CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

PALAVRAS DE CONVERSÃO,PALAVRAS DE VIDA ETERNA

 "E vós, quem dizeis que eu sou?". Jesus não quer saber de uma definição científica sobre Ele, não quer conceitos sobre sua pessoa. Ele já conhecia a forma de pensar dos que mataram os profetas antes DELE, também já sabia do que o ser humano é capaz de fazer com o poder nas mãos. Nesse texto, o que LHE interessa é a adesão dos Seus discípulos a Ele e à sua obra. O conhecimento por si só não diz nada, não eleva ninguém. Muitas vezes serve somente para enganar quem conhece na ilusão de um universo de orgulho e auto-suficiência. Não é esse tipo de conhecimento que serve na descoberta de Jesus. Aqui trata-se de uma experiência na intimidade de uma vida de encontro, de abertura à ação de Deus e de fé. Os apóstolos viviam com Jesus, escutavam-NO, aprendiam DELE, viam Seus milagres e experimentavam Sua ação misericordiosa. A vida de Jesus com eles era a mais perfeita escola de vida e fé. Então, confirmar o que dizem sobre ELE não significa nada, pois o que dizem não condiz com a realidade mesma do Mestre. O conhecimento da realidade de Jesus exige experiência pessoal e entrega de si mesmo, renúncia da mentalidade mundana e acolhida da lógica de Deus.


2. "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo". Pedro diz a verdade sobre o Mestre, mas desconhece a profundidade dessa afirmação. De fato, ela foi professada por inspiração de Deus. Pedro não imaginava Jesus como Messias segundo o pensamento de Deus, mas segundo a mentalidade dos judeus. Mesmo assim, Jesus respeita sua afirmação. Na afirmação de Pedro estão presentes dois pontos cruciais para a fé: o Messias (o Ungido) e, também, Filho de Deus. No final do texto, quando Jesus disse que iria sofrer muito e morrer por parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, mas que ressuscitaria no terceiro dia, Pedro, se manifesta e, mais uma vez, demonstra desconhecer o tipo de Messias que era Jesus. Nas duas colocações de Pedro, apresenta-se uma tremenda ignorância sobre a Pessoa e missão do Salvador. Por sua vez, Jesus não desiste da missão que deseja realizar através dele: "... tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la" ( Mt 16,18, Lc 22,31-32; Jo 21,15-17).

3. O poder das chaves foi dado a Pedro especialmente. Jesus confiou a Pedro uma autoridade específica: "Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: o que ligares na terra será ligado nos Céus, e o que desligares na terra será desligado nos Céus" (Mt 16,19). O "poder das chaves" designa a autoridade para governar a casa de Deus, que é a Igreja. Jesus, "o Bom Pastor" (Jo 10,11), confirmou este encargo depois de sua Ressurreição: "Apascenta as minhas ovelhas" (Jo 21,15-17). O poder de "ligar e desligar" significa a autoridade para absolver os pecados, pronunciar juízos doutrinais e tomar decisões disciplinares na Igreja. Jesus confiou esta autoridade à Igreja pelo ministério dos apóstolos e particularmente de Pedro, o único ao qual confiou explicitamente as chaves do Reino (CIC, 553). Em Mt 18,18, o poder das chaves também é dado aos demais apóstolos.

4. O encontro com Jesus transforma o homem para Ele e para uma importante missão salvífica, que certamente passará pela cruz antes de atingir seu objetivo de plenitude. Pedro e os demais apóstolos, apesar de sua fraqueza, foram chamados, escolhidos, preparados e enviados com a mesma missão e o mesmo poder de Jesus. E nós, o que podemos responder a Jesus? O podemos ser nesse mesmo ministério de evangelização? Como podemos definir Jesus no nosso hoje?


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