São Vicente de Paulo
UM OLHAR SOBRE O POBRE - Um pobre para os pobres
"Vicente de Paulo nasceu em 1581 no povoado de Pouy, França.
Já em criança, conviveu com os pobres e experimentou as
condições de sua vida. Em 1600, ordenou-se sacerdote. Muito
embora por algum tempo tenha procurado fugir da pobreza de
sua origem, contudo, com a orientação de diretores
espirituais, sentiu em si a urgência de buscar com empenho
uma santidade mais profunda. Foi então levado pela Divina
Providência, através dos acontecimentos de sua vida, a
assumir o firme propósito de se dedicar à salvação dos
pobres.
Percebeu a grave urgência da evangelização dos pobres,
quando exercia seu ministério em Gannes e, a 25 de Janeiro
de 1617, em Folleville. Aqui se situa, conforme seu próprio
testemunho, a origem tanto da sua vocação como da missão.
Finalmente, em Agosto do mesmo ano, ao instituir, em
Châtillon-les-Dombes, as "Caridades" para socorro dos
enfermos carentes de todo cuidado, verificou e manifestou a
íntima conexão existente entre a evangelização e o serviço
dos pobres.
Evangelização e caridade
Foi na
contemplação e no serviço de Cristo na pessoa dos pobres que
sua experiência espiritual tomou forma gradativamente. Além
disso, a visão de Cristo, enviado pelo Pai para evangelizar
os pobres, tornou-se o centro tanto de sua vida como de seu
trabalho apostólico.
Com a
atenção voltada para as interpelações da sociedade e do seu
mundo, Vicente aprendeu a interpretá-las à luz de um amor
cada vez mais intenso a Deus e aos pobres, oprimidos sob o
peso de todo tipo de calamidades. Desse modo, sentiu-se
chamado a ir em socorro de toda espécie de misérias.
Entre
diversas atividades, dedicou especial cuidado à Missão. Com
efeito, para atender à evangelização dos camponeses, Vicente
associou a si, por contrato passado a 17 de abril de 1625,
seus primeiros companheiros, e estes, a 4 de setembro de
1626, assinaram um Ato de Associação, obrigando-se a formar
uma Congregação, na qual, vivendo em comum, se dedicariam à
salvação dos pobres camponeses.
Formação do clero
Enquanto se aplicavam à evangelização dos pobres, Vicente e
seus companheiros chegaram à convicção de que os frutos da
missão só poderiam perdurar entre o povo, se fossem tomadas
providências para a formação dos sacerdotes. Iniciaram esta
obra em 1628, na cidade de Beauvais, pregando, a instâncias
do Bispo, retiros espirituais aos clérigos que se preparavam
para as Ordens. Desse modo, estavam convictos de prover a
Igreja de bons pastores.
Mobilizador de vontades
Para
ir ao encontro das mais variadas necessidades, São Vicente
reuniu em torno de si o maior número possível de pessoas,
ricos e pobres, humildes e poderosos, empregou todos os
meios para incutir-lhes o sentido do pobre como imagem
privilegiada de Cristo, impelindo-os afinal a amparar direta
ou indiretamente os pobres. A Comunidade das Filhas da
Caridade, as Associações de Caridade, por ele fundadas, e
outras delas derivadas seguiram esse voluntário e generoso
devotamento e o assumiram como seu. O mesmo fizeram, até
nossos dias, pessoas isoladas que conceberam o propósito de
adotar esse espírito.
