CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sexta-feira, 16 de junho de 2017

PENSANDO EM JESUS, ESTOU ORANDO

Mt 5,17-19
1. Mt procura, de modo apologético, resolver alguns comentários existentes em seu contexto, na sua comunidade, quanto à pessoa de Jesus Cristo. Não havia problema quanto ao fato de se saber que Jesus era o Senhor Libertador, vindo do Pai para salvar. A questão se colocava no confronto entre Jesus Libertador e a Lei de Moisés. Alguns não tinham dificuldade em afirmar a vinda de Jesus, na condição de Libertador, para anular a lei de Moisés e estabelecer uma nova lei, segundo sua convicção, uma vez que O consideravam maior que Moisés. Certamente Ele é maior do que Moisés, mas não inventará outra Lei, pois a que existe não é de Moisés, mas de Deus. Sendo assim, Ele não abolirá a Lei, mas a cumprirá detalhadamente. O texto deixa claro que a Lei será cumprida absolutamente.
2. A verdade é que Jesus não veio, segundo o texto, destruir a Lei estabelecida por Deus. Na verdade, o que Jesus pretende é dar o seu mais profundo significado, conduzindo-a ao seu mais elevado grau de perfeição. Muitos deturpam a Lei, lançando-a no jogo de interesse pessoal, tornando-a como que uma "mão" a seu favor, impõe-na ao outros, a fim de se manter em alguma posição de dominação, apresenta-a como condição de plenitude, mas para si mesmo. Muitas vezes a lei é usada como "mão-de-ferro" para subordinar o outro. Jesus quer a Lei no seu mais genuíno significado libertador. A Lei não escraviza, não cria dependentes, mas torna homens e mulheres livres; ela existe para todos, não para um grupo, uma sociedade, um povo. A Lei de Deus é para todos os homens e mulheres de boa vontade, que se colocam diante DELE de todo o coração.
3. Somente em Jesus Cristo, a Lei de Deus encontra sua plenitude, seu verdadeiro cumprimento tanto Nele em si, quanto na prática de Sua existência. Em si mesmo, Jesus realiza, com profundidade a vontade do Pai, voltando-se absolutamente para o Abbá. Cristo supera a Lei sem destruí-la; sem negá-la como revelação de Deus, mostra-SE como a REVELAÇÃO ÚLTIMA de Deus, Ele próprio como o TUDO que o Pai quis dizer à criação, aos homens e mulheres de todos os tempos (Mt 17,5; Mc 9,7; Lc 9,35). Ele é "o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6), ninguém poderá chegar à glória do Pai, prescindindo DELE (cf. Jo 14,6).
4. O que não deve existir é a negação da Lei dada a Moisés. O Antigo Testamento é preparação para o Novo, é a Lei como pedagoga, como base para o futuro, para a Nova e Eterna Aliança. Rejeitar a Lei do Antigo Testamento é o mesmo que arrancar as raízes de uma árvore e ainda querer que essa árvore continue viva; é uma forma de anulação da própria vontade de Deus; é uma interpretação completamente equivocada dos ensinamentos de Jesus, como fez um certo Marcião, talvez uma forma de se pensar uma separação em Deus ou imaginá-LO confuso em SI mesmo, o que é absurdo.
Um forte e carinhoso abraço.
Pe. José Erinaldo




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