Santa Bernardete
Também
conhecida como Santa Maria Bernadete e Santa Bernadete
Soubirous. Ela nasceu no dia 7 de janeiro de 1844, em
Lourdes, na França. Era de família pobre e chegou a
trabalhar como empregada doméstica e pastora de ovelhas.
Santa
Bernadete tinha constantes visões da Virgem Maria. Em uma
delas, a Santa foi conduzida a uma fonte que curava. Ela
entrou para o Convento das Irmãs de Nevers. Lá aprendeu a
ler e a escrever. Tinha saúde frágil. Morreu no dia 16 de
abril de 1879, em Nevers, na França, enquanto orava a Maria.
Vivendo pobremente e por algum tempo empregada em tomar
conta do gado, crescia sem alguma doutrina humana, mas
em suavíssima simplicidade de costumes e admirável candura
de espírito, querida por Deus e pela Santíssima Virgem Mãe.
Maria observou a humildade de sua filha e dignou a
inocente menina , entre 11 de fevereiro a 16 de julho de
1858, de 18 aparições e de celeste colóquio.
Na
época, o bispo local, que inicialmente duvidara da versão da
inculta menina, que afirmava as aparições, pôs ela à prova e
pediu para que, na próxima aparição, perguntasse à ela qual
o seu nome. Bernardete, cumprindo o pedido do bispo,
esclareceu à Virgem a indagação do bispo, no que Nossa
Senhora respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição".
Ao retornar, o bispo ouviu estupefato a resposta da menina,
já que tratava-se de um dogma recém proclamado, o dogma da
"Imaculada Conceição" firmado há menos de quatro anos
por Pio IX (1854) que, pelas dificuldades de comunicação da
época, estava restrito ao conhecimento ainda dos setores
mais elevados da Igreja.
Nesta,
tão célebre aparição e ilustrada por Deus por tantos sinais,
pode-se notar um tríplice carisma, conferido à piedosa
jovem. Chamamo-la antes de tudo: Vidente, porque
diante de numeroso povo, arrebatada em êxtase, foi
maravilhosamente deliciada com o bondoso aspecto da Virgem.
Chamamo-la de Mensageira da Virgem ao mundo, porque
por ordem de Maria pregou penitência e oração ao povo;
pediu aos sacerdotes, que naquele lugar construísse um
Santuário; predisse a todos a glória, a santidade e os
futuros benefícios do mesmo lugar. Por fim vemos nela a
Testemunha da Verdade, porque a muitos contradizentes, com o
máximo candor de simplicidade, junto com suprema prudência
do mandamento confiado da Virgem, com admiração de todos os
eclesiásticos e de juízes seculares.
Todas
estas coisas levadas ao termo por divino impulso por uma
ignorante e inculta menina, Deus a leva longe para a solidão
de um convento, e quase desprezada pelo mundo, preparou-se
para coisas mais admiráveis, para que, pregada na cruz com
Cristo e com ele quase sepultada, atingisse profundamente na
humildade a vida interior sobrenatural e, um dia na luz da
santidade ressurgindo ao mundo, com este estábil testemunho
da santidade unisse nova glória ao Santuário de Lourdes. Por
isto, obedecendo ao chamamento de Deus, em julho de 1867 se
transferiu para Nevers, para iniciar a vida religiosa na
Casa-Mãe das Irmãs da Caridade e instrução cristã. Terminado
o noviciado no mesmo ano, fez os votos temporais e onze anos
depois os perpétuos.
Admiravelmente fulguraram nela as virtudes, mas sua alma
virgem foi principalmente adornada daquelas que mais
convinha à discípula predileta da Virgem Maria:
Humildade profunda, terníssima pureza e ardente caridade.
Provou-as e aumentou-as com as dores de uma longa
enfermidade e angústias de espírito que a atormentaram
suportando-as com suma paciência. Na mesma casa religiosa a
humildíssima virgem ficou até a morte, que depois de
recebidos os sacramentos da Igreja, invocando sua dulcíssima
Mãe Maria, descansou santamente a 16 de abril de 1879, no
trigésimo sexto ano de idade, e duodécimo de vida religiosa.
Tendo
ficado até este ponto como debaixo do alqueire da humildade,
com a morte tornou-se resplandecente a todo o mundo. No
pontificado de Pio X, em 1923, foi iniciado o processo de
sua beatificação. A 14 de julho de 1925 o Papa Pio XI lançou
o nome da serva de Deus nos fatos dos bem-aventurados. Em
contemplação aos grandes e inegáveis milagres, que Deus se
dignou operar por sua serva, a causa foi reassumida em junho
de 1926 e levada ao fim em 2 de julho de 1933.