Missões ad gentes
Seu
zelo para com os pobres tomou novo incremento com a
iniciativa das Missões ad Gentes, ao enviar seus primeiros
coirmãos à Ilha de Madagáscar, em 1648. Enquanto crescia
como Instituto, a Congregação definiu paulatinamente sua
vocação, organização e vida fraterna. Afirmou cuidadosamente
sua índole secular, embora seus membros firmassem sua
estabilidade nela por um voto peculiar e pela prática da
pobreza, castidade e obediência. Ainda em nossos dias, estas
mesmas notas constituem o patrimônio da Congregação da
Missão"
Santa Zita - 27 de Abril
Santa
Zita, nasceu no ano 1218, em Monsagrati, numa aldeia próximo
a Lucca, na Itália. Filha de camponeses tementes a Deus. Sua
mãe, apesar de ser uma mulher muito sofrida e totalmente
analfabeta, fazia questão que Zita estudasse e para isso a
incentivava dizendo que Deus teria muito orgulho dela se
pusese afinco em seu estudo.
Era
uma criança muito carinhosa e cada segundo livre que tinha
corria para um canto isolado para rezar. Foi-lhe confiado o
encargo de distribuir as esmolas cada sexta-feira. E dá seu
pouco, da sua comida, das suas roupas, daquilo que possuía.
Como
era muito pobre, foi trabalhar como domestica aos 12 anos de
idade na casa de uma rica família. Perguntava-se sempre:
"Isto
agrada ao Senhor"? ou " Isto desagrada a Jesus"?
Seu
nome era Fatinelli e ele morava ao lado da Igreja local.
Para Zita seu emprego era um presente divino e ela agradecia
a Deus todos os dias orando logo pela manhã, quando todos da
casa ainda dormiam. Também aproveitava as manhãs para ir à
missa e retornava apressada para servir aos seus amos sempre
de forma discreta e muito amável.
Dizem
que um dia foi surpreendida enquanto socorria os
necessitados. Mas no seu avental o que era alimento se
converteu em flores. Foi domestica por 60 anos. Morreu no
dia 27 de abril de 1278, tendo toda a família Fatinelli a
quem serviu toda a vida ajoelhada a seus pés.
Foi
proclamada padroeira das empregadas domésticas do mundo
inteiro pelo papa Pio XII.
Maria Cândida da Eucaristia (1884-1949)
Nasceu
no dia 16 de Janeiro de 1884, em Catanzaro (Itália), cidade
para onde a família, originária de Palermo, se transferiu
por um breve período de tempo devido ao trabalho do pai,
Pedro Barba, que era Conselheiro do Tribunal de 1ª
Instância; foi batizada com o nome de Maria Barba.
Quando
a menina completou dois anos, a família retornou para a
capital siciliana e ali Maria viveu a sua juventude. Aos
quinze anos manifestou a sua vocação religiosa à qual seus
pais, apesar de serem profundamente crentes, se opuseram com
determinação. De fato, Maria teve que esperar quase vinte
anos para poder realizar a sua aspiração, demonstrando,
nestes anos de expectativa e de sofrimento interior, uma
força de ânimo surpreendente e uma fidelidade incomum.
Depois da morte de sua mãe, seguindo o conselho do Cardeal
Alessandro Lualdi, entrou finalmente no Mosteiro das
Carmelitas Descalças de Ragusa, a 25 de Setembro de 1919,
que tinha surgido havia pouco tempo e era muito pobre. Maria
Barba, sempre estimulada por uma devoção especial ao
mistério eucarístico, no qual ela via o mistério da presença
sacramental de Deus no mundo, e a concretização do seu amor
infinito pelos homens, motivo da nossa confiança plena nas
suas promessas, constrói alguns anos mais tarde um novo
mosteiro, que ainda hoje existe.
O amor
pela Eucaristia manifestou-se nela desde a primeira infância
quando, com 10 anos, foi admitida à Primeira Comunhão e a
sua maior alegria era poder comungar. Desde então, privar-se
da Santa Comunhão tornou-se para ela
"uma cruz pesada e angustiante".
Entrou
no Carmelo a 16 de Abril de 1920, onde assumiu o nome, em
certos aspectos profético, de Maria Cândida da Eucaristia.
