CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

domingo, 2 de junho de 2024

PALAVRAS DE VIDA ETERNA, PORQUE DEUS NOS AMA E DEVEMOS AMAR SEM RESERVA

 




1. O sábado é um dia importantíssimo para Israel; é o dia da Antiga Aliança, dia do descanso (cf. Ex 34,21), o dia do Senhor. Cada judeu, portanto, deve viver esse dia voltado para a família e para Deus. Tamanha importância permitiu, aos poucos, uma escravização dos judeus ao sábado, uma forma de dependência cega e desumana. O sétimo dia da semana tornou-se um fardo muito pesado devido a tantas leis superficiais nele inseridas.

2. Jesus relativiza a interpretação legalista do sábado. A reação farisaica à atitude dos discípulos em pegar as espigas de trigo revela uma fragilidade muito grande na compreensão do DIA DO SENHOR. Ao fazer uma comparação com o que fez Davi, quando vinha de uma perseguição provocada por Saul, ao comer os pães sagrados, devidos somente aos sacerdotes (Lv 24,5-9). É evidente o ensinamento de que diante de uma necessidade extrema, suspende-se a lei, nesse caso, as prescrições do sábado. A vida é mais importante do que qualquer lei, até porque a lei existe em favor da vida, que é dom de Deus. Por sua vez, os discípulos, procedendo da forma como fizeram, dão a impressão de que estavam à vontade com Jesus, tinham uma forma de segurança capaz de permitir-lhes ousar em dia de sábado; estavam começando a vislumbrar uma mudança tremenda na forma de se entender a Lei de Deus, pondo-os na condição de homens livres.

3. O sábado deve ser o dia em que o homem vive sua condição de imagem e semelhança com Deus, mediante o exercício de sua autonomia voltada para o Senhor; é também o dia de se fazer memória à libertação do povo de Deus (Ex 20,11; Dt 5,15). Esse sentido originário está sendo estabelecido por Jesus, que se revela como o Senhor do sábado. A chave de compreensão da Lei de Deus é Jesus Cristo, única Palavra do Pai, todo ensinamento do Pai para a humanidade. Ele é a Palavra transformadora, a Mensagem salvífica, a Novidade libertadora, percebida, com mais clareza, depois de sua morte e ressurreição.


4. O Domingo da ressurreição, dia da Nova e Eterna Aliança, é a plenificação do sábado do Antigo Testamento; é o dia da glorificação de Jesus, da nova criação, da Nova Aliança, da vitória sobre a morte, o pecado e satanás; é o dia da fé da Igreja, novo povo de Deus. O sábado do Antigo Testamento cumpriu sua missão de promessa preparatória para o Domingo, dia do Senhor. O Domingo é o dia da verdadeira valorização da dignidade humana, de sua autonomia e libertação, dia da família cristã e de sua comunhão com Deus, dia da caridade e da solidariedade por excelência, o dia todo para Deus e para o bem da humanidade. Tomara Deus que o descanso devido ao dia do Senhor seja realmente vivo com intenso júbilo, encanto e disponibilidade no domingo do Ressuscitado, o Filho do Homem, o Senhor do sábado, o Vencedor ressuscitado, a nossa Lei por excelência.

5. A outra controvérsia envolvendo Jesus e os fariseus diz respeito ao homem da mão seca, caso crônico, no centro do problema, continuando a discussão sobre o sábado. Os fariseus querem testar Jesus quanto ao seu conhecimento ortodoxo do sábado. Jesus, por sua vez, conduzirá cada adversário à uma reflexão profunda que não permitirá meio termo na resposta: fazer o bem ou fazer o mal. Dois extremos, nada de neutralidade. Quando se olha a situação daquele homem, ou se faz o bem ou deixa-o no mesmo problema, o que seria mau, pois existe a possibilidade da libertação dele. Jesus insiste no bem, na vontade de libertação e age, mesmo estando na sinagoga, num dia de sábado, contra a opinião dos fariseus, a favor daquele homem necessitado.

6. Jesus sente "ira e tristeza" pelo fechamento dos fariseus, sua cegueira terrível, seu coração empedernido. O olhar de bondade de Jesus é fogo devorador nas mentes de quem age para si mesmo, é desilusão para quem não enxerga mais o bem, é terror na alma de quem vive à sombra do poder e no desejo de possuí-lo. Jesus vê o homem por dentro, sabe de suas fraquezas e desilusões, conhece sua intimidade, entende quando erra e sabe quando deseja humildemente se levantar. Jesus conhece mais do que qualquer sábio na terra as necessidades mais profundas do ser humano, pois Ele é, antes de tudo, a Palavra criadora e salvadora. Entende o outro, Jesus age para libertá-lo, perdoando-o, curando-o de suas misérias, ensinando-lhe o caminho da salvação. Isso serve, inclusive, para os fariseus hipócritas, chamados também eles para repensarem suas concepções e mudar de vida. A eles também é dada a possibilidade de enxergarem com mais precisão a verdade.

7. O fato é que Jesus perdoa, cura, relativiza sábado, combate o modo anti-humano da ação política e religiosa de Israel, revela a hipocrisia dos líderes religiosos e se apresenta como única condição de salvação para a humanidade, identificando-se com Deus. Tudo isso faz DELE o maior perigo para os que usam do poder para si mesmos (seja político, seja religioso). Daí por que querem matá-lo. As trevas não suportam a Luz, pois quem vive nas sombras, escondidos querem permanecer.

