CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

domingo, 2 de fevereiro de 2014

SIMULADO DE PORTUGUÊS



(Insper/2011.2)   Texto para resolução das questões de número 1, 2 e 3.

  
  O novo estádio do Corinthians, em São Paulo, em tese destinado à abertura da Copa do Mundo de 2014, é por enquanto um rasgo de imaginação sobre um terreno baldio, mas já tem nome de guerra. O leitor adivinha qual é? Aí vai uma pista: o local escolhido é o bairro de Itaquera. Agora ficou fácil. O nome é Itaquerão, claro. Antes, os estádios precisavam ao menos ser construídos, para receber o enobrecimento do "ão" na última sílaba do apelido. Não mais. Não se sabe sequer quem vai pagar a conta do estádio, ou suposto estádio, do Corinthians, nem existe projeto definido. Mas o nome já lhe foi pespegado.
   (...) Quando, para os Jogos Pan-Americanos, em 2007, foi inaugurado no Rio de Janeiro o Estádio João Havelange, que apelido ganhou? O leitor não adivinha? Pista: fica no bairro de Engenho de Dentro. Claro: é Engenhão. No caso do eventual e futuro estádio do Corinthians, o apelido de ltaquerão prova que o ão sobrevive mesmo à moda recente de chamar estádio de "arena" (Arena da Baixada. Arena Baruen). E no entanto ...
   No entanto, o inho é que melhor caracterizaria o brasileiro. Sérgio Buarque de Holanda escreveu, no clássico Raízes do Brasil (um pouco de erudição faz bem, especialmente ao amor, que se convence de estar falando coisa séria): "A terminação inho, aposta às palavras, serve para nos familiarizar mais com as pessoas ou os objetos e, ao mesmo tempo, para lhes dar relevo. É a maneira de fazê-los mais acessíveis aos sentidos e também de aproximá-los do coração". A passagem está no famoso capítulo do "homem cordial", isto é, o homem regido pelo coração, que sena o brasileiro. Somos o país do Joãozinho, do amorzinho e da "Dilminha" (como a trata a mãe da presidente, ela também chamada Dilma). Somos a terra do jeitinho, do favorzinho e do probleminha, invocados sobretudo quando o jeito é complicado, o favor é grande e o problema insolúvel. Por esse caminho, para melhor se aninhar no coração dos brasileiros, o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão, Castelinho e o Batistão, Batistinha. Ocorre que estádios pertencem a outra esfera. Não foram feitos para cativar, mas para impressionar. Não pedem carinho, mas reverência, a si mesmos e a seus criadores. Cumprem no Brasil o que há de mais próximo ao papel das catedrais e das pirâmides, em outras épocas e lugares. Mesmo no caso de uma entidade que é puro espírito, como o propalado estádio do Corinthians, o brasileiro é levado a considerar uma indelicadeza não chamá-lo de ão.
  (TOLEDO, Roberto Pompeu de."O fascínio do ão" , Veja , 09/03/2011.)


01) De acordo com o texto, é correto afirmar que

A) o emprego generalizado dos sufixos “-ão” e “-inho”, em diferentes palavras e situações, é um indicativo de que os brasileiros são passionais
B) o uso do “-ão” para apelidar estádios de futebol resulta exclusivamente da grandiosidade dos projetos e das construções.
C) ao mencionar o “homem cordial” de Sérgio Buarque de Holanda, o autor mostra os traços de gentileza e polidez dos brasileiros.
D) os sufixos “-ão” e “-inho”, que se agregam a qualquer classe gramatical, denotam objetividade na expressão dos sentimentos.
E) é inadmissível adicionar o sufixo “-ão” para nomear um estádio que sequer começou a ser construído.


Resolução:

De um modo geral, o uso dos sufixos "inho; ão" em um texto tem caráter afetivo ou irônico, dependendo da intenção do autor que os utiliza.
Resp.: 

02) No contexto em que ocorre, o período “Somos a terra do jeitinho, do favorzinho e do probleminha, invocados sobretudo quando o jeito é complicado, o favor é grande e o problema insolúvel” constitui
A) um indício de irritação do autor contra a malandragem do brasileiro.
B) uma manifestação ingênua usada pelos falantes para indicar afeto a amigos.
C) uma espécie de eufemismo usado para driblar certas imposições e dificuldades.
D) uma forma de intensificar a ideia, sendo equivalente ao uso do superlativo.
E) um recurso poético que expressa uma contradição no emprego dos diminutivos.

Resolução:
Temos no trecho acima um caso de eufemismo, figura de linguagem em que se usa um termo mais suave em substituição a um mais rude. O uso de "jeitinho, favorzinho, probleminha" nos mostra essa ideia de amenização, característica do eufemismo.
Resp.: 

03) Em “... o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão, Castelinho e o Batistão, Batistinha.”, as duas últimas vírgulas são usadas para:
A) separarem termos que exercem diferentes funções sintáticas.
B) marcarem a presença da elipse da locução verbal “deveria ser”.
C) isolarem os apostos explicativos.
D) marcarem a inversão dos adjuntos adverbiais de lugar.
E) indicarem uma enumeração

Resolução:
As duas últimas vírgulas foram usadas para indicar a presença de uma elipse, da locução verbal deveria ser, para que a mesma não fique repetitiva no texto (o Castelão deveria ser Castelinho e o Batistão deveria ser Batistinha).
Resp.: 


4. A forma dual que apresenta o verbo grafado incorretamente é:
a) hidrólise - hidrolisar.
b) comércio - comercializar.
c) ironia - ironizar.
d) catequese - catequisar.
e) análise - analisar.

5. Quanto ao emprego de iniciais maiúsculas, assinale a alternativa em que não há erro de grafia:
a) A Baía de Guanabara é uma grande obra de arte da Natureza.
b) Na idade média, os povos da América do Sul não tinham laços de amizade com a Europa.
c) Diz um provérbio árabe: "a agulha veste os outros e vive nua."
d) "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incensos e mirra " (Manuel Bandeira).
e) A Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, foi ornamentada na época de natal.

6. Marque a opção cm que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) enxotar - trouxa - chícara.
b) berinjela - jiló - gipe.
c) passos - discussão - arremesso.
d) certeza - empresa - defeza.
e) nervoso - desafio - atravez.

7. A alternativa que apresenta erro(s) de ortografia é:
a) O experto disse que fora óleo em excesso.
b) O assessor chegou à exaustão.
c) A fartura e a escassez são problemáticas.
d) Assintosamente apareceu enxarcado na sala.
e) Aceso o fogo, uma labareda ascendeu ao céu.

8. Assinale a opção cm que a palavra está incorretamente grafada:
a) duquesa.
b) magestade.
c) gorjeta.
d) francês.
e) estupidez.

9. Dos pares de palavras abaixo, aquele em que a segunda não se escreve com a mesma letra sublinhada na primeira é:
a) vez / reve___ar.
b) propôs / pu__ eram.
c) atrás / retra __ ado.
d) cafezinho/ blu __ inha.
e) esvaziar / e___ tender.

10. Indique o item em que todas as palavras devem ser preenchidas com x:
a) pran__a / en__er / __adrez.
b) fei__e / pi__ar / bre__a.
c) __utar / frou__o / mo__ila.
d) fle__a / en__arcar / li__ar.
e) me__erico / en__ame / bru__a.

RESPOSTAS:
1 A / 2 C / 3 B / 4 D / 5 D / 6 C / 7 D / 8 B / 9 D / 10 E 
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