Em 17 de Abril de 1921 pronunciou a profissão simples e a
solene no dia 23 de Abril de 1924. Quis "fazer companhia a
Jesus no seu estado de Eucaristia quanto mais fosse
possível". Prolongava as suas horas de adoração e,
sobretudo, das 23 às 24 horas de cada quinta-feira,
prostava-se diante do Tabernáculo em adoração. A Eucaristia
polarizava verdadeiramente toda a sua vida espiritual, não
tanto pelas manifestações devocionais, quanto pela
incidência vital da relação da sua alma com Deus.
Seis
meses depois da profissão solene, em 10 de Novembro de 1924
foi nomeada pela primeira vez Priora do seu Mosteiro: um
cargo que aceitou e uma responsabilidade que desempenhou em
sinal de obediência a Deus, com dedicação total e grande
seriedade. Durante os três primeiros anos como Priora,
revestiu também o cargo de Mestra das noviças.
Maria
Cândida consagrou-se a Deus no dia 1 de Novembro de 1927.
Desenvolveu plenamente o que ela mesma definia como a sua
"vocação pela Eucaristia",
ajudada pela espiritualidade carmelita, na qual se apoiou
depois da leitura de "História de uma
Alma". São muito conhecidas as páginas em que Santa
Teresa do Menino Jesus descreve a sua especialíssima devoção
à Eucaristia e como na Eucaristia a Santa Fundadora
experimentasse o mistério fecundo da Humanidade de Cristo.
Durante os anos em que guiou o seu Mosteiro, de 1924 a 1947,
infundiu na sua comunidade um profundo amor pela Regra de
Santa Teresa do Menino Jesus e contribuiu de modo directo
para a expansão do Carmelo Teresiano na Sicília, fundação de
Siracusa, e para a reinstituição do ramo masculino da Ordem.
A
partir da solenidade do Corpus Domini de 1933, Maria Cândida
iniciou a escrever a sua pequena "obra-prima" de
espiritualidade eucarística,
"A
Eucaristia, verdadeira alegria de espiritualidade vivida".
O
Senhor chamou-a a si, depois de alguns meses de sofrimentos
físicos atrozes, no dia 12 de Junho de 1949, na Solenidade
da Santíssima Trindade.
S. Pedro Julião Eymard - 2 Agosto
Nota História
Nasceu
na cidade La Mure (França), no ano de 1811. Depois de ter
sido ordenado sacerdote e se ter dedicado durante alguns
anos à actividade apostólica, entrou na Sociedade de Maria.
Exímio apóstolo do mistério eucarístico, fundou congregações
de religiosos e de religiosas, para se consagrarem ao culto
eucarístico, e tomou muitas e excelentes iniciativas entre
as pessoas de todas as condições para promover o amor para
com a santa Eucaristia. Morreu no primeiro dia de Agosto de
1868, na sua cidade natal.
ORAÇÃO
Deus
de infinita bondade, que inspirastes a São Pedro Julião uma
devoção admirável aos santos mistérios do Corpo e Sangue do
vosso Filho, concedei-nos que, seguindo o seu exemplo,
possamos saborear dignamente a suavidade deste banquete
sagrado. Por Nosso Senhor. Liturgia das horas Dos escritos
de São Pedro Julião, presbítero (La présence réelle, vol. I,
Paris 1950, pp. 270-271 e 307-308)
A Eucaristia, sacramento da vida
A
Eucaristia é a vida de todos os povos. A Eucaristia é para
todos a fonte da vida. Todos se podem reunir na Igreja, sem
impedimento algum, quer de raça quer de língua, para
celebrar a festa sacrossanta. A Eucaristia dá-lhes a lei da
vida, ou melhor, da caridade, de que este sacramento é a
fonte. Deste modo ela estabelece entre eles um vínculo
comum, uma certa familiaridade cristã. Todos comem o mesmo
pão, todos são comensais de Jesus Cristo, que estabelece
sobrenaturalmente entre eles uma certa concórdia de hábitos
fraternos. Lede os Atos dos Apóstolos. Eles afirmam que a
multidão dos cristãos, quer dos judeus convertidos quer dos
pagãos batizados, provenientes de diversas regiões, tinham
um só coração e uma só alma. Porquê? Porque eram assíduos a
escutar a doutrina dos Apóstolos e perseveravam na fração do
pão.