"Os
acontecimentos que então se desenrolaram em Lourdes e cujas
proporções espirituais melhor medimos hoje, são-vos bem
conhecidos. Sabeis, caros filhos e veneráveis irmãos, em que
condições estupendas, apesar de zombarias, de dúvidas e de
oposições, a voz daquela menina, mensageira da Imaculada, se
impôs ao mundo. Sabeis a firmeza e a pureza do testemunho,
experimentado com sabedoria pela autoridade episcopal e por
ela sancionado desde 1862. Já as multidões haviam acorrido e
não têm cessado de precipitar-se para a gruta das aparições,
para a fonte milagrosa, para o santuário elevado a pedido de
Maria. É o comovente cortejo dos humildes, dos doentes e dos
aflitos; é a imponente peregrinação de milhares de fiéis de
uma diocese ou de uma nação; é a discreta diligência de uma
alma inquieta que busca a verdade... Dizíamos nós: "Jamais
num lugar da terra se viu semelhante cortejo de sofrimento,
jamais semelhante irradiação de paz, de serenidade e de
alegria!. E, poderíamos acrescentar, jamais se saberá a soma
de benefícios de que o mundo é devedor à Virgem auxiliadora!
"Ó gruta feliz, honrada pela presença da Mãe de Deus! Rocha
digna de veneração, da qual brotaram abundantes as águas
vivificadoras!" (...) Estes cem anos de culto mariano
teceram, ademais, entre a Sé de Pedro e o santuário
pirenaico laços estreitos, que nos apraz reconhecer.
A
própria virgem Maria não desejou essas aproximações? "O que
em Roma, pelo seu magistério infalível, o sumo pontífice
definia, a Virgem Imaculada Mãe de Deus, a bendita entre as
mulheres, quis, ao que parece, confïrmá-lo por sua boca,
quando pouco depois se manifestou por uma célebre aparição
na gruta de Massabielle". Certamente, a palavra infalível do
pontífice romano, intérprete autêntico da verdade revelada,
não necessitava de nenhuma confirmação celeste para se impor
à fé dos fiéis. Mas com que emoção e com que gratidão o povo
cristão e seus pastores não recolheram dos lábios de
Bernardete essa resposta vinda do céu: "Eu sou a Imaculada
Conceição"! "
(Trecho da Carta Encíclica do Papa Pio XI - durante o
centenário das aparições da SS. Virgem em Lourdes - 02 de
julho de 1957)
São Carlos Sezze, Franciscano - 25 de setembro.
Nasceu
em 1620 no povo italiano de Sezze. Um dia um bando de aves
espantou os bois que Carlos dirigia quando estava arando, e
estes arremeteram contra ele com grave perigo de matá-lo.
Quando sentiu que ia perecer no acidente, prometeu a Deus
que se fosse salvo se tornaria religioso. E milagrosamente
ficou ileso. Pediu então a uns religiosos franciscanos que o
ajudassem a entrar em sua comunidade e eles o convidaram a
que fosse a Roma para que fale com o superior da
congregação. Assim o fez junto com três companheiros mais e
após ser provados com na humildade tratando-os com muita
dureza, o superior permitiu admiti-los.
Diante
do pedido de muitas pessoas que lhe pediam incessantemente
que redigisse algumas normas para orar melhor e crescer em
santidade, o santo publicou um folhetim lhe causando
diversas dificuldades pelo que quase é expulso de sua
comunidade. Humilhado se ajoelhou diante de um crucifixo
para lhe contar suas angústias, e ouviu que Nosso Senhor lhe
dizia:
"Ânimo, que estas coisas não lhe vão impedir de entrar no
paraíso".
A
petição mais freqüente do irmão Carlos a Deus era esta:
"Senhor, me acenda em amor a Ti". E tanto a repetiu que
um dia durante a elevação da Santa hóstia na Missa, sentiu
que um raio de luz saía da Sagrada Forma e chegava a seu
coração. Ao fim os superiores se convenceram de que este
singelo religioso era um verdadeiro homem de Deus e lhe
permitiram escrever sua autobiografia e publicar dois livros
mais, um a respeito da oração e outro a respeito da
meditação.
O Papa
João XXIII o declarou santo em 1959, porque sua vida é um
exemplo de que ainda nos ofícios mais humildes e em meio de
humilhações e incompreensões podemos chegar a um alto grau
de santidade e ganhar a glória do céu.
Santa
Catarina Labouré
- Íntima da Mãe de Deus.
Catarina Labouré - que disse que viu a Virgem Maria "em
carne e osso" e que teve o privilégio de se ajoelhar a Seus
pés e descansar no Seu regaço, favor que não foi concedido a
nenhum outro vidente - nasceu durante o repicar dos sinos do
Ângelus, no dia 2 de Maio de 1806. A mãe morreu-lhe quando
tinha só nove anos de idade. Viram-na então a abraçar a
estátua da Mãe de Deus, dizendo:
"Agora Vós sereis a minha Mãe!"
