CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sábado, 29 de junho de 2024

A Roman, pagan official, religiously indifferent to the people of God, manifests two important things: love for his neighbor and a faith never seen in Israel.

  





A Roman, pagan official, religiously indifferent to the people of God, manifests two important things: love for his neighbor and a faith never seen in Israel. Faced with an irreversible situation for the contextual reality of that Roman, seeing his employee suffering from paralysis, perhaps the best or one of the best employees, he makes himself available to see him cured. Such an attitude reveals a good, worthy man. Doing good does not depend on institutions, groups, movements, entities, but only on a heart that recognizes its own limitations and the needs of others. Love is universal, it is not tied to anything, it is free in minds and hearts throughout the world. It must only be exercised, put into practice continuously. In the religious world the demand is even greater. And for a disciple, even more so, because love finds its most perfect meaning in Jesus Christ. It is Christ who defines love as total self-giving for the good of another. In this sense, love is oblativity.

The second point is that of faith. That officer truly believed in Jesus Christ. The detail is that he knew of his unworthiness, of his being a sinner, which, in his view, would make it impossible for Jesus to be present in his home, as for him the Word of Jesus would be enough and the miracle would be performed. For him, the Word of Jesus was the Word of Salvation. In the way the text unfolds, it is evident that the Officer demonstrates divine recognition in Jesus Christ, that by giving orders, his will will be fulfilled. Until then, no one believed in Israel that way. That Roman surpassed expectations, the concepts of paganism and the Israeli world, the way of thinking of Greek culture and Roman politics, going beyond the scientific definitions of his time, when he simply abandoned his cause, his objective, his act of love, in the hands of Jesus. Salvation is not tied to Israel, it is not limited to human concepts of religion. There is only salvation where love, truth and life are lived, through a mature, deep faith, with total adherence to God and his work. The fullness of love and life is found in Jesus Christ, the Father's Truth for the salvation of the world. The presence of love in any person, the search for the absolute in all people, the interest in truth in the entire universe and the religious manifestation in people, all of this demonstrates that creation is the work of God's hands; that everything was created through Jesus Christ in the Holy Spirit. The seeds of the Word of the Father are present in all peoples, languages ​​and nations. This Word became flesh and through Him now all of God's work finds its fulfillment. Finding Christ, therefore, the Word of the Father made flesh, is finding God, oneself, others and nature; is finding the true meaning of existence; is to discover God's desire for his creation, especially human beings. After healing the Roman officer's servant, Jesus takes the initiative to heal Peter's mother-in-law and many others who came to Him that afternoon. Jesus' gesture reveals Him as the Servant, the One who makes himself available to the suffering, freeing them from their problems and giving them a new horizon of life. He mixes with everyone, even in the late afternoon, after a long walk, he becomes even more exhausted in serving those in need. On the other hand, his action requires a decisive response from the other. Pedro's mother-in-law, for example, once cured, gets up and starts serving too. "What you have received freely, you must freely give." Thus, we can see the continuity of the Gospel in the lives of those who encounter Jesus. The text of Mt is shorter than that of Lc 4,38-44. In Luke, others ask Jesus on behalf of Peter's mother-in-law. In Mt, Jesus touches his hand; in Luke, He leans over it. Furthermore, Luke adds the adverb “immediately”, emphasizing both the power of Jesus and the willingness of Peter’s mother-in-law to act as a disciple in serving those present. Furthermore, Luke adds information about the Messiah, based on the cry of a demoniac: “You are the Son of God”; the prohibition regarding the fact that he really is the Messiah; moving away to a deserted place; and Jesus' concern with announcing the Kingdom to other cities. Mt concludes by highlighting the reality of Jesus as a Suffering Servant. The gesture of rising up, standing up, indicates the reality of the new, resurrected man, the one who no longer lives by himself, but according to the Spirit of God. In this new condition, he becomes a reflection of the Servant, Jesus Christ, the Lord. It is as if there were no more personal plans, because from now on it is God who determines the best thing to do and the way everything will happen. Clothed with Christ through the action of the Holy Spirit, the renewed person will live in the condition of a servant, focused on the Lord and the saving good of everyone at his side and in his mission. A strong and affectionate hug.

domingo, 23 de junho de 2024

EVANGELHO TODO DIA EM NOSSAS VIDAS E NAS ORAÇÕES.