A
Eucaristia é também a vida da alma e da sociedade humana,
como o sol é a vida dos corpos e da face da terra. Sem o
sol, a terra é estéril; ele alegra-a, adorna-a e
enriquece-a; ele dá aos corpos a eficácia, a força e a
beleza. Perante estes fatos admiráveis, não nos admiremos de
que os pagãos o tenham venerado como o deus do mundo. Ele
obedece ao Astro do dia e segue o supremo Sol, o Verbo
divino, Jesus Cristo, que ilumina todos os homens que vêm a
este mundo, e que, pela Eucaristia, como sacramento da vida,
atua no íntimo das almas, de tal modo que transforma as
famílias e as nações. Ditosa a alma fiel que encontra este
tesouro escondido, que assiduamente mata a sua sede nesta
fonte da vida, que come incessantemente este Pão da vida!
A
comunidade dos cristãos é realmente uma família e o vínculo
entre os seus membros é Jesus na Eucaristia. Ele é o pai que
prepara a mesa da família. A fraternidade cristã foi
promulgada na Ceia simultaneamente com a paternidade de
Jesus Cristo; Ele chama aos seus Apóstolos filioli, isto é,
meus filhos, e manda-lhes que se amem mutuamente como Ele os
amou.
Na
santa mesa todos são filhos que recebem o mesmo alimento; e
por isso São Paulo conclui que eles constituem uma família e
formam o mesmo corpo, porque participam do mesmo pão, que é
Jesus Cristo.
Finalmente, a Eucaristia proporciona à comunidade cristã a
capacidade de observar a lei do respeito e da caridade para
com o próximo. Jesus Cristo manda honrar e amar os seus
irmãos. É por isso que Ele próprio os assume em Si mesmo,
dizendo: Tudo o que fizestes a um dos meus irmãos mais
pequeninos, a Mim o fizestes; Ele dá-Se a cada um na santa
comunhão.
São Pio X, Papa - 21 Agosto
O
futuro Papa Santo veio ao mundo em 1835, na cidade de Risse,
no Vêneto. Era de origem humilde. Foi o segundo dos dez
filhos da pobre família do servidor do município e se chamou
Giuseppe Sarto.
Em
1903, com a morte do Papa Leão XIII foi eleito cardeal
Giuseppe Sarto para ocupar a cátedra de São Pedro. Um dos
primeiros atos do novo Papa foi recorrer à constituição
"Comissum nobis" a fim de
terminar, de uma vez por todas, com qualquer suposto direito
de qualquer poder civil para interferir em uma eleição papal,
pelo veto ou outro procedimento. Mais adiante deu um passo
cauteloso mas definitivo para a reconciliação entre a Igreja
e o Estado, na Itália, ao praticamente suspender o
"Non Expedit".
O nome
Pio X se vincula geralmente, ao movimento que purgou à
Igreja desse "resumo de todas as
heresias", ao que alguém teve a idéia de chamar
"Modernismo".
Um
decreto do Santo Ofício datado de 1907, condenou certos
escritores e certas idéias; muito em breve seguiu-se a carta
encíclica "Pascendi dominici gregis",
em que se indicavam perigosas tendências de alcance
imprevisível, destacavam-se e condenavam as manifestações do
modernismo em todos os campos. O modernismo na Igreja ficou
praticamente aniquilado ao primeiro golpe. Já tinha
conquistado bastante terreno entre os católicos e,
entretanto, não foram poucos, até entre os ortodoxos, que
opinaram que a condenação do Papa tinha sido excessiva e à
beira de uma dissimulação obscurantista.