1. O sábado é um dia importantíssimo para Israel; é o dia da Antiga Aliança, dia do descanso (cf. Ex 34,21), o dia do Senhor. Cada judeu, portanto, deve viver esse dia voltado para a família e para Deus. Tamanha importância permitiu, aos poucos, uma escravização dos judeus ao sábado, uma forma de dependência cega e desumana. O sétimo dia da semana tornou-se um fardo muito pesado devido a tantas leis superficiais nele inseridas.

 

2. Jesus relativiza a interpretação legalista do sábado. A reação farisaica à atitude dos discípulos em pegar as espigas de trigo revela uma fragilidade muito grande na compreensão do DIA DO SENHOR. Ao fazer uma comparação com o que fez Davi, quando vinha de uma perseguição provocada por Saul, ao comer os pães sagrados, devidos somente aos sacerdotes (Lv 24,5-9). É evidente o ensinamento de que diante de uma necessidade extrema, suspende-se a lei, nesse caso, as prescrições do sábado. A vida é mais importante do que qualquer lei, até porque a lei existe em favor da vida, que é dom de Deus. Por sua vez, os discípulos, procedendo da forma como fizeram, dão a impressão de que estavam à vontade com Jesus, tinham uma forma de segurança capaz de permitir-lhes ousar em dia de sábado; estavam começando a vislumbrar uma mudança tremenda na forma de se entender a Lei de Deus, pondo-os na condição de homens livres.

 

3. O sábado deve ser o dia em que o homem vive sua condição de imagem e semelhança com Deus, mediante o exercício de sua autonomia voltada para o Senhor; é também o dia de se fazer memória à libertação do povo de Deus (Ex 20,11; Dt 5,15). Esse sentido originário está sendo estabelecido por Jesus, que se revela como o Senhor do sábado. A chave de compreensão da Lei de Deus é Jesus Cristo, única Palavra do Pai, todo ensinamento do Pai para a humanidade. Ele é a Palavra transformadora, a Mensagem salvífica, a Novidade libertadora, percebida, com mais clareza, depois de sua morte e ressurreição.

 

4. O Domingo da ressurreição, dia da Nova e Eterna Aliança, é a plenificação do sábado do Antigo Testamento; é o dia da glorificação de Jesus, da nova criação, da Nova Aliança, da vitória sobre a morte, o pecado e satanás; é o dia da fé da Igreja, novo povo de Deus. O sábado do Antigo Testamento cumpriu sua missão de promessa preparatória para o Domingo, dia do Senhor. O Domingo é o dia da verdadeira valorização da dignidade humana, de sua autonomia e libertação, dia da família cristã e de sua comunhão com Deus, dia da caridade e da solidariedade por excelência, o dia todo para Deus e para o bem da humanidade. Tomara Deus que o descanso devido ao dia do Senhor seja realmente vivo com intenso júbilo, encanto e disponibilidade no domingo do Ressuscitado, o Filho do Homem, o Senhor do sábado, o Vencedor ressuscitado, a nossa Lei por excelência.

 

5. A outra controvérsia envolvendo Jesus e os fariseus diz respeito ao homem da mão seca, caso crônico, no centro do problema, continuando a discussão sobre o sábado. Os fariseus querem testar Jesus quanto ao seu conhecimento ortodoxo do sábado. Jesus, por sua vez, conduzirá cada adversário à uma reflexão profunda que não permitirá meio termo na resposta: fazer o bem ou fazer o mal. Dois extremos, nada de neutralidade. Quando se olha a situação daquele homem, ou se faz o bem ou deixa-o no mesmo problema, o que seria mau, pois existe a possibilidade da libertação dele. Jesus insiste no bem, na vontade de libertação e age, mesmo estando na sinagoga, num dia de sábado, contra a opinião dos fariseus, a favor daquele homem necessitado.

 

6. Jesus sente "ira e tristeza" pelo fechamento dos fariseus, sua cegueira terrível, seu coração empedernido. O olhar de bondade de Jesus é fogo devorador nas mentes de quem age para si mesmo, é desilusão para quem não enxerga mais o bem, é terror na alma de quem vive à sombra do poder e no desejo de possuí-lo. Jesus vê o homem por dentro, sabe de suas fraquezas e desilusões, conhece sua intimidade, entende quando erra e sabe quando deseja humildemente se levantar. Jesus conhece mais do que qualquer sábio na terra as necessidades mais profundas do ser humano, pois Ele é, antes de tudo, a Palavra criadora e salvadora. Entende o outro, Jesus age para libertá-lo, perdoando-o, curando-o de suas misérias, ensinando-lhe o caminho da salvação. Isso serve, inclusive, para os fariseus hipócritas, chamados também eles para repensarem suas concepções e mudar de vida. A eles também é dada a possibilidade de enxergarem com mais precisão a verdade.

 

7. O fato é que Jesus perdoa, cura, relativiza sábado, combate o modo anti-humano da ação política e religiosa de Israel, revela a hipocrisia dos líderes religiosos e se apresenta como única condição de salvação para a humanidade, identificando-se com Deus. Tudo isso faz DELE o maior perigo para os que usam do poder para si mesmos (seja político, seja religioso). Daí por que querem matá-lo. As trevas não suportam a Luz, pois quem vive nas sombras, escondidos querem permanecer praticando seus mais escabrosos atos de desumanidade. Jesus é LUZ para a libertação de todos e a condição de uma verdadeira vida nova, pois quem a Ele se entrega, torna-se também luz.

 

Um forte e carinhoso abraço.

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