CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

SÃO VICENTE DE PAULO



São Vicente de Paulo

UM OLHAR SOBRE O POBRE - Um pobre para os pobres
"Vicente de Paulo nasceu em 1581 no povoado de Pouy, França. Já em criança, conviveu com os pobres e experimentou as condições de sua vida. Em 1600, ordenou-se sacerdote. Muito embora por algum tempo tenha procurado fugir da pobreza de sua origem, contudo, com a orientação de diretores espirituais, sentiu em si a urgência de buscar com empenho uma santidade mais profunda. Foi então levado pela Divina Providência, através dos acontecimentos de sua vida, a assumir o firme propósito de se dedicar à salvação dos pobres.
Percebeu a grave urgência da evangelização dos pobres, quando exercia seu ministério em Gannes e, a 25 de Janeiro de 1617, em Folleville. Aqui se situa, conforme seu próprio testemunho, a origem tanto da sua vocação como da missão. Finalmente, em Agosto do mesmo ano, ao instituir, em Châtillon-les-Dombes, as "Caridades" para socorro dos enfermos carentes de todo cuidado, verificou e manifestou a íntima conexão existente entre a evangelização e o serviço dos pobres.

Evangelização e caridade

Foi na contemplação e no serviço de Cristo na pessoa dos pobres que sua experiência espiritual tomou forma gradativamente. Além disso, a visão de Cristo, enviado pelo Pai para evangelizar os pobres, tornou-se o centro tanto de sua vida como de seu trabalho apostólico.
Com a atenção voltada para as interpelações da sociedade e do seu mundo, Vicente aprendeu a interpretá-las à luz de um amor cada vez mais intenso a Deus e aos pobres, oprimidos sob o peso de todo tipo de calamidades. Desse modo, sentiu-se chamado a ir em socorro de toda espécie de misérias.
Entre diversas atividades, dedicou especial cuidado à Missão. Com efeito, para atender à evangelização dos camponeses, Vicente associou a si, por contrato passado a 17 de abril de 1625, seus primeiros companheiros, e estes, a 4 de setembro de 1626, assinaram um Ato de Associação, obrigando-se a formar uma Congregação, na qual, vivendo em comum, se dedicariam à salvação dos pobres camponeses.

Formação do clero

Enquanto se aplicavam à evangelização dos pobres, Vicente e seus companheiros chegaram à convicção de que os frutos da missão só poderiam perdurar entre o povo, se fossem tomadas providências para a formação dos sacerdotes. Iniciaram esta obra em 1628, na cidade de Beauvais, pregando, a instâncias do Bispo, retiros espirituais aos clérigos que se preparavam para as Ordens. Desse modo, estavam convictos de prover a Igreja de bons pastores.

Mobilizador de vontades

Para ir ao encontro das mais variadas necessidades, São Vicente reuniu em torno de si o maior número possível de pessoas, ricos e pobres, humildes e poderosos, empregou todos os meios para incutir-lhes o sentido do pobre como imagem privilegiada de Cristo, impelindo-os afinal a amparar direta ou indiretamente os pobres. A Comunidade das Filhas da Caridade, as Associações de Caridade, por ele fundadas, e outras delas derivadas seguiram esse voluntário e generoso devotamento e o assumiram como seu. O mesmo fizeram, até nossos dias, pessoas isoladas que conceberam o propósito de adotar esse espírito.

Missões ad gentes

Seu zelo para com os pobres tomou novo incremento com a iniciativa das Missões ad Gentes, ao enviar seus primeiros coirmãos à Ilha de Madagáscar, em 1648. Enquanto crescia como Instituto, a Congregação definiu paulatinamente sua vocação, organização e vida fraterna. Afirmou cuidadosamente sua índole secular, embora seus membros firmassem sua estabilidade nela por um voto peculiar e pela prática da pobreza, castidade e obediência. Ainda em nossos dias, estas mesmas notas constituem o patrimônio da Congregação da Missão"

 