Em sua
primeira encíclica, Pio X anunciava que sua meta primordial
era a de "renovar tudo em Cristo"
e, com esse propósito em mente, redigiu e aprovou seus
decretos sobre o sacramento da Eucaristia. Também
estabeleceu uma comissão corretora e revisora do texto
Vulgata da Bíblia (este trabalho foi encomendado aos monges
beneditinos) e, em 1909, fundou o Instituto Bíblico para o
estudo das Escrituras e o deixou a cargo da Companhia de
Jesus.
Deus
tinha dado a Pio X o dom de fazer milagres, a maioria deles
curas. Foi canonizado por Pio XII, em 1954, perante uma
multidão que enchia a praça São Pedro. Aquele foi o primeiro
Papa a ser canonizado desde Pio V
Santa Maria Mazzarello - 9 de maio
Nasceu
no dia 9 de maio em Mornese, Itália. Sendo uma simples
camponesa, pobre e ignorante, chegou a ser Fundadora da que
é hoje a segunda Comunidade religiosa feminina no mundo (em
relação ao número de religiosas), a Comunidade de irmãs
Salessianas.
Fundou
em seu povoado um "Oratório"
ou escola de catecismo para meninas. Ela e suas amigas lhes
ensinavam costura e outras artes caseiras, enquanto iam
conseguindo que as jovens aprendessem muito bem a religião,
observassem excelente comportamento em casa, fossem à missa
e recebessem os sacramentos. Paralelamente, São João Bosco
utilizava em Turim uma metodologia similar, mas aplicada aos
varões.
O
Padre Pestarino observou que em Maria Mazzarello e em suas
amigas havia grande caridade para com os necessitados e um
enorme amor a Deus, ademais de fortes desejos de conseguir a
santidade. Então as reuniu em uma Associação Juvenil que se
chamou: "De Maria Imaculada".
Ele mesmo as confessava, lhes dava instrução religiosa.
No
decorrer de uma viagem, o Padre Pestarino se encontrou com
São João Bosco, quem neste momento se encontrava meditando
sobre a possibilidade de ampliar seus ensinamentos também a
meninas pobres. Pestarino contou-lhe sobre a obra que
realizava junto com Santa Maria e o convidou a conhecê-la
pessoalmente. Assim, no dia 7 de outubro de 1864, São João
Bosco foi por primeira vez a Mornese. Dom Bosco constatou
que aquelas jovens que dirigia o Padre Pestarino eram
excelentes candidatas para ser religiosas, e com elas fundou
a Comunidade das Filhas de Maria Auxiliadora, ou salessianas,
que hoje em dia são mais de 16.000 em 75 países.
O Papa
Pio IX aprovou a nova congregação, no dia 5 de agosto de
1572.
Maria
Mazzarello foi superiora geral até o dia da sua morte, o 14
de maio de 1881. Seus três grandes amores foram a
Eucaristia, Maria Auxiliadora e a juventude pobre, à qual
educou e salvou.
Santa Aurélia ou Santa Petronilla
Nasceu
em Roma no primeiro século.
Por
vários séculos a história dizia que ela era filha de São
Pedro e que era tão bela e como havia recusado a proposta de
casamento de um rico romano pagão chamado Flaccus foi presa
em uma torre, mas teria feito uma greve de fome e morreu em
três dias.
Entretanto, em inscrições antigas e recentemente
encontradas, ela está listada como uma mártir da forma mais
tradicional da época.
Noutra
versão ela seria uma servente, que trabalhava com São Pedro
e uma das várias convertidas por ele e seria a sua
"filha espiritual". Parece ter sido parente de Santa
Domitilla e foi curada de paralisia por São Pedro.
Sua
relíquias estão na Basílica de São Pedro em Roma, Itália.
Sua capela tem vários trabalhos de Miguelangelo e Bramante.