 

















Mc 4,35-41. XII Domingo do Tempo Comum, 23 de junho de 2024.

Evangelho


Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: "Vamos para a outra margem!" 36 Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava, na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37 Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38 Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: "Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?" 39 Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: "Silêncio! Cala-te!" O ventou cessou e houve uma grande calmaria. 40 Então Jesus perguntou aos discípulos: "Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?" 41 Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: "Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?" 

— Palavra da Salvação.


Reflexão


"E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas". O mar pode ser interpretado como sendo o mundo, o mal e a morte. É a realidade de quem está submerso nos escombros de uma existência sem a verdade, sem o amor e sem esperança. É o mundo dos que ainda não optaram por Deus, não descobriram a beleza e a importância de pertencer ao Senhor, de poder chamá-LO de Pai. Nesse mundo quem manda é o egoísmo, o individualismo, a superstição, o superficial, a ilusão do ter e do prazer a qualquer custo, o desejo de posse de tudo e do outro semelhante, a idolatria de si mesmo, a ansiedade, a lógica da dominação, a guerra, a fome, as pestes e a morte.  É o mundo da concorrência desumana, da exploração do outro em todos os sentidos, do faz de conta, dos terrores inconscientes, vindos à tona. No meio desse mundo existe uma barca, aparentemente perdida, solitária, à mercê das tempestades, sendo sacudida por todos os lados. Essa barca é a Igreja de Jesus Cristo, a qual deve ser para o mundo o legítimo instrumento da verdade, do amor e da esperança, da vida e da dignidade humana. Ela tem outro tipo de lógica, outra forma de encarar a realidade planetária, uma outra forma de agir com o ser humano; ela tem horizonte, tem rumo e oferece a segurança da qual o mundo não dispõe. O jeito da Igreja é o de sua Cabeça; sua lógica é a de Cristo; sua finalidade é a comunhão eterna com Deus; seu modo de ação é fundamentado no amor e na verdade; sua maior alegria é servir à semelhança do seu Esposo. A lógica da Igreja desafia o mundo.

 

"Jesus, porém, dormia". O travesseiro de madeira e o túmulo podem indicar, simultaneamente, a cruz e a morte de Jesus. Enquanto Jesus esteve na cruz e no túmulo, os seus discípulos não tiveram paz, suas mentes inquietas e sem percebepção de futuro, atormentavam-nos. Que momento difícil! Tudo parecia destruído. Quem realmente poderia salvá-los? Somente o Ressuscistado. Significa, então, que Deus, muitas vezes, parece deixar o homem caminhar sozinho, a fim de que ele perceba suas limitações e suas necessidades, conheça a si mesmo e a importância de Deus na sua vida. Pois bem, não é que o Senhor se afaste de verdade, uma vez que tudo é por Ele sustentado. Nada pode continuar existindo se Deus se afasta. O sono de Jesus permite aos Seus discípulos a grande oportunidade de confiar mais e mais no seu Senhor, de ver que com as próprias forças não dá para conduzir a barca, que a caminhada no mundo necessita da graça divina, da proteção de Deus, de Sua presença salvadora. A barca não pode ser conduzida segundo os ditames da razão humana, mas segundo a lógica de Deus. Enquanto o homem confiar em si mesmo não alcançará jamais o plano de Deus para ele. Assim é a Igreja, que não pode continuar na história, no meio do mundo, enfrentando o mal e a morte, por meio das mentes "brilhantes" de homens e mulheres inchados de orgulho e contaminados com a forma de pensar de uma razão sem Deus. Dormindo enquanto a barca é sacudida, pode significar também uma lição para toda a Igreja de que, apesar dos atropelos e desafios de todos os dias, ela precisa se manter de pé, confiante na Palavra de Deus e totalmente voltada para sua Cabeça; ela não deve se desesperar diante das perseguições, pois nela está a paz (Jesus dorme, está tranquilo), está a vida, está Aquele que tem o poder sobre todas as coisas, que pode caminhar sobre as águas, multiplicar os pães, ressuscitar os mortos, etc.

