CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

VINDE FILHO DE DEUS

Mc 8,11-13
1. Jesus está diante da abertura de um povo necessitado e da rejeição dos fariseus. Para os discípulos e para o povo, Jesus realiza milagres, ensina com autoridade e expulsa os demônios; mas para os fariseus hipócritas, dá-lhes o silêncio terrivelmente severo como negação da incredulidade deles, da tentação que provocam, da manifestação de uma fé como espetáculo, da racionalidade exigente que desejam, sem nenhuma profunda interiorização da verdade que é Deus, manifestado em Jesus Cristo. Na verdade, eles não suportam Jesus como Messias de Deus e, por isso mesmo, cerram seus olhos para a presença do seu Senhor entre eles.
2. Não se pode colocar Deus nos limites traçados pelos homens. Deus não entra nos nossos esquemas, nas nossas pretensões tolas. O nosso mundo racional é cego diante de Deus, mas é, por outro lado, altamente orgulhoso, concebendo-se capaz de limitar até mesmo Deus. Os fariseus representam, nesse texto, todo o desejo de manipulação divina desejado pelo homem racional. Eles querem a prova de que Deus está realmente agindo, mesmo estando ali diante deles os milagres, os ensinamentos, o testemunho do amor realizados por Jesus. Vivem num contexto de expectativa messiânica, mas são fechados para o Messias, pois não querem perder o posto que conquistaram na história. Em outras palavras, não querem perder o lugar divino que assumiram, expulsando o próprio Deus libertador.
3. A fé é adesão da pessoa toda a Deus e a sua obra; é o total envolvimento da pessoa com o que ela ama; é o lançar-se sem medo em Deus, deixando-se conduzir por Ele; é um dom de Deus, adquirido pela escuta de sua Palavra e não da reflexão diante do mundo. A fé é DOM. Tal fé não é percebida por Jesus nos fariseus. Jesus se decepciona com eles e silencia diante da incredulidade por eles manifestada. Por causa dessa incredulidade e infidelidade juntas, esse povo tornou-se escravo da Babilônia, mas agora, agindo do mesmo modo, não está somente se tornando escravo, mas também rejeitado não por vontade de Deus, mas por escolha própria e de modo cego. Por meio de Jesus, o Pai forma seu Novo Povo, com a Nova e Eterna Aliança. É em Cristo que o Pai terá o Seu Povo.
Um forte e carinho abraço.
Pe. José Erinaldo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

EXPRESSE O SEU PENSAMENTO AQUI.