Diz
ainda a tradição que quando seu caixão foi aberto para o
traslado, seu corpo estava incorrupto e a cabeça coberta com
flores.
Na
arte litúrgica da Igreja ela é mostrada sendo curada por São
Pedro; 2) segurando as chaves para ele ;3) uma virgem com
uma vassoura;4) ao lado de São Pedro; 5) recusando uma
proposta de casamento, e 6) recusando um anel oferecido por
um rei.
É a
padroeira dos viajantes e dos golfinhos visto que em seu
sarcófago havia um golfinho encravado nele.
Sua
festa é celebrada no dia 31 de maio
Santa Maria Francisca das Cinco Chagas - 6 de Outubro
Nasceu
em 1499. Depois de estudos feitos em Salamanca, entrou para
os Frades Menores e, ordenado sacerdote, desempenhou
diversos cargos na Ordem. Em 1554 obteve a licença de
consagrar-se a uma observância mais estrita da Regra.
Começou então, a acolher os seguidores, aos quais iniciou
numa vida demais austera pobreza, jejum e penitência e de
oração mais prolongada. Impulsionado pelo zelo das almas,
dedicou-se com grande fruto à pregação. E com seus conselhos
ajudou Santa Teresa de Ávila em sua atividade reformadora
entre as Carmelitas. Deixou também obras escritas, em que
narra a própria experiência ascética, baseada sobretudo na
devoção para com a paixão de Cristo. Morreu no dia 18 de
outubro de 1562.
ORAÇÃO
- Ó
Deus, que ilustrastes São Pedro de Alcântara com os donos de
admirável penitência e de altíssima contemplação, concedei,
por seus méritos, que, mortificados na carne, mereçamos
participar dos bens celestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
São
Casemiro Rei.
Casimiro,
príncipe da Polônia e rei eleito da Hungria, o terceiro
filho do rei Casimiro IV da Polônia e Isabel da Áustria,
nasceu em 14 de outubro de 1458. Não só recebeu uma
educação primorosíssima de sua santa mãe, mas teve também
excelentes mestres que o introduziram nas ciências;
entre eles merece atenção o célebre Longino, homem de
grande saber e virtude. O maior prazer de Casimiro era
rezar e estudar e seu lugar predileto era a Igreja. "Em
parte alguma me sinto tão bem - dizia - como nos degraus do
altar. Tendo para escolher entre a casa, o jogo, a dança e
outros divertimentos, dispenso-os todos, se puder ficar
na Igreja". À santa Missa assistia Casimiro com um
recolhimento admirável. Tendo mais idade, levantava-se
durante a noite, para fazer uma visita à Igreja; se a
achava fechada, ficava de joelhos na porta, em profunda
adoração ao Santíssimo Sacramento. Terníssima era sua
devoção à Sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo. Os
olhos enchiam-se-lhe de lágrimas, todas as vezes que
olhava para o crucificado. A Maria Santíssima não chamava
de outro nome senão o de "minha querida Mãe".
O hino
predileto, que muitas vezes recitava era: "Omni die dic
Mariae", pérola preciosíssima da literatura cristã, não da
sua lavra, como muitos pretendem que seja, mas
provavelmente de autoria de Santo Anselmo de Canterbury.
Uma cópia deste hino achava-se no túmulo do Santo, quando
aberto em 1604. O corpo estava perfeitamente conservado e o
hino encontrou-se debaixo da cabeça.
Como o
amor a Jesus e Maria ligava Casimiro uma grande
caridade aos pobres, o que lhe valeu o título de "pai dos
pobres". A algumas pessoas da corte, que achava essa
caridade um tanto exagerada, Casimiro respondeu: "Melhor
aplicação da nobreza um príncipe não pode fazer, senão
servindo aos pobres. Quanto a mim, maior honra não aspiro,
que fazer-me servo do mais pobre".
