CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sábado, 26 de outubro de 2024

Pôncio Pilatos manda matar muitos galileus simpatizantes do movimento zelota, que travava luta armada contra os romanos.

 


Pôncio Pilatos manda matar muitos galileus simpatizantes do movimento zelota, que travava luta armada contra os romanos. Pilatos era sanguinário, amigo do poder, homem incapaz de dar um passo definitivo pela verdade. Os zelotas, filhos do judaísmo, mais precisamente uma das seitas judaicas, que pregava um messianismo político inimigo de Roma, e lutava para que os romanos fossem eliminados de israel. Pode-se dizer que eles eram fanáticos inimigos de Roma. Diante do crime aqui apresentado a Jesus, outros grupos dos judeus achavam que o motivo de tantas mortes deveu-se ao pecado deles. Por serem pecadores, mereceram o castigo da morte. Nesse caso, outro tipo de fanatismo se mostra: os ditos "santos", "puros", denominados impecáveis, "amigos" de si mesmos, homens que pensam de não sofrerem a mesma sorte dos galileus pelo fato de não merecerem tal castigo, como se fossem mais importantes, cheios de privilégios e arrogância. Nessa mentalidade, o crime serve como indicador da desgraça merecida pelo pecador; e, ainda mais, criam uma forma religiosa imperial. Para Jesus isso é terrível, é uma verdadeira deformação da inteligência e da religião. Enquanto pensam dessa forma, não conseguem perceber os danos causados pelas injustiças dos que governam, o jogo de poder, o massacre de inocentes e, de certo modo, o favorecimento à cultura de morte. Deve-se, pois, lutar a todo custo pela vida.


 


2. A salvação não é uma escolha pessoal em absoluto. Ninguém se salva pelo fato de cumprir as leis estabelecidas, todos os ritos e tudo o que se exige pra ser feito. Tudo isso é importante, mas muitos fazem tudo isso pensando em si mesmos: em ter honras, ser respeitado, aplaudido, mostrar-se com a face de santo, imaculado, perfeito, entre outras coisas. A salvação é, antes de tudo, iniciativa de Deus, escolha sua, decisão sua. Somente depois, é resposta do homem. A salvação depende, então, da ação primeira de Deus e da resposta do ser humano. Ela não acontece pelo simples cumprimento das normas, mas pela conversão total da pessoa a Deus. Converter-se é mudar de mentalidade, deixar a lógica do mundo e abraçar absolutamente a lógica de Deus, ser de Deus, voltado para Ele, amá-lo profundamente, reconhecendo-se pecador, imperfeito, mas capaz de tudo superar com Sua graça. O homem convertido não se apega às honras, mas a uma profunda vida de intimidade com Deus. Somente assim, tal homem dará frutos.


 


3. O discípulo deve estar preparado para o momento decisivo. Sua vida na terra não é eterna. Mudar de vida é a estrada certa, renunciar o mal e procurar cumprir a vontade do Senhor, amando-o de todo o coração. Na hora em que menos pensar, partirá desse mundo. Jesus espera que nos convertamos imediatamente. É agora o momento da mudança de mentalidade, desse largar a forma de pensar desumana do mundo e abraçar a realidade pensada por Jesus mesmo. A figueira, Israel, pelo fato de não produzir o fruto esperado foi cortada nos anos 70 d.C. E nós, estamos dando frutos?


 


4. O tempo da figueira corresponde aos anos de pregação de Jesus. O fato de ainda insistir na figueira, indica o desejo salvífico total de Deus, que chega ao absurdo de esperar por algo humanamente impossível, que é uma figueira estéril dar frutos. Mesmo que pareça absurdo, Jesus aposta na mudança de vida das pessoas. Ele se solidariza com todos e aceita a intervenção daquele agricultor (que pode ser qualquer um dos seus santos), marcando assim a grande novidade na obra da salvação, também como participação de todos. Deus “precisa” de humanos para salvar humanos. A grande questão que fica é esta: E a figueira passou a dar frutos? Quando teremos a resposta? Certamente no cotidiano de nossas vidas a resposta poderá ser encontrada.


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