São Pio de Pietrelcina
15 mil
pessoas peregrinaram à San Giovanni Rotondo, sul da Itália,
para assistir à cerimônia que antecedeu a exibição dos
restos mortais do Padre Pio, um dos santos mais venerados do
país, canonizado em 2002 por João Paulo II. A iniciativa
assinala o 40º aniversário da morte do Santo. Na Celebração
Eucarística presidida pelo Cardeal José Saraiva Martins, os
presentes foram convidados a “adorar em silêncio o
mistério deste Santo”. O corpo, sepultado em setembro de
1968, quatro dias depois da sua morte, foi exumado em março
passado, no santuário de San Giovanni Rotondo, por uma
comissão médica, em bom estado de conservação, sem sinal dos
famosos estigmas, que apareceram em 1911 e desapareceram
pouco antes da sua morte.
Dom
José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas
dos Santos, disse que hoje se inaugurou “um período
particularmente intenso de peregrinação”, colocando em
evidência o significado da morte e das relíquias. “Somos
convidados a compreender que aquilo que se vê não é toda a
existência”, indicou.
São Pio V - 30 de abril
O Papa
Pio V é venerado por ter unido a Europa, acabando com as
guerras internas para que todos se voltassem contra o
verdadeiro inimigo, os turcos, vencidos finalmente em 1571.
Mas é
preciso lembrar que ele implantou reformas essenciais também
dentro do cristianismo, acabando com o nepotismo na Igreja,
um mal que até hoje afeta as comunidades no âmbito político.
Também não se pode esquecer que defendeu o catolicismo com
corpo e alma, unhas e dentes, quando preciso, chegando a
excomungar a Rainha Elisabete I, da Inglaterra.
Miguel
Ghisleri nasceu em 1504, em Bosco Marengo, na província de
Alexandria e, aos quatorze anos já ingressara na congregação
dos dominicanos. Depois que se ordenou sacerdote, sua
carreira correu na Terra como um raio. Foi professor, prior
de convento, superior provincial, inquisidor em Como e
Bérgamo, bispo de Sutri e Nepi, depois cardeal, grande
inquisidor, bispo de Mondovi e, finalmente, papa, em 1566,
tomando o nome de Pio V.
Assim
que assumiu foi procurado em Roma por dezenas de parentes.
Não deu "emprego" a nenhum, afirmando ainda que um parente
do papa, se não estiver na miséria, "já está bastante rico".
Implantou ainda outras mudanças no campo pastoral, aprovadas
no Concílio de Trento: a obrigação de residência para os
bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade
de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos bispos, o
incremento das missões e a censura das publicações, para que
não contivessem material doutrinário não aprovado pela
Igreja. Depois de conseguir a união dos países católicos,
com a conseqüente vitória sobre os turcos invasores e de ter
decretado a excomunhão e deposição da própria rainha da
Inglaterra, o furacão se extinguiu. Papa Pio V morreu em
1572, sendo canonizado em 1712.
Sua
memória, antes homenageada em 5 de maio, com a reforma do
calendário litúrgico passou a ser festejada nesta data, 30
de abril.
Eusébio de Roma
Nasceu
na ilha da Sardenha, no ano 283. Depois da morte do seu pai,
em testemunho da fé em Cristo, durante a perseguição do
imperador Diocleciano, sua mãe levou-o para completar os
estudos eclesiásticos em Roma. Assim, muito jovem, Eusébio
entrou para o clero, sendo ordenado sacerdote. Aos poucos,
foi ganhando a admiração do povo cristão e do papa Júlio I,
que o consagrou bispo da diocese de Vercelli em 345.
Nessa
condição, participou do Concílio de Milão em 355, no qual os
bispos adeptos da doutrina ariana tentaram forçá-lo a votar
pela condenação do bispo de Alexandria, santo Atanásio.
Eusébio, além de discordar do arianismo considerou a votação
uma covardia, pois Atanásio, sempre um fiel guardião
da verdadeira doutrina católica, estava ausente e não podia
defender-se. Como ficou contra a condenação, ele e outros
bispos foram condenados ao exílio na Palestina.
Porém
isso não o livrou da perseguição dos hereges arianos, que
infestavam a cidade. Ao contrário, sofreu muito nas mãos
deles. Como não mudava de posição e enfrentava os desafetos
com resignação e humildade, acabou preso, tendo sido cortada
qualquer forma de comunicação sua com os demais católicos.
Na prisão, sofreu ainda vários castigos físicos. Contam os
escritos que passou, também, por um terrível suplício
psicológico.
Quando
o povo cristão tomou conhecimento do fato, ergueu-se a seu
favor. Foram tantos e tão veementes os protestos que os
hereges permitiram sua libertação. Contudo o exílio
continuou e ele foi mandado para a Capadócia, na Turquia e,
de lá, para o deserto de Tebaida, no Egito, onde foi
obrigado a permanecer até a morte do então imperador
Constantino, a quem sucedeu Juliano, o Apóstata, que deu a
liberdade a todos os bispos presos e permitiu que retomassem
as suas dioceses.
Depois
do exílio de seis anos, Eusébio foi o primeiro a participar
do Concílio de Alexandria, organizado pelo amigo, santo
Atanásio. Só então passou a evangelizar, dirigindo-se,
primeiro, a Antioquia e, depois, à Ilíria, onde os arianos,
com sua doutrina, continuavam confundindo o povo católico.
Batalhou muito combatendo todos eles.
Mais
tarde, foi para a Itália, sendo recepcionado com verdadeira
aclamação popular. Em seguida, na companhia de santo
Hilário, bispo de Poitiers, iniciou um exaustivo trabalho
pela unificação da Igreja católica na Gália, atual França.
Somente quando os objetivos estavam em vias de serem
alcançados é que ele voltou à sua diocese em Vercelli, onde
faleceu no dia 1o. de agosto de 371.
Apesar
de ser considerado mártir pela Igreja, na verdade santo
Eusébio de Vercelli não morreu em testemunho da fé, como
havia ocorrido com seu pai. Mas foram tantos os seus
sofrimentos no trabalho de difusão e defesa do cristianismo,
passando por exílios e torturas, que recebeu esse título da
Igreja, cujo mérito jamais foi contestado. Com a reforma do
calendário litúrgico de Roma, de 1969, sua festa foi marcada
para o dia 2 de agosto. Nesta data, as suas relíquias são
veneradas na catedral de Vercelli, onde foram sepultadas e
permanecem até os nossos dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
EXPRESSE O SEU PENSAMENTO AQUI.