O
desprezo que tinha pelas honras e grandezas do mundo é bem
caracterizada pelo modo porque se houve na campanha contra
Matias, rei da Hungria. Matias tinha perdido o trono, e
representantes da nação húngara ofereceram a Casimiro a
coroa de Santo Estevão. O pai apoiava fortemente o pedido
dos embaixadores e determinou ao filho, que contava apenas
13 anos, que com força armada entrasse na Hungria, onde
Matias o aguardava com poderoso exército, esperando a
entrada do jovem príncipe. Nesse meio tempo, como o povo
declarou-se novamente a favor de Matias para que
retornasse, o Papa Sixto IV também manifestou a intenção
de vê-lo de volta ao trono. Em consideração a estes
fatos, Casimiro retirou-se para o castelo de Dobzki, onde
passou uns meses às práticas da mais austera penitência.
Um segundo convite de políticos húngaros não mais foi
tomado em consideração, e o desejo do santo de alcançar a
coroa da glória eterna aumentou consideravelmente.
Apesar
de rodeada de todo o conforto, a vida se São Casimiro foi
acompanhada de um espírito de penitência que não é comum
entre os homens. Extremamente rigoroso consigo, Casimiro
trazia sempre um cilício para castigar o corpo e cada
semana dedicava uns dias ao jejum. Os dias de jejum e
abstinência por mandamento da Igreja eram observados com
toda a pontualidade, mesmo na doença. Ao sono eram
reservadas poucas horas e, embora lhe tivesse à disposição
um leito que em comodidade nada deixava a desejar, Casimiro
escolhia de preferência o chão para o repouso do corpo.
A prática
de todas estas virtudes mereceram ao príncipe a fama de
grande Santo. Entre as virtudes que lhe adornavam o
coração, foi a da santa pureza que Casimiro exercia com
especial esmero, e à qual se obrigou por um voto. É
admirável que o jovem príncipe pudesse chegar a um grau tão
elevado, principalmente nesta virtude, quando se via, dia
por dia, rodeado de perigos e seduções. A chave deste
segredo estava na recepção dos Sacramentos, na devoção à
Santíssima Virgem, na mortificação constante do corpo e na
fuga das más ocasiões. Em sua presença ninguém ousava
proferir palavra que ofendesse a moral. Quando contava 24
anos, lhe apareceram no organismo todos os sintomas da
tuberculose. Os médicos vendo já esgotados todos os
recursos da ciência, deram ao príncipe, como última
esperança de salvar a vida, o conselho de se casar.
Casimiro, mal tinha ouvido esta proposta, declarou: "Antes
prefiro morrer; e se tivesse de perder mil vidas, todas
perderia, para guardar a castidade virginal". Por um favor
especial de Deus, Casimiro soube o dia de sua morte, para
ela se preparou com muito fervor. As últimas palavras que
disse, foram, depois de ter beijado o Crucifixo: "Em vossas
mãos, ó Jesus, entrego o meu espírito".
Casimiro
morreu em 1484, sendo sua festa celebrada no dia 04 de
março. São Casimiro goza de grande veneração na Polônia,
onde sua festa é comemorada com oitava.
Reflexões:
As
devoções prediletas de São Casimiro eram a Sagrada Paixão e
morte de Nosso Senhor e a devoção a Maria Santíssima.
Nestas devoções estava o segredo, porque tão ciosamente
guardava a virtude da pureza. Procurava a morte a
macular esta virtude. Quem tem amor a Jesus e Maria,
deve igualmente amar a virtude angélica, que é a
predileta da Mãe de Deus e de seu Filho. Se queres
adiantar-te neste santo amor, cultiva em teu coração a
Sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo. Durante a
quaresma, devias fazer uma leitura quotidiana de um ou
outro trecho da Sagrada Paixão. Quanto mais teu espírito
penetrar neste mistério de amor, tanto mais em tua alma
se acentuará o desejo de servir unicamente a Deus, que tanto
te amou.
