CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sábado, 14 de setembro de 2024

PALAVRAS DE VIDA ETERNA - LITURGIA PARA O DIA DE HOJE EM CAMOCIM CEARÁ BLOG FROTA NO YOU TUBE.


































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    25/07

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3 comentários:

  1. Lc 10,38-42. Segunda-feira da 17ª Semana do TC, 29 de julho de 2024. Santos Lázaro, Maria e Marta.
    Evangelho


    Naquele tempo, 38 Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39 Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava a sua palavra. 40 Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: "Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!" 41 O Senhor, porém, lhe respondeu: "Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada".

    — Palavra da Salvação.


    Reflexão


    1. Esse texto não quer, em seu sentido primeiro, falar de hospitalidade nem de vida contemplativa e ativa dos consagrados. Se bem que é possível refletir pessoalmente sobre esses temas. Alguém pode pensar no valor da hospitalidade a partir do gesto de Marta e na ação missionária ou mesmo no trabalho. Outro pode explorar o fato da oração contemplativa, ficando a sós com Jesus. Tudo isso é válido, faz bem e edifica. Talvez alguém medite sobre o fato de que Marta pode indicar a dimensão exterior da vida do discípulo, enquanto Maria, a vida interior. Maria representa o silêncio do aprendizado, enquanto Marta, a proclamação evangelizadora. O fato é que Lc, sem afirmar em que lugar se deu esse momento, estando voltado para a teologia do “caminho de Jesus para Jerusalém”, apenas coloca uma situação de elevada importância para dizer a quem deseja se aproximar de Jesus que o verdadeiro discípulo é aquele que, antes de tudo, acolhe o Senhor, escuta-o com a totalidade de seu ser e o manifesta em sua vida.



    2. Marta e Maria são amigas de Jesus. A partir delas, Lc quer nos mostrar como deve ser o discípulo de Jesus. Mas antes, uns dados importantes. Analisemos os verbos e expressões com relação à Marta: recebeu-o, estava ocupada, não te importas, deixe-me sozinha, manda que ela venha me ajudar. Marta, de fato recebeu Jesus na sua casa, mas dá a impressão de que ela gostaria de que Ele e Maria se voltassem para ela. É como se seus afazeres fossem mais importantes. Na verdade, são importantes, mas não em absoluto. É como se Marta não fosse uma discípula ainda, pois estava voltada para ela mesma. As ocupações consumiam a atenção dela. Já os verbos com relação à Maria: sentar-se e escutar. A atenção de Maria era outra. Sua preocupação estava em ficar com Jesus, aprender dele, dar tempo a Ele em sua vida. O mais importante para ela, segundo o texto, era poder ouvir o Mestre. Aqui está a condição do discípulo. Um detalhe importante é que ela não reclamou de Marta a Jesus, um sinal de que ela estava em paz consigo mesma.



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  2. 3. Jesus, quanto à Marta, não nega o fato de sua dedicação ao trabalho, mas procura mostrar-lhe a existência de um grande perigo: ela, estando preocupada e agitada por muitas coisas, certamente não encontrará tempo para ser uma verdadeira discípula e, como faziam os fariseus, envolvidos com tantos minuciosos mandamentos, já não sabiam qual era realmente o necessário. Marta já não se encontra nem encontra o seu Senhor, mesmo sabendo de sua importância e amizade. Mas não basta saber, é preciso viver. Em Jo 11,19-27, quando Marta toma conhecimento da chegada de Jesus, quatro dias depois da morte de Lázaro, vai ao encontro DELE, pois Jesus estava a uma certa distância, e fala-LHE com frases de efeito do farisaísmo, como: “o que pedires a Deus, ele te concederá” e “eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”. Os fariseus acreditavam na ressurreição. Também é verdade que Marta tinha muita confiança em Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido”. Essa frase, colocada nos lábios de Marta, manifesta algo mais em Jesus. Por que Lázaro não teria morrido? O próprio Jesus responde: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?” A resposta de Jesus revela a necessidade de aprofundamento na fé de Marta. Ela realmente necessitava desse ensinamento novo, precisava mergulhar mais profundamente no mistério Jesus Cristo, o Messias verdadeiro. Marta certamente deu o grande passo, indo além do afeto por Jesus para total reconhecimento do seu Senhorio. Sem deixar de ser uma grande amiga, tornou-se uma excelente discípula.



    4. Quanto à Maria, ela encontrou o necessário. Se bem que o grande risco é não desenvolver, por outro lado, a dimensão missionária da fé, ou mesmo não querer mais fazer outras atividades, tornando-se um parasita da fé, quando não é isso que Jesus deseja. Maria se apresenta como o autêntico discípulo que, antes de qualquer atividade, de qualquer obrigação, primeiro se senta para escutar o Senhor, para aprender com Ele. Diferentemente de Marta, quando Maria vai ao encontro de Jesus, não questiona nada, apenas ajoelha-se e o acolhe, sinal de quem já vivia como discípula. O importante é que Marta e Maria, uma mais cedo e outra mais tarde, tornaram-se discípulas autênticas, modelos para toda a Igreja. Marta descobriu que Jesus é tudo. Na verdade, para o discípulo só Jesus Cristo é necessário. É a partir de Cristo, que o discípulo desempenhará suas atividades no mundo. Toda ação missionária brota de um verdadeiro encontro com Cristo, de uma profunda amizade com Ele e de uma autêntica vida voltada para Ele. Qualquer coisa que comprometa essa intimidade deve ser profligada, isto é, lançada por terra.



    Um forte e carinhoso abraço.

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