Santa Zita - 27 de Abril

Santa Zita, nasceu no ano 1218, em Monsagrati, numa aldeia próximo a Lucca, na Itália. Filha de camponeses tementes a Deus. Sua mãe, apesar de ser uma mulher muito sofrida e totalmente analfabeta, fazia questão que Zita estudasse e para isso a incentivava dizendo que Deus teria muito orgulho dela se pusese afinco em seu estudo.
Era uma criança muito carinhosa e cada segundo livre que tinha corria para um canto isolado para rezar. Foi-lhe confiado o encargo de distribuir as esmolas cada sexta-feira. E dá seu pouco, da sua comida, das suas roupas, daquilo que possuía.
Como era muito pobre, foi trabalhar como domestica aos 12 anos de idade na casa de uma rica família. Perguntava-se sempre:
"Isto agrada ao Senhor"? ou " Isto desagrada a Jesus"?
Seu nome era Fatinelli e ele morava ao lado da Igreja local. Para Zita seu emprego era um presente divino e ela agradecia a Deus todos os dias orando logo pela manhã, quando todos da casa ainda dormiam. Também aproveitava as manhãs para ir à missa e retornava apressada para servir aos seus amos sempre de forma discreta e muito amável.
Dizem que um dia foi surpreendida enquanto socorria os necessitados. Mas no seu avental o que era alimento se converteu em flores. Foi domestica por 60 anos. Morreu no dia 27 de abril de 1278, tendo toda a família Fatinelli a quem serviu toda a vida ajoelhada a seus pés.
Foi proclamada padroeira das empregadas domésticas do mundo inteiro pelo papa Pio XII.

 

Maria Cândida da Eucaristia (1884-1949)

Nasceu no dia 16 de Janeiro de 1884, em Catanzaro (Itália), cidade para onde a família, originária de Palermo, se transferiu por um breve período de tempo devido ao trabalho do pai, Pedro Barba, que era Conselheiro do Tribunal de 1ª Instância; foi batizada com o nome de Maria Barba.
Quando a menina completou dois anos, a família retornou para a capital siciliana e ali Maria viveu a sua juventude. Aos quinze anos manifestou a sua vocação religiosa à qual seus pais, apesar de serem profundamente crentes, se opuseram com determinação. De fato, Maria teve que esperar quase vinte anos para poder realizar a sua aspiração, demonstrando, nestes anos de expectativa e de sofrimento interior, uma força de ânimo surpreendente e uma fidelidade incomum. Depois da morte de sua mãe, seguindo o conselho do Cardeal Alessandro Lualdi, entrou finalmente no Mosteiro das Carmelitas Descalças de Ragusa, a 25 de Setembro de 1919, que tinha surgido havia pouco tempo e era muito pobre. Maria Barba, sempre estimulada por uma devoção especial ao mistério eucarístico, no qual ela via o mistério da presença sacramental de Deus no mundo, e a concretização do seu amor infinito pelos homens, motivo da nossa confiança plena nas suas promessas, constrói alguns anos mais tarde um novo mosteiro, que ainda hoje existe.
O amor pela Eucaristia manifestou-se nela desde a primeira infância quando, com 10 anos, foi admitida à Primeira Comunhão e a sua maior alegria era poder comungar. Desde então, privar-se da Santa Comunhão tornou-se para ela "uma cruz pesada e angustiante".
Entrou no Carmelo a 16 de Abril de 1920, onde assumiu o nome, em certos aspectos profético, de Maria Cândida da Eucaristia. Em 17 de Abril de 1921 pronunciou a profissão simples e a solene no dia 23 de Abril de 1924. Quis "fazer companhia a Jesus no seu estado de Eucaristia quanto mais fosse possível". Prolongava as suas horas de adoração e, sobretudo, das 23 às 24 horas de cada quinta-feira, prostava-se diante do Tabernáculo em adoração. A Eucaristia polarizava verdadeiramente toda a sua vida espiritual, não tanto pelas manifestações devocionais, quanto pela incidência vital da relação da sua alma com Deus.
Seis meses depois da profissão solene, em 10 de Novembro de 1924 foi nomeada pela primeira vez Priora do seu Mosteiro: um cargo que aceitou e uma responsabilidade que desempenhou em sinal de obediência a Deus, com dedicação total e grande seriedade. Durante os três primeiros anos como Priora, revestiu também o cargo de Mestra das noviças.
Maria Cândida consagrou-se a Deus no dia 1 de Novembro de 1927. Desenvolveu plenamente o que ela mesma definia como a sua "vocação pela Eucaristia", ajudada pela espiritualidade carmelita, na qual se apoiou depois da leitura de "História de uma Alma". São muito conhecidas as páginas em que Santa Teresa do Menino Jesus descreve a sua especialíssima devoção à Eucaristia e como na Eucaristia a Santa Fundadora experimentasse o mistério fecundo da Humanidade de Cristo.
Durante os anos em que guiou o seu Mosteiro, de 1924 a 1947, infundiu na sua comunidade um profundo amor pela Regra de Santa Teresa do Menino Jesus e contribuiu de modo directo para a expansão do Carmelo Teresiano na Sicília, fundação de Siracusa, e para a reinstituição do ramo masculino da Ordem.
A partir da solenidade do Corpus Domini de 1933, Maria Cândida iniciou a escrever a sua pequena "obra-prima" de espiritualidade eucarística,
"A Eucaristia, verdadeira alegria de espiritualidade vivida".
O Senhor chamou-a a si, depois de alguns meses de sofrimentos físicos atrozes, no dia 12 de Junho de 1949, na Solenidade da Santíssima Trindade.