Sobre incorrupção do corpo
Passados
120 anos de seu enterro, ao abrir-se seu sepulcro,
encontrou-se seu corpo incorrupto, como se estivesse recém
enterrado. Nem sequer seus vestidos haviam deteriorado-se,
considerando-se ainda que o sítio onde encontrava-se seu
sepulcro era extremamente úmido. Sobre seu peito foi
encontrada uma poesia à Santíssima Virgem, que mandou que
colocassem sobre seu cadáver no dia de seu enterro.
Santa
Catarina de Bolonha.
Santa Catarina é também conhecida como Catarina de Virgi ou
Vigni. Nasceu em 8 de setembro de 1413 em Bolonha, Itália,
sendo ela filha de um diplomata a serviço do marquês de
Ferrara. Diz a tradição que seu pai recebera em visões o
anúncio do nascimento da filha. Quando completou 11 anos de
idade, foi escolhida para ser a dama de companhia da recém
casada filha do marquês, compartilhando com ela o seu
aprimoramento educacional. Isso durou até completar 14
anos, idade em que decidiu abandonar a corte para abraçar a
vida religiosa. Ingressou na Ordem Franciscana como Irmã
das Clarissas Pobres, onde obteve sucessivos progressos
espirituais e admiração por ser fiel cumpridora dos
preceitos de Deus e da Igreja. Por sua conduta
exemplaríssima tornou-se uma das grandes santas da Idade
Média. Através da intercessão do Papa Nicolau V foi
erigida uma clausura no convento das Clarissas em Ferrara,
onde Catarina foi eleita Madre Superiora. Gozava de grande
reputação pela vida austera e piedosa, não só diante da
comunidade, mas do próprio Papa Nicolau V. Foi também
responsável pelo estabelecimento de um convento de
Clarissas Pobres em 1456, na cidade de Bolonha, onde
assumiu o cargo de Abadessa.
Mística, profetisa e visionária, glorificava a Deus
operando grandes milagres em Seu nome. Também era pintora e
decifrava manuscritos como que iluminada por um anjo.
Conta-se que num dia de Natal recebeu uma visão de Jesus
nos braços de Maria. Desta visão que teve, Catarina pintou
em um quadro que se encontra atualmente no Museu do
Vaticano.
Faleceu em 9 de março de 1463 em Bolonha, Itália
e foi enterrada sem caixão e não foi embalsamada. Após
dezoito dias depois, decidiram exumar seu corpo devido a
inúmeros milagres que ocorriam junto de sua tumba, bem como
pelo odor de perfume que exalava constantemente de seu
túmulo, ocasião em que seu corpo foi encontrado incorrupto.
Diante disso foi chamado o doutor Maestro Giovanni Marcanova,
que examinou o corpo e não pode explicar o fato. Assim,
decidiram vestir seu corpo com novo hábito e o colocaram em
uma cadeira, sentado, junto a uma capela especial,
mantendo-se incorrupto até hoje, portanto, por mais de 540
anos. Nas últimas décadas, foram e ainda são realizadas a
cada dois anos, radiografias da coluna vertebral e as
análises até o momento comprovam que não houve deterioração
ou desvio da coluna, que se mantém perfeitamente ereta
como a de uma pessoa adulta, sustentando o corpo e a
cabeça. O que se observa apenas é a mudança da coloração da
pele, que hoje apresenta-se na cor marrom.
A arte litúrgica a apresenta como uma Clarissa pobre
carregando o Menino Jesus ou em um trono com um livro em uma
das mãos e na outra uma cruz, aludindo a imagem que se vê
em seu corpo incorrupto. Escreveu um livro intitulado: “
Tratado em armas espirituais” e “Revelações”.
Foi canonizada em 22 de maio de 1712 pelo Papa Clemente XI
e é padroeira da Academia de arte de Bolonha, dos pintores e
das artes liberais.
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