CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Evangelho Naquele tempo, 30 os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado.

 


Mc 6,30-34. XVI Domingo do Tempo Comum, 21 de julho de 2024.

Evangelho 
Naquele tempo, 30 os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31 Ele lhes disse: "Vinde sozinhos para um lugar deserto, e descansai um pouco". Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham tempo nem para comer. 32 Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. 33 Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes deles. 34 Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.

— Palavra da Salvação.
1. Os discípulos retornam da missão e são convidados por Jesus para descansarem um pouco. O retorno dos discípulos é marcado pelo modo entusiasta da missão. Eles perceberam o poder de Deus agindo através deles. Além disso, já podiam ensinar o que tinham aprendido do Mestre. O versículo evidencia, além do alegre retorno, o modo de relacionamento e formação de Jesus com seus discípulos: Jesus prepara-os, escuta-os e alimenta-os do sonho de salvação de Deus e da necessidade de serem verdadeiramente missionários. Com isso, algo mais se revela: a preocupação de Jesus com a formação de um fundamento por ele mesmo escolhido e preparado para continuar, na história, sua missão salvífica. Em outras palavras, Jesus está formando o Novo Israel, a Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.

2. A atividade cotidiana missionária tem muitos desafios. Um deles é o cansaço, provocado pela necessidade que o povo tem de se encontrar com Deus, consigo e também de buscar alívio para os seus sofrimentos. Encontrando alguém ou alguns que possam, verdadeiramente, transmitir-lhe paz, sentido na vida, orientação correta, entendê-lo e escutá-lo, jamais deixará de procurá-lo. É o que Mc mostra nesse texto. O povo faz todo esforço possível para não se afastar de Jesus e seus discípulos, mesmo eles estando cansados, procurando um lugar deserto para descansar. Jesus e os seus discípulos se desgastam para atender esse povo, visto por Jesus como ovelhas sem pastor.

3. Os dirigentes políticos e religiosos de Israel não davam importância à necessidade do povo, aos seus interesses e ao seu futuro. Eram falsos pastores, exploradores do povo, aproveitadores e divisores da sociedade necessitada. Na verdade, o pobre sempre foi marginalizado, visto como o resto do mundo. Jesus enxerga-o diferente e ensina seus discípulos a darem preferência justamente a todo aquele que sofre desprezo. Em Jesus está se realizando a profecia de Jr 23,4-5: “Suscitarei para elas (as ovelhas, o povo de Deus) novos pastores… farei nascer um descendente de Davi”. Jesus, pelo Seu sangue, aproximará a humanidade, construirá a unidade, dará a Israel e aos pagãos a condição de formarem um novo povo, mas não uma mistura, mas UM NOVO POVO, concretizado na realidade de cada HOMEM NOVO, nascido pela fé e pelo batismo, formando um só corpo, o Corpo de Cristo, mediante ação do Espírito Santo (cf. Ef 2,13-18).

4. O texto também orienta para o descanso, que é importante para a restauração das forças e para se refletir melhor no que foi feito e naquilo que ainda se deve fazer e como fazê-lo. É uma forma de revigoramento e aprofundamento da realidade pessoal e missionária. O descanso tem seu fundamento no sétimo dia, o dia do Senhor. Não se deve confundir o merecido descanso com o "descansar da missão", que deve ser incansavelmente conduzida com amor, dedicação e renúncia de si mesmo. Nesse caso, o cansaço seria mais na mente, no sentido e na doação de si mesmo. Nisso habita o risco da perda de sentido evangelizador. Por isso, o coração e a mente do discípulo devem estar completamente envolvidos com a causa do Reino de Deus e com a mais profunda intimidade com Jesus, o Evangelizador do Pai.

 

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