de coração. Jesus conviveu com eles antes de morrer, falou-lhes ao coração, ensinou-lhes a verdade, explicou-lhes as Sagradas Escrituras, realizou milagres, perdoou pecados, agiu de um modo tão profundo e voltado para o outro que jamais foi visto sobre a terra alguém que tivesse feito a mesma coisa, e falou-lhes sobre o que LHE aconteceria, tratando de SUA morte e ressurreição no terceiro dia. Por que, então, ainda tinham dúvidas? Por que eram tão cegos? Isso mostra o quanto seria impossível para eles saírem pelo mundo, anunciando um Cristo morto e ressuscitado, testemunhando com a própria vida e pobreza e até sofrimento, padecendo até a morte, se, de fato, Jesus Ressuscitado não tivesse tido esse encontro com eles, se, realmente, Jesus não tivesse ressuscitado e os fortalecido na fé.
4. Eles vão pelo mundo inteiro, pregando o Evangelho do Reino, sem medo, alegres, confiantes, repletos de fé e esperança, vivendo um amor jamais imaginado por eles mesmos, totalmente disponíveis à vontade do Senhor, enfrentado os mesmo algozes de Jesus: as lideranças judaicas e o poder político de Roma, além dos desafios de uma cultura pagã, racional e inimiga do valor da carne e indiferente a qualquer ideia de ressurreição. Não temem anunciar que Jesus é o Senhor, opondo O a Cézar e, também, contra o pensamento religioso de Israel. De fato, é clara a ênfase dada ao núcleo apostólico, que formam a base da Igreja de Jesus Cristo. Mesmo tendo passado pela incredulidade e dureza de coração, agora, de modo apaixonado, pela presença do Ressuscitado, torna-se testemunha e transparência da Ressurreição.
Um forte e carinhoso abraço.
Padre José Erinaldo
Feliz Páscoa!
Palavra da Salvação.
NOSSA VIDA EM JESUS CRISTO
A Ressurreição de Jesus exige fé total. Os apóstolos tiveram muita dificuldade para crê verdadeiramente. Ainda pensavam na condição humana de servo do Mestre. De luto e chorosos, pensavam na realidade da morte. Certamente decepcionados pela não realização de seus ideais messiânicos grandiosos, uma vez que esperavam um Messias político forte, guerreiro, vitorioso, que expulsasse os romanos e libertasse Israel de uma vez por todas, trazendo paz e liberdade para todo o povo e para o mundo. O que eles têm, então, é um morto, alguém que eles aprenderam a admirar, mas que não foi capaz de realizar tal obra messiânica, a promessa do Pai segundo eles. Encontravam-se tristes, com medo, pois seguiram Aquele que foi colocado na cruz (pena de morte de bandidos periculosos) como maldito do Senhor, e assim como as lideranças de Israel fizeram isso com o cabeça, também poderiam fazer com eles. Chorosos e também covardes, pois não foram capazes de ficar do lado de quem os amava até o final de sua vida na cruz. Nessas condições, mesmo alguém dizendo que viu Jesus ressuscitado, eles não acreditariam, principalmente se fosse anunciado por uma mulher (que alias aparece aqui como uma acréscimo, mas não vem ao caso aqui entrar em questões exegéticas minuciosas), que, infelizmente, não era considerada confiável naquele contexto. Mesmo que os discípulos de Emaús, os peregrinos, também afirmassem, não deram crédito.
3. Jesus aparece aos apóstolos, mas os repreende pela falta de fé e pela dureza de coração. Jesus conviveu com eles antes de morrer, falou-lhes ao coração, ensinou-lhes a verdade, explicou-lhes as Sagradas Escrituras, realizou milagres, perdoou pecados, agiu de um modo tão profundo e voltado para o outro que jamais foi visto sobre a terra alguém que tivesse feito a mesma coisa, e falou-lhes sobre o que LHE aconteceria, tratando de SUA morte e ressurreição no terceiro dia. Por que, então, ainda tinham dúvidas? Por que eram tão cegos? Isso mostra o quanto seria impossível para eles saírem pelo mundo, anunciando um Cristo morto e ressuscitado, testemunhando com a própria vida e pobreza e até sofrimento, padecendo até a morte, se, de fato, Jesus Ressuscitado não tivesse tido esse encontro com eles, se, realmente, Jesus não tivesse ressuscitado e os fortalecido na fé.
4. Eles vão pelo mundo inteiro, pregando o Evangelho do Reino, sem medo, alegres, confiantes, repletos de fé e esperança, vivendo um amor jamais imaginado por eles mesmos, totalmente disponíveis à vontade do Senhor, enfrentado os mesmo algozes de Jesus: as lideranças judaicas e o poder político de Roma, além dos desafios de uma cultura pagã, racional e inimiga do valor da carne e indiferente a qualquer ideia de ressurreição. Não temem anunciar que Jesus é o Senhor, opondo O a Cézar e, também, contra o pensamento religioso de Israel. De fato, é clara a ênfase dada ao núcleo apostólico, que formam a base da Igreja de Jesus Cristo. Mesmo tendo passado pela incredulidade e dureza de coração, agora, de modo apaixonado, pela presença do Ressuscitado, torna-se testemunha e transparência da Ressurreição.
Um forte e carinhoso abraço.
Padre José Erinaldo
Feliz Páscoa!
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