Os Pássaros e a Plantação
O
pai de Santo Antonio, Martinho de Bulhões, gostava de ir a uma fazenda
que possuía nos arredores de Lisboa. Um dia, levou o filho com ele.
Ocorre que insaciáveis bandos de pássaros desciam continuamente para
bicar os grãos de trigo. Era necessário espantá-los para impedir grave
dano à colheita. Martinho encarregou o garoto de manter longe os
pequenos ladrões. O pai se foi e Fernando permaneceu correndo de cá para
lá no campo. Em pouco tempo , começou a se aborrecer com aquela
ocupação. Não muito longe, uma capelinha rústica o convidava à oração.
Mas o pai o mandara enxotar os passarinhos. Gritou então aos pássaros,
convidando-os a segui-lo para dentro de uma sala da fazenda. Obedientes
os pássaros entraram. Quando todos estavam dentro, Fernando fechou as
janelas e as portas, e foi tranqüilamente fazer sua visita ao Senhor.
Retornando o pai veio procurá-lo. Andou pelo campo, chamando-o , mas não
o encontrou. Preocupado, dirigiu-se à capela e o descobriu, todo
absorto na prece. Fernando tomou o pai pelas mãos e o conduziu ao salão
repleto dos vôos e dos cantos dos graciosos prisioneiros. Abriu a porta
e, a um sinal seu, os pássaros, em bando, retornaram os livres caminhos
do espaço.
O Jumento se Curva Diante da Eucaristia
Durante uma pregação, cujo tema era a Eucaristia, levantou-se um homem dizendo: “Eu acreditarei que Cristo está realmente presente na Hóstia Consagrada quando vir o meu jumento ajoelhar-se diante da custódia com o Santíssimo. Sacramento”. O Santo aceitou o desafio. Deixaram o pobre jumento três dias sem comer. No momento e lugar pré-estabelecido, apresentou-se Antônio com a custódia e o herege com o seu jumento que já não agüentava manter-se em pé devido ao forçado jejum. Mesmo meio-morto de fome, deixou de lado a apetitosa pastagem que lhe era oferecida pelo seu dono, para se ajoelhar diante do Santíssimo Sacramento.
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