 

"Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!". Pedro estava caminhando sobre as águas quando teve medo e começou a afundar. No momento mais crítico de sua vida, ao tocar suas limitações extremas, deu o grito da necessidade mais importante: "Senhor, salva-me". Esse é o grito da Igreja que, apesar de Santa enquanto obra de Deus e pertencente a Ele, é frágil em cada um de seus membros.  Além disso, a ferocidade de Satanás e do homem sem Deus é muito incisiva contra a comunidade dos filhos de Deus. O mundo age, sem receio, sem juízo, do modo mais esdrúxulo possível contra a Igreja, procurando, de toda forma, desmoralizá-la ou até mesmo destruí-la. Tanto externa quanto internamente o mundo tem afrontado os filhos de Deus dentro de sua própria casa. A Igreja é difamada, traída por muitos dentro dela mesma, tratada como se fosse uma desgraça e uma agente de desumanização. O mundo chama de verdade o que é mentira e de mentira o que é verdade. Jesus é a Verdade, mas o mundo insiste em contradizer Seus ensinamentos, falsificando-os e ensinando-os segundo suas ilusões. Se bem que, por outro lado, muitos também usam, dentro de suas invenções religiosas, o nome de Jesus para alcançar o que pelo mesmo Jesus é condenado, como a busca desenfreada por dinheiro. A ganância em nome de Jesus é a moda das seitas, que são uma deturpação total do Evangelho. O mundo, em sua realidade pagã e religiosa deturpada, lança contra a Igreja tudo aquilo que o caracteriza, a fim de que ele seja amado, e a Igreja sofra sempre mais a indiferença de todos que necessitam da salvação de Deus. Daí brota o grito dos discípulos "Senhor, salva-nos".

 

"Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?". Na pergunta já se encontra a resposta: fraqueza na fé. Jesus pede apenas uma coisa: o dom da Fé. Não qualquer forma de expressão fiducial, mas a fé como adesão total a Ele e à sua obra. O discípulo deve ser, antes de tudo, um homem de fé. Certamente, também o homem ou a mulher do amor e da verdade, da esperança e da vida. A fé dará sentido ao porquê se deve amar, que, por sua vez, alimentará o conhecimento da verdade, que dará força na caminhada esperançosa de vida eterna. A fé permite ao discípulo de, mesmo sofrendo, não temer "os que matam o corpo", os que querem somente permanecer nas trevas, porque a única coisa que sabem fazer é viver nas dependências psicológicas adquiridas, no fosso onde são acorrentados por toda sorte de vícios. O discípulo e a discípula devem ser sinais de esperança e de transformação verdadeira para o mundo, para todos os que estão acorrentados em suas misérias. Os discípulos devem ser o aconchego da salvação, o lugar do encontro com Cristo. Eles devem mostrar ao mundo que crêem não em qualquer coisa ou em qualquer um, mas em Jesus Cristo, Deus bendito e Salvador, levando o mundo, num primeiro momento a se perguntar: "Quem são estes homens e mulheres, que nada pode interromper tamanho amor e dedicação para o nosso único bem?". Na vida de cada um, deve haver o testemunho autêntico, uma resposta clara sobre quem é Jesus.

 

Será que quem está naquela barca com Jesus não é você? Tem consciência de estar com Jesus e, muitas vezes, não está para Ele? Será que aquela barca não é sua casa, local de trabalho, ambientes de encontros, entre outros? Nesses lugares, você tem deixado Jesus dormindo enquanto você faz o que lhe interessa? Quem está acordado dentro de você: Jesus Cristo ou outra coisa qualquer ou pessoa? Sua vida interior pode ser essa barca onde você e Jesus podem estar juntos, tem certeza disso? Quando Jesus parecia dormir, o que você fez de si mesmo?


Um forte e carinhoso abraço.