CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sábado, 21 de setembro de 2024

Jesus se recolhe com seus apóstolos para ensiná-los. Com sua morte iminente, a preparação dos seus discípulos se tornou questão de urgência,

 


Jesus se recolhe com seus apóstolos para ensiná-los. Com sua morte iminente, a preparação dos seus discípulos se tornou questão de urgência, uma vez que eles ainda continuavam pensando um messias nos moldes da mentalidade do mundo. Tanto era forte neles ainda a mentalidade de Israel quanto do mundo interesseiro, individualista e, de certo modo, desumano. Por outro lado, Jesus também queria enraizar neles a Nova e Eterna Aliança.


 


2. Segundo o texto acima, o primeiro ensinamento do Mestre é justamente sobre a situação DELE como Messias de Deus. Antes de tudo, Ele, com segundo anúncio da Paixão, faz questão de evidenciar que sofrerá a morte, mas que ressuscitará no terceiro dia. Ele tem consciência de que vai morrer, de que sua vida deve ser entregue como resgate, como salvação, como resposta do eterno amor de Deus. Os discípulos precisam entender a lição do amor como entrega de si mesmo. O Messias não será aquele do poder político, glorioso pelas vitórias contra seus inimigos em combates intermináveis, humanos eliminando humanos, irmãos lutando contra irmãos, a fim de lucrar ou mesmo com boas intenções de se manter a paz. Esse tipo messiânico mantém a lógica desumana do poder.


 


3. O segundo ensinamento do texto é sobre o como deve ser cada discípulo. Nenhum deles entendeu o porquê de Jesus afirmar que iria morrer e três dias depois ressuscitar. O texto mesmo procura responder essa indagação: "...pelo caminho tinham discutido quem era o maior". Está claro que eles viam em Jesus uma real possibilidade de destruição da ação de Roma em Israel e que assumiria o poder; eles realmente pensavam um messias, que mesmo vindo de Deus, agiria com a mesma lógica do mundo, que era também a mesma forma de pensar deles. Jesus quer, absolutamente, destruir essa mentalidade, lançando-a por terra, porque é totalmente desumana. Não é esse tipo de messias que Deus deseja, não foi dessa forma que Deus preparou seu povo. O verdadeiro Messias é aquele que permite ao homem atingir o seu mais elevado grau de humanidade, tornando-se filho de Deus, participando de SUA divindade. O messias do poder animaliza o homem; o verdadeiro Messias o conduz a sua mais profunda humanidade. O Messias não quer o poder de dominação, mas o poder de fazer de sua vida um dom de libertação para o outro, servindo-o com total amor.


 


4. Aos discípulos é dado o exemplo de uma criança, sinal de quem não possui direitos nem prestígio algum. Assim viveu o Messias: foi rejeitado pela sociedade, pela religião e pela família; ninguém lhe dava prestígio, direito algum lhe era imposto, mas tão somente perseguição, calúnia e difamação. Ele queria somente o bem, mas o mundo nele imputava a figura de um mal social. Seu exemplo, simbolizado por uma criança, deve servir para quem realmente quer se tornar seu discípulo. Os discípulos não devem sonhar o sonho do mundo, que os despreza, mas exclusivamente o sonho de Deus, servindo até mesmo os inimigos em suas necessidades, fazendo-se um verdadeiro lugar do encontro entre Deus e aquele que o procura, posto que cada um é um santuário do Altíssimo.


 


Um forte e carinhoso abraço.

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