E
alimentava um desejo ardente de ver Nossa Senhora. Era esse
o pedido constante nas suas orações, e ela confiava
serenamente que se realizaria.
São
Vicente de Paulo visitou-a num sonho aos dezoito anos, e foi
aceite na sua comunidade em 22 Janeiro de 1830, com a idade
de vinte e três anos. Santa Catarina considerou as aparições
de um modo adequado: não como um favor pessoal (embora em
certo sentido o tenham sido), mas como uma bênção geral para
a humanidade. Considerou-se apenas como "um instrumento"
e pediu ao seu confessor que lhe prometesse que guardaria
sigilo da sua identidade, segredo que foi guardado durante
46 anos, mesmo das próprias religiosas da sua comunidade.
Catarina foi canonizada em 1947, e por ordem do Arcebispo,
seu corpo foi exumado. Verificou-se então que seu corpo
estava perfeitamente conservado, e até os olhos ficaram
intactos.
Depositaram-no em um caixão de cristal, que pode ser visto
na imagem acima.
Santa
Catarina também tinha o dom da profecia, e uma das suas
profecias, ainda não realizada, refere-se ao grande triunfo
de Nossa Senhora:
"Oh
que maravilha será ouvir 'Maria é a Rainha do universo.'
Será um tempo de paz, gozo e bênçãos que durará por um tempo
bastante longo".
Santa Clara de Montefalco
Uma
santa italiana, Santa Clara de Montefalco, meditou
muito sobre o mistério da Santíssima Trindade. Depois de sua
morte achou-se no seu fígado três bolinhas iguais. Essas
bolinhas tinham esse particular que cada uma delas pesava
tanto quanto as três juntas. Que se pesasse uma, duas ou
três, era sempre o mesmo peso. Uma imagem impressionante da
Santíssima Trindade! Tome uma Pessoa divina: a natureza
divina está toda nela. Tome duas Pessoas divinas: ela está
toda nas duas. Tome todas as três, ela está toda nas três,
mas tanto nas três quanto em uma só, como a bolinha que não
pesava mais quando as três juntas ou quando uma só separada.
Isso
vem do fato que, diz Sto Anselmo, acrescentar Deus a Deus
nunca dá mais que um Deus, assim como somar a eternidade à
eternidade nunca dá mais que uma eternidade, como juntar uma
superfície a uma superfície sempre dá uma superfície. A
concepção da natureza divina pede que ela seja una e
indivisível; é assim impossível que ela seja multiplicada.
O
catecismo exprime essa verdade quando diz: O Pai é Deus, o
Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus; não são três deuses,
mas um só Deus em três Pessoas.
São Cura D'Ars
João
Maria Vianney ficou conhecido no mundo inteiro com o nome de
"Cura" (Vigário) d'Ars, um pequeno lugarejo da França, país
onde o santo nasceu em 1786. Morreu com 73 anos, em 1859.
Tomou-se modelo para todo cristão e um exemplo para todos os
párocos, vigários e sacerdotes. Sua festa litúrgica é
celebrada no dia 4 de agosto e, por isso, essa data é o "Dia
do Padre".
Desde
pequeno, Vianney queria ser padre. Todavia, seus problemas
eram enormes, porque era pobre e tinha grandes dificuldades
nos estudos. Quando conseguiu entrar no seminário, logo teve
de sair, pois não conseguia dar conta do Latim e de outras
matérias difíceis demais para ele, que era um simples
camponês.
Um
antigo Vigário, Pe. Balley, muito ajudou João Maria a chegar
ao sacerdócio. O bispo aceitou e finalmente João Maria pôde
ser ordenado. Ordenado sacerdote aos 29 anos, um de seus
primeiros trabalhos foi o de pároco numa pobre, esquecida e
pequena aldeia chamada Ars, ao norte da França.
Em Ars,
João Maria encontrou um povo sem religião. A igreja vivia
fechada. O pecado imperava ali. Começou, então, pelos
contatos carinhosos com seu povo, e ficava lá, na igreja,
sozinho, rezando. Já que não podia falar de Deus com o povo,
ficava lá falando do povo com Deus. Aos poucos, o povo de
Ars começou a rezar, a freqüentar a igreja e os sacramentos
da Eucaristia e da Confissão.
Padre
João Maria Vianney mudou a paróquia. De toda a França vinham
muitas pessoas para escutar suas pregações e para
confessar-se com ele. Ele passava 15, 16, 18 horas por dia
no confessionário.
Sem
milagres, sem curas, o santo "Cura d'Ars" atraia multidões
para a igreja daquele lugarejo. Permaneceu lá, como Vigário,
durante 40 anos.
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