 

S. Pedro Julião Eymard - 2 Agosto

Nota História

Nasceu na cidade La Mure (França), no ano de 1811. Depois de ter sido ordenado sacerdote e se ter dedicado durante alguns anos à actividade apostólica, entrou na Sociedade de Maria. Exímio apóstolo do mistério eucarístico, fundou congregações de religiosos e de religiosas, para se consagrarem ao culto eucarístico, e tomou muitas e excelentes iniciativas entre as pessoas de todas as condições para promover o amor para com a santa Eucaristia. Morreu no primeiro dia de Agosto de 1868, na sua cidade natal.

ORAÇÃO

Deus de infinita bondade, que inspirastes a São Pedro Julião uma devoção admirável aos santos mistérios do Corpo e Sangue do vosso Filho, concedei-nos que, seguindo o seu exemplo, possamos saborear dignamente a suavidade deste banquete sagrado. Por Nosso Senhor. Liturgia das horas Dos escritos de São Pedro Julião, presbítero (La présence réelle, vol. I, Paris 1950, pp. 270-271 e 307-308)

A Eucaristia, sacramento da vida

A Eucaristia é a vida de todos os povos. A Eucaristia é para todos a fonte da vida. Todos se podem reunir na Igreja, sem impedimento algum, quer de raça quer de língua, para celebrar a festa sacrossanta. A Eucaristia dá-lhes a lei da vida, ou melhor, da caridade, de que este sacramento é a fonte. Deste modo ela estabelece entre eles um vínculo comum, uma certa familiaridade cristã. Todos comem o mesmo pão, todos são comensais de Jesus Cristo, que estabelece sobrenaturalmente entre eles uma certa concórdia de hábitos fraternos. Lede os Atos dos Apóstolos. Eles afirmam que a multidão dos cristãos, quer dos judeus convertidos quer dos pagãos batizados, provenientes de diversas regiões, tinham um só coração e uma só alma. Porquê? Porque eram assíduos a escutar a doutrina dos Apóstolos e perseveravam na fração do pão.
A Eucaristia é também a vida da alma e da sociedade humana, como o sol é a vida dos corpos e da face da terra. Sem o sol, a terra é estéril; ele alegra-a, adorna-a e enriquece-a; ele dá aos corpos a eficácia, a força e a beleza. Perante estes fatos admiráveis, não nos admiremos de que os pagãos o tenham venerado como o deus do mundo. Ele obedece ao Astro do dia e segue o supremo Sol, o Verbo divino, Jesus Cristo, que ilumina todos os homens que vêm a este mundo, e que, pela Eucaristia, como sacramento da vida, atua no íntimo das almas, de tal modo que transforma as famílias e as nações. Ditosa a alma fiel que encontra este tesouro escondido, que assiduamente mata a sua sede nesta fonte da vida, que come incessantemente este Pão da vida!
A comunidade dos cristãos é realmente uma família e o vínculo entre os seus membros é Jesus na Eucaristia. Ele é o pai que prepara a mesa da família. A fraternidade cristã foi promulgada na Ceia simultaneamente com a paternidade de Jesus Cristo; Ele chama aos seus Apóstolos filioli, isto é, meus filhos, e manda-lhes que se amem mutuamente como Ele os amou.
Na santa mesa todos são filhos que recebem o mesmo alimento; e por isso São Paulo conclui que eles constituem uma família e formam o mesmo corpo, porque participam do mesmo pão, que é Jesus Cristo.
Finalmente, a Eucaristia proporciona à comunidade cristã a capacidade de observar a lei do respeito e da caridade para com o próximo. Jesus Cristo manda honrar e amar os seus irmãos. É por isso que Ele próprio os assume em Si mesmo, dizendo: Tudo o que fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes; Ele dá-Se a cada um na santa comunhão.

