GRÊMIO PERDE MAIS UMA

Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS

Depois da derrota para o Veranópolis, Felipão não poupou críticas para o momento do Grêmio. Indignado pela fraca atuação, o técnico reconheceu que deixou o gramado antes do final da partida direto para o vestiário.



Explicações pela derrota e o motivo de sair antes

 "Eu me expulsei. Mais vergonha do que isso, é impossível passar. A equipe não apresenta nada daquilo que fazemos no treinamento. Não adianta enganar a torcida. Não tinha mais o que fazer, vim embora para o vestiário. Acabou o assuntou. Não criamos e não fizemos nada. Os adversários vem aqui e tomam conta. Do que adiantava ficar ali gritando, melhor que termine o jogo. Melhor ficar de cabeça fria para não tomar uma atitude errada. Quando se postam do meio para trás e se organizam, não conseguimos furar o bloqueio adversário. Quando vão ao ataque, fazem o gol. São coisas que acontecem no futebol e temos que trabalhar e buscar alternativas, que não estão funcionando".

Projeção de futuro e se reintegraria Edinho, Adriano e Kleber

"Não, de jeito nenhum. Vocês estão todos enganados. Esses jogadores já estavam definidos pela direção, e com participação do departamento de futebol, de que não fariam parte. Não coloquem apenas como o técnico não desejando os atletas. É do técnico, do diretor-executivo e da presidência. Está tudo definido. Não é porque perdemos para a ou b. Não os pintem de bonzinhos, que muitas vezes não são. Vamos continuar trabalhando. A ideia é ver se já mudamos para o próximo jogo. Estamos buscando um jogador de lado de campo e um atacante, mas devido nossas difuculdades financeiras, encontramos um pouco a mais de dificuldade do que outros clubes".


Douglas e o problema de criação

"Não passa apenas pelo Douglas, não vamos execrar um jogador. Se querem execrar, tem alguém que o escala. A responsabilidade é sempre do técnico, que escolhe quem inicia ou termina a partida. O técnico é o responsável. Quem faz a análise e tem a responsabilidade é o técnico". 

Motivação para continuar

"Eu me expulsei, se a torcida estava envergonhada, eu estava muito mais. Vou trabalhar, fazer o que sempre fiz. Procurar melhorar e o resto vamos ver o que acontecerá no futuro, se teremos uma situação melhor".

O vilão do momento

"Eu sou o vilão. Eu participo da ideia de reformulação com jovens, e com um projeto com o Grêmio. Acho que a responsabilidade do departamento do futebol é minha, minha área é a técnica. O departamento de futebol é com o Rui Costa e o Fábio Koff, mas o responsável sou eu que não consegui concatenar essa situações com os atletas, e ainda não dei o padrão adequado ou uma situação adequada. Espero que alguns jogadores entendam que precisam passar por algumas situações dessas para mudarem algumas atitudes".

Grupo e a respostas

"Se sentir que alguns jogadores tem alguma dificuldade com essa situação das duas derrotas, vamos fazer as trocas que necessitarmos pelo que trabalharmos. Se faz as trocas e pronto. E aí vemos se melhoramos a equipe. O momento é vergonhoso. Não tem explicação nenhuma, nenhuma palavra diz o que passamos nos últimos jogos. Tivemos uma vitória, mas as coisas não tem corrido bem".

Perspectiva de melhora

"Acredito que sim, tanto eu quanto os jogadores devem acreditar. Minha direção também. Se não for assim, temos que fazer mudanças em todas as áreas".

Como se reinventar

"Fui campeão da Copa do Brasil com o Palmeiras, fui campeão da Copa das Confederações. Queres que eu ganhe quantos campeonatos por ano? Perdi um mundial, mas 31 também perderam. Ninguém ganha quatro títulos em um ano. Então, o que o Grêmio tem que fazer? Ou continua nessa filosofia e banca esse projeto, e com uma ou outra situação para avaliarmos e avançarmos, ou mudamos o projeto. Mudamos a parte de atletas para modificarmos a planificação que não está funcionando do aspecto técnico. Ou voltaremos a jogar com oito ou nove lá atrás, mesmo no Gauchão. Do jeito que está, não iremos conseguir fazer muita coisa nesses primeiros 15,20 dias. Vamos ter que estudar isso e através da minha observação colocar em prática. Se der certo, deu. Se não der, não deu".

Dificuldade da equipe

"Interpretação, é por aí e alguns detalhes do jogo temos trabalhado. Às vezes, nos treinamentos colocamos a bola na lateral para um ponta, mas no jogo nós já colocamos a bola na área. Estamos passando com um zagueiro como ponta. Isso nos faz termos atitudes que não são as melhores. Mesmo que perca, temos que perder organizadamente. Temos que estar mais tranquilos. Tem mais dez jogos, com oito classificados. O problema é que vai acumulando e vão cobrando dos jogadores e aí cria-se um clima de coisas erradas. O jogador ouve e, às vezes, assimila. Vamos ver se a gente modifica e tenhamos uma situação melhor para o próximo jogo".

ZERO HORA