CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

quinta-feira, 5 de abril de 2012

MAIS TECIDOS

O TECIDO SANGUÍNEO

A Cartilagem e o Osso: os tecidos duros do corpo e a sustentação

A cartilagem e o osso possuem, além das fibras, uma substância intercelular mais rígida que os tecidos conjuntivos propriamente ditos. Tal fato torna esses tecidos mais aptos a sustentar o peso e dar forma ao corpo.

A cartilagem possui uma substância intercelular de consistência dura e flexível. É formada por células cartilaginosas jovens (os condroblastos) que se transformam em células cartilaginosas adultas (os condrócitos). Não apresenta vasos sangüíneos. O tecido cartilaginoso divide-se em: hialino (nariz, traquéia, etc.), elástico (orelha, epiglote, etc.) ou fibroso (discos intervertebrais).
O crescimento da cartilagem adulta se dá por aposição (de fora para dentro), o crescimento intersticial (de dentro para fora) é observado apenas em cartilagens jovens.
Quase todo o esqueleto do embrião é formado inicialmente por tecido cartilaginoso. Ainda durante o desenvolvimento embrionário, a maior parte da cartilagem é substituída por um tecido preparado para sustentar o peso do corpo, o tecido ósseo. No adulto completamente desenvolvido, a cartilagem é encontrada apenas no pavilhão auditivo, nas vias respiratórias (nariz, traquéia, laringe e brônquios) e nas articulações, cobrindo a extremidade dos ossos.

Embora o esqueleto de alguns peixes primitivos como o tubarão e a arraia seja cartilaginoso, a maior parte dos vertebrados desenvolveu um tecido mais rígido e mais forte que a cartilagem, o tecido ósseo. Além de servir para a sustentação do corpo, o osso é importante também nos movimentos, servindo como ponto de apoio para os músculos e protegendo órgãos vitais como o sistema nervoso, o coração e os pulmões. Além disso, no interior de vários ossos há um tecido mole, a medula óssea, vulgarmente chamado tutano, que é responsável pela produção das células do sangue (tecido hemopoético).

O osso é bem mais duro que a cartilagem porque é constituído também por uma substância mineral, formada principalmente por fosfato e cálcio. No seu interior existem células vivas, os osteócitos. Através dos canais de Havers, as células recebem alimento e oxigênio.
A maior parte dos ossos forma-se a partir da cartilagem que, recebendo depósitos de fosfato e cálcio, origina um osso. Quando o indivíduo nasce, o modelo de cartilagem já foi quase totalmente substituído por tecido ósseo. Porém, próximo às extremidades dos ossos longos, persiste uma região cartilaginosa que permite que esses ossos cresçam em comprimento. Até o final da adolescência esta cartilagem é inteiramente substituída por osso e o indivíduo pára de crescer. O crescimento dos ossos em espessura ocorre a partir de novas camadas ósseas adicionadas ao periósteo.
Em caso de necessidade, células ósseas (osteoclastos) retiram minerais do osso, lançando-os na corrente sangüínea; assim, o osso funciona como um reservatório de minerais para o organismo.


O Tecido Hemopoético: produtor das células do sangue

Tanto as células que circulam no sangue como as que estão presentes na linfa são produzidas pelo tecido hemopoético. Além de produzir estas células, o tecido hemopoético realiza também a limpeza da linfa, removendo os corpos estranhos e destruindo as células que se tornam imprestáveis. Há dois tipos de tecido hemopoético: o tecido mielóide ou medula óssea e o tecido linfóide ou linfático.
O tecido mielóide é encontrado no interior dos ossos. Nos embriões, a maioria dos ossos possui uma medula ativa, de cor vermelha. Porém, à medida que o indivíduo cresce, a maior parte desta medula passa a acumular gordura, parando de trabalhar e transformando-se em medula amarela (tutano). No adulto, a medula vermelha é encontrada praticamente apenas nas costelas, nas vértebras, no esterno e nos ossos do crânio.
Todas as células do sangue são produzidas na medula óssea.
Algumas, porém, irão migrar para grupos de tecidos linfóides, formando importantes órgãos de defesa espalhados estrategicamente em nosso corpo (nódulos linfáticos, baço, timo, amídalas e adenóides).
As amídalas e as adenóides formam um aglomerado de tecido linfóide que intercepta os germes que entram pelas vias respiratórias e digestivas. Os germes que atravessam o tecido epitelial irão encontrar, no tecido conjuntivo frouxo e adiposo, massas de tecido linfático que formam os nódulos linfáticos. Os germes que atingirem a linfa ou o sangue terão de passar pelos gânglios linfáticos e pelo baço. Durante certas infecções sentimos inchaço e dor nos gânglios linfáticos do pescoço, axila ou virilha (íngua).

O Tecido Sangüíneo

O sangue é formado por uma parte líquida, o plasma, onde se acham mergulhados células e pedaços de células, que são os elementos figurados (hemácias (a), leucócitos (b) e plaquetas).

O plasma é a parte intersticial do sangue, rico em fibrinogênio, que pode passar a fibrina e provocar a coagulação sangüínea. O plasma sem fibrinogênio denomina-se soro.

Entre os elementos figurados, o que existe em maior quantidade são os glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos. O sangue do homem contém de 5 a 5,5 milhões de hemácias por mm­­3, e o da mulher de 4,5 a 5 milhões, em média. Em cada 100 ml de sangue há, em média, 14 a 17 mg de hemoglobina no homem e 12 a 16 mg na mulher. A hemácia tem a forma de um disco circular e bicôncavo, achatado no centro. Esta forma aumenta a superfície de contato da hemácia com os gases a serem transportados, tornando mais rápida sua absorção e eliminação (a hemácia dos mamíferos não possui núcleo, seu citoplasma está totalmente ocupado pela hemoglobina). Elas são formadas na medula óssea, duram cerca de 120 dias e são destruídas no fígado e no baço.

Os glóbulos brancos ou leucócitos defendem o organismo contra microorganismos causadores de doenças e contra qualquer partícula estranha que penetre em nosso organismo. Essa defesa é feita de várias maneiras. Os leucócitos podem ingerir o organismo estranho, destruindo-o através de enzimas digestivas (fagocitose). Podem também produzir proteínas especiais (anticorpos) que se combinam com as proteínas invasoras (antígenos), neutralizando seus efeitos. Podem produzir células especiais que se ligam às células invasoras e as destroem.
A fim de realizar a defesa do organismo, os leucócitos podem sair dos vasos capilares (diapedese), chegando ao local da infecção. O pus que se forma em ferimentos é um aglomerado de leucócitos, micróbios e células mortas. Nosso sangue possui de 5 a 10 mil leucócitos por mm3 de sangue, podendo aumentar durante uma infecção ou alergia (leucocitose). Quando esse número diminui denomina-se leucopenia.



Escrito por F.PAULINA TORRES FROTA às 16h23
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