São Pio X, Papa - 21 Agosto

O futuro Papa Santo veio ao mundo em 1835, na cidade de Risse, no Vêneto. Era de origem humilde. Foi o segundo dos dez filhos da pobre família do servidor do município e se chamou Giuseppe Sarto.
Em 1903, com a morte do Papa Leão XIII foi eleito cardeal Giuseppe Sarto para ocupar a cátedra de São Pedro. Um dos primeiros atos do novo Papa foi recorrer à constituição "Comissum nobis" a fim de terminar, de uma vez por todas, com qualquer suposto direito de qualquer poder civil para interferir em uma eleição papal, pelo veto ou outro procedimento. Mais adiante deu um passo cauteloso mas definitivo para a reconciliação entre a Igreja e o Estado, na Itália, ao praticamente suspender o "Non Expedit".
O nome Pio X se vincula geralmente, ao movimento que purgou à Igreja desse "resumo de todas as heresias", ao que alguém teve a idéia de chamar "Modernismo".
Um decreto do Santo Ofício datado de 1907, condenou certos escritores e certas idéias; muito em breve seguiu-se a carta encíclica "Pascendi dominici gregis", em que se indicavam perigosas tendências de alcance imprevisível, destacavam-se e condenavam as manifestações do modernismo em todos os campos. O modernismo na Igreja ficou praticamente aniquilado ao primeiro golpe. Já tinha conquistado bastante terreno entre os católicos e, entretanto, não foram poucos, até entre os ortodoxos, que opinaram que a condenação do Papa tinha sido excessiva e à beira de uma dissimulação obscurantista.
Em sua primeira encíclica, Pio X anunciava que sua meta primordial era a de "renovar tudo em Cristo" e, com esse propósito em mente, redigiu e aprovou seus decretos sobre o sacramento da Eucaristia. Também estabeleceu uma comissão corretora e revisora do texto Vulgata da Bíblia (este trabalho foi encomendado aos monges beneditinos) e, em 1909, fundou o Instituto Bíblico para o estudo das Escrituras e o deixou a cargo da Companhia de Jesus.
Deus tinha dado a Pio X o dom de fazer milagres, a maioria deles curas. Foi canonizado por Pio XII, em 1954, perante uma multidão que enchia a praça São Pedro. Aquele foi o primeiro Papa a ser canonizado desde Pio V
 

Santa Maria Mazzarello - 9 de maio

Nasceu no dia 9 de maio em Mornese, Itália. Sendo uma simples camponesa, pobre e ignorante, chegou a ser Fundadora da que é hoje a segunda Comunidade religiosa feminina no mundo (em relação ao número de religiosas), a Comunidade de irmãs Salessianas.
Fundou em seu povoado um "Oratório" ou escola de catecismo para meninas. Ela e suas amigas lhes ensinavam costura e outras artes caseiras, enquanto iam conseguindo que as jovens aprendessem muito bem a religião, observassem excelente comportamento em casa, fossem à missa e recebessem os sacramentos. Paralelamente, São João Bosco utilizava em Turim uma metodologia similar, mas aplicada aos varões.
O Padre Pestarino observou que em Maria Mazzarello e em suas amigas havia grande caridade para com os necessitados e um enorme amor a Deus, ademais de fortes desejos de conseguir a santidade. Então as reuniu em uma Associação Juvenil que se chamou: "De Maria Imaculada". Ele mesmo as confessava, lhes dava instrução religiosa.
No decorrer de uma viagem, o Padre Pestarino se encontrou com São João Bosco, quem neste momento se encontrava meditando sobre a possibilidade de ampliar seus ensinamentos também a meninas pobres. Pestarino contou-lhe sobre a obra que realizava junto com Santa Maria e o convidou a conhecê-la pessoalmente. Assim, no dia 7 de outubro de 1864, São João Bosco foi por primeira vez a Mornese. Dom Bosco constatou que aquelas jovens que dirigia o Padre Pestarino eram excelentes candidatas para ser religiosas, e com elas fundou a Comunidade das Filhas de Maria Auxiliadora, ou salessianas, que hoje em dia são mais de 16.000 em 75 países.
O Papa Pio IX aprovou a nova congregação, no dia 5 de agosto de 1572.
Maria Mazzarello foi superiora geral até o dia da sua morte, o 14 de maio de 1881. Seus três grandes amores foram a Eucaristia, Maria Auxiliadora e a juventude pobre, à qual educou e salvou.

