CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

terça-feira, 19 de setembro de 2017

NOSSA SALVAÇÃO ESTÁ NO SENHOR

Lc 7,11-17
Duas coisas importantes:
1. Jesus vai entrando na cidade com seus discípulos e uma grande multidão. Aqui se mostra uma realidade nova, a daqueles que já se encontraram com Jesus; a multidão que segue o vivo, o ressuscitado. Trata-se daqueles que já se converteram, encontrando em Jesus o sentido da vida, um novo horizonte, uma nova esperança. Em outras palavras, é a multidão que percebeu a presença de Deus no deserto do mundo.
2. Da cidade vai saindo um enterro. Um jovem morto, filho único de uma viúva e uma grande multidão - Neste caso, segue-se um morto, todos cabisbaixos, sem esperança; é o cortejo do cemitério, da solidão, do fracasso, da limitação diante da morte. Essa é a multidão que sente o peso da solidão do mundo, do deserto da vida sem Deus, do sofrimento causado pelos demandos da corrupção humana e pela hipocrisia de uma sociedade preconceituosa. Aquela viúva, em solidão, sinaliza para tantos que se consomem numa vida sem rumo, sem amor e sem dignidade; é sinal de tantas outras mães que quase se deixam enterrar com seus filhos; indica uma sociedade dos que mandam e justificam suas arbitrariedades.
3. Na saída, acontece algo extraordinário: essa multidão encontra Jesus, que ressuscita o jovem, depois de ter sentido a dor daquela pobre viúva. Uma realidade nova surge naquele momento. encontrando-se com Jesus, as duas multidões se juntam, formando uma só na glorificação do poder de Deus ali realizado. Jesus não é mais visto como um simples judeu, não é somente um profeta. Muito mais que isso: todos ali O viram como presença de Deus, isto é, Deus agindo em favor do povo, tomando suas dores, compadecendo-se, curando-os, trazendo libertação, dando sentido a suas vidas, fazendo valer sua dignidade e seu futuro.
4. Este é o momento de um verdadeiro encontro com Jesus. Não seguimos quem caminha para a morte, mas a Jesus ressuscitado, que sabe penetrar no mundo psicológico de cada um, colocando-se como Servo libertador, assumindo o que mais o aprisiona. Ele é compassivo, sabe da dor de cada um, enxerga os mais invisíveis detalhes da mente e do coração humanos, não teme esbarrar e "tocar o esquife" de quem já perdeu o sentido de viver e caminha para o fundo do poço, não mede circunstâncias para entrar de modo inesperado no "evento" das desilusões e do pranto que atormenta cada um, pois Ele sabe que traz consigo a vida, a esperança e um novo horizonte. "Jovem, eu te ordeno, levanta-te!". Ergue-te, é hoje o dia da tua libertação, vive, pois teu mundo foi restaurado, tua vida transformada, tudo em ti em festa agora. Vai, anuncia as maravilhas do Senhor. Fiz de ti uma luz para iluminar o mundo. Vai, anuncia-me, como se fosse eu mesmo.
Um forte e carinhoso abraço.
Pe. José Erinaldo


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