Santa Aurélia ou Santa Petronilla

Nasceu em Roma no primeiro século.
Por vários séculos a história dizia que ela era filha de São Pedro e que era tão bela e como havia recusado a proposta de casamento de um rico romano pagão chamado Flaccus foi presa em uma torre, mas teria feito uma greve de fome e morreu em três dias.
Entretanto, em inscrições antigas e recentemente encontradas, ela está listada como uma mártir da forma mais tradicional da época.
Noutra versão ela seria uma servente, que trabalhava com São Pedro e uma das várias convertidas por ele e seria a sua "filha espiritual". Parece ter sido parente de Santa Domitilla e foi curada de paralisia por São Pedro.
Sua relíquias estão na Basílica de São Pedro em Roma, Itália. Sua capela tem vários trabalhos de Miguelangelo e Bramante.
Diz ainda a tradição que quando seu caixão foi aberto para o traslado, seu corpo estava incorrupto e a cabeça coberta com flores.
Na arte litúrgica da Igreja ela é mostrada sendo curada por São Pedro; 2) segurando as chaves para ele ;3) uma virgem com uma vassoura;4) ao lado de São Pedro; 5) recusando uma proposta de casamento, e 6) recusando um anel oferecido por um rei.
É a padroeira dos viajantes e dos golfinhos visto que em seu sarcófago havia um golfinho encravado nele.
Sua festa é celebrada no dia 31 de maio

 

Santa Maria Francisca das Cinco Chagas - 6 de Outubro

Nasceu em 1499. Depois de estudos feitos em Salamanca, entrou para os Frades Menores e, ordenado sacerdote, desempenhou diversos cargos na Ordem. Em 1554 obteve a licença de consagrar-se a uma observância mais estrita da Regra. Começou então, a acolher os seguidores, aos quais iniciou numa vida demais austera pobreza, jejum e penitência e de oração mais prolongada. Impulsionado pelo zelo das almas, dedicou-se com grande fruto à pregação. E com seus conselhos ajudou Santa Teresa de Ávila em sua atividade reformadora entre as Carmelitas. Deixou também obras escritas, em que narra a própria experiência ascética, baseada sobretudo na devoção para com a paixão de Cristo. Morreu no dia 18 de outubro de 1562.

ORAÇÃO

- Ó Deus, que ilustrastes São Pedro de Alcântara com os donos de admirável penitência e de altíssima contemplação, concedei, por seus méritos, que, mortificados na carne, mereçamos participar dos bens celestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

São Casemiro Rei.
Casimiro, príncipe da  Polônia e  rei eleito da  Hungria, o terceiro filho do rei Casimiro IV da Polônia e Isabel da Áustria, nasceu em 14 de outubro de  1458. Não só recebeu uma educação primorosíssima de sua santa mãe, mas teve também excelentes mestres que o introduziram  nas  ciências;    entre eles  merece  atenção o célebre Longino,  homem de grande saber e virtude.  O maior prazer de Casimiro era rezar e  estudar e  seu lugar predileto era a Igreja.  "Em parte alguma me sinto tão bem - dizia - como nos degraus  do altar. Tendo para escolher entre a casa, o jogo, a dança e outros  divertimentos,  dispenso-os  todos, se  puder ficar na Igreja".  À santa Missa assistia  Casimiro com  um recolhimento admirável.   Tendo mais idade, levantava-se   durante a noite, para fazer uma visita à Igreja;  se a achava  fechada, ficava de joelhos na porta, em profunda  adoração ao Santíssimo Sacramento.   Terníssima  era  sua devoção à Sagrada  Paixão e Morte  de  Jesus Cristo. Os olhos enchiam-se-lhe de lágrimas, todas as  vezes  que olhava  para o crucificado.  A Maria Santíssima não chamava de outro nome senão o de  "minha  querida Mãe". 
  O  hino predileto, que muitas  vezes  recitava era:  "Omni die dic Mariae", pérola  preciosíssima da literatura cristã, não da sua lavra, como muitos  pretendem que seja, mas provavelmente de  autoria de Santo Anselmo de  Canterbury.  Uma cópia deste hino  achava-se no túmulo do Santo, quando aberto em 1604. O corpo estava  perfeitamente conservado e o hino encontrou-se  debaixo da  cabeça. 
Como o amor  a  Jesus  e Maria ligava  Casimiro uma  grande  caridade aos pobres, o que  lhe valeu o título de  "pai dos pobres".  A algumas pessoas  da corte, que achava  essa  caridade  um tanto exagerada, Casimiro respondeu: "Melhor aplicação da  nobreza um príncipe não pode fazer, senão servindo aos pobres. Quanto a mim,  maior honra não aspiro, que fazer-me servo do mais pobre". 
 O desprezo que tinha  pelas honras e grandezas do mundo é  bem caracterizada pelo modo porque se  houve na campanha contra  Matias, rei da Hungria. Matias  tinha perdido o trono, e representantes  da nação húngara ofereceram a  Casimiro a  coroa de Santo Estevão. O pai apoiava fortemente  o pedido dos  embaixadores e  determinou ao filho, que contava apenas 13 anos, que com força armada entrasse  na Hungria, onde  Matias o aguardava  com poderoso exército, esperando a entrada do jovem príncipe.  Nesse meio tempo, como o povo declarou-se novamente  a favor de Matias  para  que retornasse,   o Papa Sixto IV também  manifestou a intenção de vê-lo  de volta ao trono.  Em consideração a estes fatos,  Casimiro retirou-se para o castelo de  Dobzki, onde passou  uns meses  às práticas  da mais austera penitência.  Um segundo convite de  políticos  húngaros não mais  foi tomado em consideração, e o desejo do santo de  alcançar a  coroa  da glória eterna aumentou consideravelmente. 
Apesar de  rodeada de todo o conforto, a vida se  São Casimiro foi acompanhada de um espírito de  penitência que não é comum entre os homens. Extremamente rigoroso consigo, Casimiro trazia  sempre um cilício para  castigar o corpo e cada  semana dedicava uns dias ao jejum. Os dias de  jejum e abstinência  por mandamento da Igreja eram observados  com toda a pontualidade, mesmo na doença. Ao sono eram reservadas poucas horas e, embora lhe tivesse  à disposição  um leito que em comodidade nada deixava a desejar, Casimiro escolhia de  preferência o chão para o repouso do corpo. 
A prática de  todas estas virtudes mereceram ao  príncipe a fama de grande Santo. Entre as  virtudes  que lhe adornavam o coração, foi a  da  santa pureza que Casimiro exercia com especial  esmero, e à qual se  obrigou   por um voto. É  admirável que o jovem príncipe pudesse chegar a um grau tão elevado, principalmente nesta virtude, quando se via, dia por dia, rodeado de perigos e seduções.  A chave  deste segredo   estava na recepção dos Sacramentos, na devoção à Santíssima Virgem, na mortificação constante do corpo e na fuga das más ocasiões. Em sua presença ninguém ousava proferir palavra que ofendesse a moral. Quando contava  24 anos, lhe apareceram no organismo todos os sintomas da tuberculose. Os médicos vendo  já esgotados todos os recursos  da ciência, deram ao príncipe,  como última  esperança de salvar a  vida, o conselho de  se casar. Casimiro, mal tinha ouvido esta proposta, declarou: "Antes prefiro morrer;  e se tivesse de perder mil vidas, todas perderia, para guardar a  castidade  virginal". Por um favor especial de  Deus,  Casimiro soube o dia de sua morte, para ela  se preparou com muito  fervor. As últimas  palavras que disse, foram, depois de ter beijado o Crucifixo: "Em vossas  mãos, ó Jesus,  entrego o meu espírito". 
 Casimiro  morreu  em 1484, sendo sua  festa celebrada no dia 04 de março.  São Casimiro goza de  grande veneração na Polônia, onde sua festa  é comemorada com oitava. 
 Reflexões:
As  devoções  prediletas de São Casimiro eram a Sagrada Paixão e morte de  Nosso Senhor  e  a  devoção a Maria  Santíssima.  Nestas devoções estava o segredo, porque  tão ciosamente guardava a  virtude da pureza. Procurava  a  morte  a  macular esta virtude.  Quem tem  amor  a   Jesus  e Maria, deve  igualmente amar a virtude  angélica, que é a  predileta da Mãe de  Deus e de seu  Filho. Se queres  adiantar-te  neste santo amor, cultiva em teu coração a Sagrada Paixão e  Morte de  Jesus Cristo.  Durante a quaresma, devias  fazer uma leitura quotidiana de  um ou outro trecho da Sagrada Paixão. Quanto mais teu espírito penetrar neste mistério de  amor, tanto mais  em  tua alma se acentuará o desejo de servir unicamente a Deus, que tanto te amou.                                  
Sobre incorrupção do corpo
Passados 120 anos de seu enterro,   ao abrir-se seu sepulcro,  encontrou-se seu corpo incorrupto, como se  estivesse recém enterrado. Nem sequer seus vestidos haviam deteriorado-se,  considerando-se  ainda que o sítio  onde encontrava-se seu sepulcro era extremamente úmido. Sobre seu peito foi encontrada uma poesia à Santíssima Virgem, que  mandou que colocassem sobre seu cadáver no dia de seu enterro.

Santa Catarina de Bolonha.
Santa Catarina é também conhecida como Catarina de Virgi ou Vigni.  Nasceu em 8 de setembro de 1413 em Bolonha, Itália, sendo ela filha de um diplomata a  serviço do marquês de Ferrara. Diz a tradição que seu pai recebera em visões o anúncio do nascimento da filha.  Quando completou 11 anos de idade,  foi escolhida para ser a dama de companhia da recém casada  filha do marquês, compartilhando com ela  o seu aprimoramento educacional.  Isso durou até completar 14 anos, idade em que decidiu abandonar a corte para abraçar a vida religiosa.  Ingressou na Ordem Franciscana como Irmã das Clarissas Pobres, onde obteve sucessivos progressos espirituais e admiração por ser fiel cumpridora dos preceitos de Deus e da Igreja. Por sua conduta exemplaríssima  tornou-se uma das grandes santas da Idade Média.   Através da intercessão do Papa Nicolau V foi erigida  uma clausura no convento das Clarissas em Ferrara, onde Catarina foi eleita Madre Superiora.   Gozava de grande reputação pela vida austera e piedosa,  não só diante da comunidade, mas do próprio Papa Nicolau V. Foi também responsável pelo estabelecimento de  um convento de Clarissas Pobres em 1456, na cidade de Bolonha,  onde assumiu o cargo de Abadessa.
  Mística, profetisa e visionária, glorificava a Deus operando grandes milagres em Seu nome. Também era pintora e decifrava manuscritos como que  iluminada por um anjo. Conta-se que num dia de Natal recebeu uma  visão de Jesus nos braços de Maria.  Desta visão que teve,  Catarina pintou em um quadro que se encontra atualmente no Museu do Vaticano.
Faleceu em 9 de março de 1463 em Bolonha, Itália e foi enterrada sem caixão e não foi embalsamada. Após  dezoito dias depois,  decidiram exumar seu corpo devido a inúmeros  milagres que ocorriam junto de sua tumba, bem como pelo odor de perfume que exalava constantemente de seu túmulo, ocasião em que seu corpo foi encontrado incorrupto. Diante disso foi chamado o doutor Maestro Giovanni Marcanova,  que examinou o corpo e não pode explicar o fato. Assim,  decidiram vestir seu corpo com novo hábito  e o colocaram em uma cadeira, sentado,  junto a uma capela especial, mantendo-se incorrupto até hoje, portanto, por mais de 540 anos.  Nas últimas décadas,  foram e ainda são realizadas a cada dois anos, radiografias da coluna vertebral e as análises até o momento comprovam que não houve deterioração ou desvio da coluna,   que se mantém perfeitamente ereta  como a de uma pessoa adulta,  sustentando o corpo e a cabeça. O que se observa apenas é a mudança da coloração da pele, que hoje apresenta-se na cor marrom.
A arte litúrgica a apresenta como uma Clarissa pobre carregando o Menino Jesus ou em um trono com um livro em uma das mãos e na  outra uma cruz,  aludindo a imagem que se vê em seu corpo incorrupto.  Escreveu um livro intitulado:  “ Tratado em armas espirituais” e “Revelações”.
Foi canonizada em 22 de maio de 1712 pelo Papa Clemente  XI e é padroeira da Academia de arte de Bolonha, dos pintores e das artes liberais.

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